sexta-feira, 4 de março de 2011

Shocking Blue


" Shocking Blue", de Mark de Cloe (2010)

Drama holandês, centrado na vida de 3 amigos adolescentes inseparáveis: Willian, Cris e Jack. Os três passam o dia fazendo brincadeiras, se divertindo da melhor forma possível, e fortalecendo cada vez mais a união que existe entre eles. Um dia, Jack conhece uma jovem, Manou, por quem se apaixona. Numa festa, eles transam. Willian presencia a transa, e desenvolve em si um sentimento que até então desconhecia. No dia seguinte, numa brincadeira entre os 3 amigos, que estão em um trator, Jack se desequilibra e é esmagado pela roda. A partir desse momento, Willian se rompe para o mundo: acaba sua amizade com Chris, e passa seus dias enjaulado em sua estufa, aonde ele cria tulipas azuis. Até que um dia, reencontra Manou, e ambos se descobrem apaixonados. Manou está grávida de Jack, e Willian resolve assumir a paternidade da criança.
Belíssimo filme, que narra as crises da adolescência de forma poética e romantizada. Os jovens atores são excelentes, atuando de forma naturalista, sem forçar em expressões. O filme transpira jovialidade e beleza. As locações, centradas em uma cidade de plantações de flores, são estonteantes. As tomadas dos campos floridos, tomados por tulipas de todas as cores, são mágicas. A fotografia do filme é estupidamente bela. A trilha sonora, a cargo de canções de Lawrence Horne, são melancólicas, e casam perfeitamente com as imagens.
O roteiro tem falhas na narrativa, e alguns personagens são pouco delineados. Os clichês familiares estão presentes ( a mãe de William saiu de casa, em busca de sexo fácil, e sua irmã namora seu melhor amigo). A personagem de Manou também é pouco explorado,e é estranho que ela não tenha muitos laços familiares, estando livre e desimpedida para qualquer circunstância da vida. Mas de uma forma geral, a ambientação do filme é tão nostálgica e contagiante, que nos deixamos levar pela narrativa lenta, e de imagens hipnotizantes.

Nota: 8


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