quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Fera


"Beastly", de Daniel Barnz (2011)

Kyle (Alex Pettifer, de " Eu sou o número quatro") é um jovem ambicioso, que " se acha". Na Universidade ele é venerado, tato por sua inteligencia, beleza e discurso progressista. Alex usa desse seu poder para manipular as pessoas e fazer pouco caso delas. O que ele não poderia esperar era que ao pregar uma peça em Kendra (Mary-Kate Olsen), uma estudante, ela rogasse um feitiço nele. Sim, Kendra é uma feiticeira. A aparência de Kyle se torna então horrível, e o feitço só será quebrado quando, em um período de 1 ano, uma mulher se apaixonar por ele. Desesperado, Kyle é isolado por seu pai em um apartamento no Brooklyn, onde é confinado junto com uma empregada negra e um assistente cego. Kyle acaba se aproximando de Lindy (Vanessa Hudgens), filha de um viciado em drogas. Lindy conhece Kyle da Universidade e ao mesmo tempo que o despreza, o ama. O que ela não sabe é que Kyle é o atual Hunter, a Fera.
Livre adaptação do conto " A Bela e a Fera", escrito pelo próprio diretor Daniel Branz, o filme é um desastre total. Não possui nenhuma magia, nenhuma empatia com o espectador. A narrativa é totalmente fria, e o romantismo passa onge. O que é um pecado mortal, visto que esse filme só funciona se ambas fantasia e Romance tiverem química.
Os diálogos são risíveis e toscos. O elenco está totalmente caricato e constrangedor. O que é uma pena. Alex Pettyfer é uma promessa de Hollywood, estava bem em " Eu sou o número quatro". Vanessa Hudgens, de " High School Musical" tem talento, mas aqui percebe-se de que ela somente funciona sob uma boa direção. Que não é o caso aqui. Mary Kate-Olsen é a que mais se compromete, uma vez que a sua personagem tem um visual pavoroso, e a caricatura de sua personagem destrói qualquer tentativa de atuação.
É muito estranho ambientar um filme fantástico em um filme realista. Ter uma personagem de uma feiticeira no contexto pareceu deslocado. Talvez o filme tivesse que abusar mais da fantasia. Muito ruim também a solução da narrativa de manter Kyle junto com uma negra e um cego em um apartamento, como se a sua elevação moral dependesse de excluídos da sociedade. Ingenuidade pura.
Um filme que infelizmente, não funcionou. A maquiagem de Hunter também é outro desastre total.


Nota: 2

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