domingo, 31 de julho de 2011

Professora sem classe


" Bad teacher", de Jake Kasdan (2011)

Elizabeth (Cameron Diaz) é uma professora de um escola ginasiana. Ela está prestes a casar com um mionário, mas o casamento é desfeito. O motivo: O marido e a sogra descobrem que ela iria se casar por interesse. Elizabeth é desbocada, interesseira, e seu único foco agora é aplicar seios de silicone e arranjar um novo pretendente. esse vem na figura de Scott ( Justin Timberlake), um professor filho de família rica. Porém, em seu caminho, surge Amy (Lucy Punch), que faz de Elizabeth sua rival e tenta também dar em cima do rapaz.
Comédia na mesma linha dos filmes dos irmãos Farrely (Quem vai ficar com Mary, Etc), ou seja, muito palavrão, sacanagem, situações constrangedoras e tudo politicamente incorreto. Cameron Diaz é a atriz perfeita para esse tipo de papel, e não mede esforços para fazer de Elizabeth a vagabunda mais asquerosa da cidade.. O elenco está todo divertido. Justin Timberlake cada vez mais se revela ótimo ator: além de drama, agora envereda pela comédia, com muita propriedade. Tem uma cena, de sexo com roupas, antológica, entre Cameron e Justin. E o mais curioso é saber que eles são ex-namorados na vida real.
O roteiro é engraçado, as piadas sujas são divertidas. Tudo clichê, mas segura a onda. nada de novo no front. Apenas um bom passatempo, para quem busca um filme descerebrado.

Nota: 7

Berlin Undead


"Rammbock, Berlin Undead/Siege of the dead", de Marvin Kren (2010)

Michael resolve visitar sua ex-namorada Gabi, em uma periferia próxima a Berlin. Chegando lá, porém, ele percebe algo estranho. As pessoas estão agindo de modo estranho e agressivo. Horas depois, todas se tranformam em zumbis. Michael se esconde em um prédio, e lá, ele tenta se juntar a sobreviventes, entre eles o jovem Harper, um encanador. Ao mesmo tempo, Michael procura encontrar Gabi, antes que seja tarde demais.
Curioso como quase todo País faz o seu filme de zumbi. Aqui, no caso, uma produção de baixo orçamento alemã. Mas não se deixem enganar: o diretor Marvin Kren absoreveu tudo sobre zumbis de outras produções americanas e inglesas. Não há surpresas, tudo é clichê e já visto em outros filmes do Genero.
As interpretações são corretas, o filme até tem um certo clima, mas os efeitos de maquiagem deixam a desejar, lembrando a tosqueira dos filmes de Lamberto Bava. Algumas cenas chegam a ser divertidas, de tão sem noção. O desfecho é óbvio, e nada mais nos resta a não ser ver o filme e pensar em quantas outras centenas de filmes de zumbis ainda virão.

Nota: 6

sexta-feira, 29 de julho de 2011

As praias de Agnes


" Les plages de Agnes", de Agnes Varda (2010)

Belíssimo documentário dirigido pela Cinasta Agnes Varda é um relato pessoal, filsófico e prático do ato de se amar e fazer cinema. Uma espécie de testamento nostálgico onde ela revela vários truques e artimanhas que teve que desenvolver, para realizar diversos de seus clássicos, entre eles " Cleo de 5 as 7", seu filme mais famoso aqui. Mostra os seus primeiros trabalhos ainda como criança,,, a sua fase como fotógrafa de still, e a sua relação duradoura e apaixonada pelo também cineasta Jacques Demy. Mostra também a fase americana do casal, quando foram morar nos Estados Unidos, e a influencia da intelectualidade na vida de ambos. O filme é narrado por sua bela voz melancólica, e tem imagns de arquivo de seus filmes, fotos, tudo com extrema poesia e delicadeza. Um filme imperdível para cinéfilos amantes do cinema.
Absolutamente obrigatório.

Nota: 9
primeira | < anterior | próxima > | última

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Melancolia


" Melancholia", de Lars Von Triers (2011)

Justine ( Kistern Durnst) vai se casar. Ela segue com o seu noivo Michael (Alexander Skaasgard) até a casa de campo de sua irmã (Charlotte gainsburg), casada com John (Kieffer Sutherland). Ao chegar ao local, se depara com os seus pais divorciados, (John Hurt e Charlotte Rampling), que vivem às turras. Ao mesmo tempo, Jack, um amigo da família, lhe promove ao posto de Diretora de arte de sua empresa. Tudo parece estar indo bem, até que sem razão alguma, Justine começa a se sentir depressiva. Logo em seguida, sabemos que um planeta, Melancolia, está prestes a colidir com a Terra, e que pode ser o responsável pela súbita mudança de comportamento de todos.
" Melancolia" é de certa forma frustante. Longo, entendiante em sua maior parte. Porém, a sublime direção de atores, e a espetacular composição visual do filme compensam a longa duração e a sensação de deja vu: ele se utiliza de vários de seus atores fetiches: Stelan Skaagard, John Hurt, Charlotte Gainsburg e elabora uma depressiva visão de mundo apocalíptico. A 1a parte do filme é puro " Festa de família", de Thomas Vintenberg. Mas quem merecia de fato o premio de atriz em Cannes era Charlotte Gainsburg. Ela está espetacular. Curioso observar que quem faz o noivo é filho de Stelan Skaasgard. Lars Von Triers está mais pessimista do que nunca, e nada nem ninguém merece a felicidade. O prólogo, todo em cãmera lenta, é sensacional, e a trilha sonora combina bastante com as imagens. Pode entediar ou mesmo fazer parte do público odiar o filme, mas seus filmes sempre promovem algum tipo de experiência cinematográfica. A cena aérea que percorre os campos cobertos de nevoeiros, e as irmãs andando de cavalo, é poesia pura.

Nota: 7

Christopher and his kind


de Geofrey Sachs (2010)

Comentários em breve

Nota:

Yellowbrickroad


de Jesse Holland and Andy Mitton (2010)

Um grupo de pesquisadores resolve, em 2008, descobrir a verdadeira história que cerca o desaparecimento de um grupo de 500 moradores de uma cidade oróxima a New Hampshire, Friar.
No ano de 1940, esses moradores resolveram abandonar tudo o que tinham para trás, e seguiram por essa estrada, chamada de " estrada de tijolos amarelos". Misteriosamente, parte deles sumiu, outra morreu congelada, e outra foi encontrada massacrada.
Chagando à estrada, a expedição aos poucos vai se confrontando com a verdadeira realidade do local: a estrada é amaldiçoada, e faz as pessoas perderem a sanidade mental e se matarem. E aos poucos, cada um da expedição vai se dando conta dessa trágica lenda que se torna realidade.
Produção de baixo orçamento, mas que infelizmente, não alcança nenhum sucesso. Seja por conta das atuações em sua maioria amadoras, ou pelo roteiro sem sentido. Ou até mesmo pelos efeitos que trazem risos constrangidos. A cena do irmão dilacerando a perna da irmã é canhestra. No início, o filme até tem um propósito, mas depois vai descambando para um desfecho bizarro e inexplicável. O que se entende desse filme? Parece uma brincadeira de Diretor e roteirista, na base do: " Vamos sacanear o espectador, embaralhar a cabeça dele e ele achar que acabou de ver um filme de arte de suspense". Uma pena, pois o filme prometia. E eu fiquei assistindo até o final pra ver no que que dava. E só o que descobri foi frustração.

Nota:

domingo, 24 de julho de 2011

Anticorpos


" Antikorper/Antibodies", de Christian Alvart (2005)

O serial killer Gabriel Engel é preso pela polícia, após uma ação espetacular. Assassino confesso da morte de 13 garotos, cujo sangue das vítimas ele pintava quadros com motivos religiosos. Um policial de uma cidade pequena, Michael Martens, resolve ir ao seu encalço para tentar desvendar o assassinato de uma menina local. Michael acredita que Gabriel é o responsável pela sua morte. Mas Gabriel vai fazendo de Michael um joguete, fazendo-o acreditar no mal do ser humano. Atormentado, Michael, até então católico fervoroso, vai derrubando suas crenças, e fazendo de sua vida um poço de culpa e dúvidas, pondo em prática tudo aquilo que até então ele pregava contra. O pior está por vir: Gabriel quer fazer Michael acreditar que o assassino da menina é o filho adolescente de Michael.
Assumidamente inspirado em " Silêncio dos inocentes" ( o personagem Gabriel até brinca em determinado momento, dizendo ao policial que esperava que ele fosse o " Hannibal"), esse " Anticorpos" faz, antes de mais nada, um tratado sobre a culpa cristã. Vários personagens têm nome de personagens bíblicos, e trechos da bíblia são citados o tempo todo, inclusive no desfecho, fazemos alusão a Abrahão e Isaac ( o pai que é obrigado a matar seu filho). O elenco está correto, com destaque para o ator que interpreta o personagem do policial atormentado Michael. O roteiro surpreende, mesmo buscando fórmulas de outros filmes do Gênero. Existe uma reviravolta na trama bem interessante. O desfecho desagradou a alguns, fazendo uso de fantasia para solucionar uma questão crucial para a trama. O filme é longo, 127 minutos, e poderia ter sido resolvido melhor se tivesse 20 minutos a menos. Mas fica a dica de um bom entretenimento, um filme que passou despercebido na época de seu lançamento e que merece uma revisão.

Nota: 7

sábado, 23 de julho de 2011

Uma doce mentira


" De vrais mensonge", de Pierre Salvadori (2010)

Émilie (Audrey Taotou) é dona de um Salão de beleza. Ela é solteira, independente. Porém, sua vida pessoal está um caos. Sua mãe (Nathalie Baye) é depressiva, e seu pai vai casar com uma garota mais jovem. Ao mesmo tempo, um de seus funcionários, Jean, nutre uma paixão platônica por Émilie. Jean escreve uma carta anônima apaixonada para Émilie. Ao receber, Émilie fica irritada, mas se aproveita da carta e a manda para sua mãe. Maddy, a mãe, se alegra e fica apaoixonada por seu autor. Ao tentar decsobrir o paradeiro de queme screveu, Maddy decsobre ser Jean. A partir daí, muitas confusões acontecem.
Comédia romântica com dosagens leves de drama, " Uma doce mentira" é um filme simpático, agradável de assistir, mas sem muitas novidades. Audrey meio que repete a sua personagem mais famosa, Amelie Pouláin. Seus trejeitos, sua vontade de querer mudar o mundo para melhor, a caracterização. Mas ela é uma fofa, e sempre é bom vê-la em cena. Nathalie Baye, uma das maiores atrizes francesas da atualidade, se diverte com a sua Maddy, uma figura frágil, dosando muito bem humor e melancolia. O elenco de apoio está bem, e o desenho de produção é bonito, com muitas cores no dressing e na fotografia. Um filme médio, que vale como um passatempo leve.


Nota: 7

Aftermath


de Nacho Cerda (1994)

Um médico legista faz autópsias de vários cadáveres, até se deter no corpo de uma jovem, Marta, recem falecida em acidente de carro. O legista faz dela sua obsessão: a mutila, retira seus órgaos internos, para depois transar com ela, retirar seu coração e dar ao seu cão para comer.
Esse curta de 31 minutos é, inacreditavelmente, uma experiência doentia, que com certeza, inspirou vários cineastas adeptos do gore a desenharem cenas em seus filmes da linha " torture porn". A diferença aqui é que não há gritos: as pessoas já estão mortas. Os efeitos são perfeitos, realistas. Um filme que com certeza irá impressionar muita gente, mais pelo tratamento sobre o tema da necrofilia do que pelas cenas sangrentas em si.
O filme não tem diálogos, e nem vemos o rosto do protagonista, apenas seus olhos, vistos através de uma máscara cirúrgica. Medonho, sombrio, brutal. A trilha sonora é composta de temas sacros, e compões um painel mais aterrorizante ainda, pois a calmaria do som contrstas com as imagens barra-pesadas. Incrível que eu nunca tenha havia falar sobre esse filme, e olha que ele é de 94; Só tomei conhecimento por conta da recente censura ao filme sérvio " Serbian film", aqui no Rio de Janeiro, durante evento da Fan Rio Festival, dedicado a filmes de terror.

Nota: 6

Um gato em paris


" Une vie de chat/A cat in Paris", de Jean-Loup Felicioli e Alain Gagnol (2010)

Zoé é uma menina que mora com sua mãe, uma policial. O pai dela, também policial, foi assassinado pelo gangster Costa, que planeja um roubo a um carregamento de objetos de arte. Zoé , desde a morte de seu pai, ficou muda. Ela tem um gato, Dino, que de dia fica com ela, e de noite, vai até a casa de um bandido, Nico, que rouba joias. Nico é um bandido de bom coração. Os caminhos de todos irão se cruzar, até um desfecho romântico e surpreendente.
Simpática animação, de traços simples, bem vintage para os padrões de hoje. Como não poderia deixar de ser, é um produto feito para o adulto nostálgico. Definitivamente não é para crianças: tem um clima soturno, violento, e até assustador, apesar da aparente singeleza das imagens. A história é simples, ingênua, sem grandes arroubos de originalidade. A trilha é ótima, e o trabalho de dublagem também.

Nota: 7

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O misterioso assassinato de uma família


" Atrocious", de Fernando Barreda Luna (2010)

A polícia encontra em uma casa de campo câmeras filmadoras, com mais de 30 horas de filme rodados. Descobrimos então as últimas horas de vida da família Quintanilla: Pais e 3 filhos, sendo 2 adolescentes e 1 criança. A família vai passar o fim de semana na casa de campo, durante o verão. Lá, existe uma lenda urbana, sobre a existência de uma garota perdida na floresta, e que quer se vingar das pessoas. Os 2 irmãos adolescentes levam suas filmadoras e registram tudo ao seu redor. Ao chegar a noite, porém, fatos estranhos começam a acontecer e a assustar a família.
Esse filme espanhol foi dirigido por um cineasta mexicano de 27 anos. Ele usa e abusa de clichês de vários filmes, entre eles obviamente " A bruxa de Blair" e " Atividade paranormal". Muita câmera na mão, e sem razão de ser, os dois irmãos carregam a câmera de um lado para o outro, mesmo em situações extremas, eles não largam mão do aparelho. Por essas e outras que o filme sôa falso o tempo todo. É tedioso, quase metade do filme vemos a câmera na mão circulando por ambientes, sob o ponto de vista dela, sem nada acontecer. O desfecho é confuso e sem graça. Os atores são médios, dando vida a personagens mal delineados.
Mais do mesmo, pela enésima vez.

Nota: 4

Família Braz - Dois tempos


de Artur Fontes e Dorrit Harazin (2011)

10 anos depois do seu primeiro documentário, " A Família Braz", que faz a radiografia de uma família classe baixa na região de Brasilândia, São Paulo, os mesmos diretores reúnem a mesma família, e fazem um relato do que mudou na vida deles.
Simples na execução, mas emotivo na realização final, o documentário ganhou o prêmio de melhor filme no Festival " Étudo verdade" em 2011.
O filme emociona ao fazer o relato de uma " família feliz, honesta e trabalhadora" , conforme as pessoas dizem ao longo da projeção. Parece até propaganda do Governo petista, fazendo alusão ao crescimento do número de pessoas que migraram da classe baixa para a classe média. A 10 anos atrás, todos os integrantes da família, principalmente os filhos, tinham sonhos e desejos. No meio de tantas dificuldades financeiras enfrentadas, desemprego e fome, eles venceram na vida. Todos têm carro próprio, alguns já moram em apartamentos, bons empregos e salários. O filme fala sobre essa vitória pessoal, de pessoas que lutaram por seus sonhos e conseguiram realizá-los. O filme tem uma narrativa fria, que às vezes incomoda, mas no geral, é um bom exercicio de documentário, com ótimos depoimentos e bela fotografia.

Nota: 7



Loup- Uma amizade para sempre


" Loup" de Nicolas Vanier (2009)

Sergei é um jovem de 16 anos, que mora com sua clã em uma região gélida da Sibéria. Seu pai é chefe da clã, e eles sobrevivem tocando seu rebanho de renas. Um dia, o pai lhe incumbe da tarefa de tomar conta das renas no período de outono. Essa tarefa é saboreada com tom de triunfo, despertando ciúmes de outros jovens da clã. Os lobos são vistos como inimigos, pois atacam as renas, e Sergei será responsável em afastá-los. Ao passar uma noite com o rebanho, Sergei percebe a presença de uma loba, que cria seus filhotes em uma caverna. Logo, ele acaba se afeiçoando aos animais, contra a vontade de seu pai. Sergei tenta então esconder a presença dos lobos, ao mesmo tempo que os filhotes descobrem a sua natureza, que é atacar por sobrevivência.
Um filme belissimamente fotografado, filmado em locações na região Noroeste da Sibéria. As tomadas são estonteantes. Mas infelizmente, o filme não se sustenta somente por conta de suas imagens. O elenco é fraco, composto por atores franceses com descendência oriental. Aliás, por ser uma produção francesa, ai se encontra o maior dos problemas dessa produção: muito estranho ver os integrantes da clã, localizada na Rússia, falando em francês. Eu, como espectador, me senti completamente fora do filme. Ouvi-los falar em francês me tirou da realidade cultural dos personagens. A trilha sonora é cativante, apesar de abusar de tons épicos. O roteiro é bem ingênuo, apostando na mensagem de que os seres humanos devem interagir melhor com a natureza, mesmo que um suposto ataque de animais seja apenas pelo instinto de sobrevivecia. A edição está cheia de erros de continuidade. Vale pelo encantamento visual, e só. Ah, e o filme também é longo demais, deveria ter pelo menos 20 minutos a menos. Em outras épocas, poderia ser visto como um filme da Disney.

Nota: 6


terça-feira, 19 de julho de 2011

Assalto ao Banco Central


de Marcos Paulo (2011)

No dia 6 de agosto de 2005, um grupo de ladrões invadiu as dependências de um cofre do Banco Central de Fortaleza, levando 164 milhões de reais, em notas de 50 reais. Durante 3 meses, eles cavaram um túnel, que ia de uma casa alugada por ele, até o Banco. Após o assalto, o grupo vai s edesfazendo, através de intrigas, ciúmes e conbiça. Ao mesmo tempo, a polícia busca informações a respeito de quem são as pessoas envolvidas nesse grande golpe.
Bom filme de ação, com doses precisas de humor, que trazem leveza a narrativa. A montagem mistura tempos, podendo confundir o espectador no início. Mas logo o espectador é convidado a um exercício interessante do gênero policial, sustentado por um excelente elenco de atores de cinema e televisão. Lima Duarte, Giulia Gam, Hermila Guedes, Vinicius Oliveira, Juliano Cazarré, Milhem Cortaz, Milton Gonçalves, Cassio Gabus Mendes, e outros, dão vida aos personagens, dirigidos com competência pelo ator/diretor Marcos Paulo. O filme pode frustrar quem está em busca de filme pancadaria no estilo " Tropa de eleite". Variando do drama, aventura e comédia, o filme segura a atenção, apesar do desfecho longo. A trilha sonora , a cargo de André Moraes, está sendo muito criticada, por usas acordes de Morricone e revisitação de Tarantino, além de pérolas dos anos 70, estilo " Shaft". Um produto curioso, que merece ser visto como referência histórica e também como mero entretenimento. Façam suas apostas.

Nota: 8

sábado, 16 de julho de 2011

Pequenas mortes


" Little deaths" , Sean Hogan, Simon Rumley e Andrew Parkinson (2011)

Filme inglês, dividido em 3 episódios. Todos tem um tema em comum: sexo e morte, sempre tratados de forma bizarra e nada convencional.
No 1o episódio, " Um lugar no paraíso", um casal convida uma moradora de rua para a casa deles, para jantar. Porém, o casal a prende e faz dela uma peça para o jogo de sexo violento entre eles. O que eles não esperavm era uma reação inesperada por parrte da jovem.
No 2o episódio, " Mecânica mutante", um cientista faz tratamento com um ser mutante, obtendo através do sêmen desse, comprimidos capazes de produzir outros seres mutantes. Paralelo, tem a história de uma jovem drogada que toma essas drogas.
No 30 episódio, " Carniça", um casal pratica atos de sado-masoquismo. Porém, apenas a garota sente prazer, fazendo de seu companheiro literalmente um cachorro a serviço de sua dona. Mas ele resolve reagir.
Curioso filme, na linha daqueles antigos da produtora Hammer. Os filmes procuram buscar ousadia na temática e no visual. O 1o e o 2o episódios são previsíveis, e acabam perdendo a força no desenrolar da trama, chegando mesmo a serem toscos. Em algusn momentos ri, de tão estapafúrdios. O que salva o filme de uma completa falta de interesse, é o 3o episódio. Sempre curioso, instigante, é uma pequena trama de vingança muito bem dirigida, com cores fortes (azuis, vermelhos). A trilha sonora usada é ótima e dá um puta clima. O desfecho é foda, e a interpretação de Tom Sawyer é profunda. Belo curta.

Nota: 6

Comentários em breve

Um lugar no paraíso
mecanica mutante
Carniça

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Harry Potter e as relíquias da morte parte 2


" Harry Potter and the deathly hallows part 2", de David Yates

O que falar de um filme onde tudo já foi dito, escrito e comentado? Que foi s série mais rentável da história do cinema? Que após 8 filmes da série, deixará milhões de fãs com saudades?
Bom, eu jamais li um único livro da série do " Harry Potter". Confesso que nos filmes anteriores, eu ficava completamente perdido entre tantos termos complexos para mim: Horcrux, etc. O que significavam? Somente agora, no último dos filmes, pude entender.
Aqui, como todos sabem, teremos o duelo final entre Valdemort e Harry Potter. Nessa batalha, muitos morrerão. Sim, aqui impera de vez o tom soturno e trágico, dando voz ao drama e á melancolia. O trio Daniel Redcliff, Emily Watson e Ruppert Grimm estão ótimos, em suas melhores interpretações, e provando que podem tentar carreira fora da série.
E como todos sempre dizemos, um dos melhores trunfos sempre foi o elenco: Ralpf Fiennes, Helena Bonham Carter, Alan Rickman, Michael Ganbom , Maggie Smith e tantos outros, que deram vida aos personagens geniais concebidos pela mente criativa de J. K. Howling. Os efeitos são fodas e muito bem feitos, a trilha incidental também cumpre com perfeição a sensação de aventura e suspense contínuos. A direção precisa de David Yates, e toda a parte técnica, apenas contribuem para o sucesso do espetáculo.
Conheço várias pessoas que não gostaram do filme, mas e daí? Acabou, e a série deixará saudades. O desfecho do filme emociona bastante, porquê dá aquele tom de despedida. Foi bom enquanto durou.

Nota: 9

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sequestrados


" Secuestrados/Kidnapped", de Miguel Angel Vivas (2010)

Uma família composta pelo pai, mãe e uma filha adolescente acabam de se mudar para uma residência em um condomínio fechado. Porém, uma noite, um trio de bandidos invade a casa, e os fazem de reféns. O chefe deles leva o pai para sacar dinheiro. os outros dois permanecem em casa, cuidado da mãe e filha. O que se segue é uma intensa noite de terror.
Uma brilhante direção e uso de câmera. O filme é tecnicamente impecável. São ao todo 12 planos-sequências. O filme é tenso, sofrido, difícil de assistir. É quase que um tratado de sadismo. Você passa 1:30 assistindo uma família sendo destroçada. Algo muito semelhante a " Funny games", de Michael Heneke. O filme tem um tom realista, daquele que poderia estar acontecendo com você, ao ser redor. Os atores são ótimos, intensos. O filme abusa de clichês de filmes de invasão domiciliar ( " O quarto do Pânico", inclusive com um bandido fazendo o papel do bonzinho). O que eu posso dizer é que esse filme não é recomendado para pessoas sensíveis, nem para quem já sofreu quaquer tipo de assalto, porquê pode deixar traumas. Fortes emoções. Inclusive, rola uma cena homenageando " Irreversível". quem viver, verá.

Nota: 8
Obs: O desfecho me irritou muito, mas muito mesmo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Corações perdidos


" Welcome to the Rileys", de Jake Scott (2009)

Doug (James Gandolfini) e Lois (Melissa Leo) moram em Indianápolis. O casal guarda uma tragédia familiar: a filha de 15 anos morreu em um acidente de carro. Sentindo-se culpada, a mãe se isola, e não sai mais de casa. O marido também evita de conversar com ela. Ele mantém uma relação extracongugal com uma garçonete, pois não gosta de ficar sozinho. Um dia, ele vai para uma convenção em New Orleans. Chegando lá, ele conhece Allison (Kirsten Stewart) em uma boite de streap. Doug projeta nela o desejo de ter sua filha de volta, mesmo contra a vontade de Allison, uma figura arredia. Ao mesmo tempo, Lois vai procurá-lo em New Orleans, em busca de uma reconciliação.
Bom drama familiar, dirigido pelo filho de Ridley Scott, Jake Scott. O filme foi produzido por Ridley e Tony Scott. Distante da linguagem e dos temas de seu pai e tio famosos, Jake procura traçar um painel desolador de um casal sugado pela tristeza. Os três atores conferem dignidade e força aos seus personagens. Kirsten Stewart é a grande surpresa: ela está ótima, intensa. Mostrando assim que um bom diretor faz a diferença entre atores não tarimbados. O roteiro tem momentos de altos e baixos, apostando em clichês de filmes de reconciliação familiar. Certas partes da trama parecem pouco críveis, mas vale tudo para justificar um final quase feliz, com esperanças a flor da pele.

Nota: 7

Sad Movie


" Saedeu mubi/Sad movie", de Kwon Jong Kwan (2005)

Romance coreano, dividido em 4 episódios, todos discutindo relacionamentos infelizes.
Na 1a história, um bombeiro e sua namorada, uma tradutora de linguagem surdo-mudo em um programa de tv.
Na 2a história, uma jovem traumatizada por uma cicatriz no rosto, trabalha em um Parque de diversões, com uma fantasia que esconde o seu rosto. ela se apaixona por um jovem artista, que sonha em pintá-la sem a máscara.
Na 3a história, um mulher workhaholick, deixa sua família em segiundo plano. Até que um acidente a deixa hospitalizada, e aí, uma nova relação se estabelece entre mãe e filho.
Na 4a história, um casal se separa. A mulher trabalha como caixa de banco, e o rapaz, desempregado, ssonha em reatar o seu namoro com ela.
Simpático drama romântico, que obteve enorme sucesso de bilheteria na Coreía do Sul no ano do lançamento, muito por conta do elenco all star, com os artistas pops do momento. O filme é um acúmulo de clichês de situações de relacionamentos, e somente deverá agradar a fãs do gênero que não se indomodam em saber tudo o que vai acontecer, pois tudo é bastante óbvio. A trilha sonora pop é agradável, o elenco flui bem sem muitos sustos e tecnicamente é bom. Apesar de longo, o filme procura manter o interesse do espectador em função da simpatia dos personagens. Nada além disso.

Nota: 7


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Transformers - O lado oculto da lua


" Transformers- Dark of the moon", de Michael Bay (2011)

Sam ( Shia La beouf) está desempregado e vai a várias entrevistas, até chegar a uma empresa, comandada por Bruce (John Malkovich). Ao mesmo tempo, sinais de vida extraterrestre são identificados na Lua, e Optimus Prime, agora trabalhando para o Governo americano, resolve ir até lá identificar. Ele descobre destroços de uma nave que partira de Cybertron nos anos 60, e dentro da nave, encontra-se o Sentinela, um robô que descobriremos mais tarde, irá se voltar contra os Autobots e vai querer destruir o mundo. Uma nova ameaça acontece, e os Autobts e Sam farão de tudo para evitar que isso aconteça;
Desde o primeiro " Transformers", fiquei sempre com a impressão de assistir a um festival de efeitos, e apenas isso. Os roteiros são os mais simplórios possíveis, e sempre falam em dominação da terra por parte dos Decepticons. Aqui não é diferente. O filme é todo em função dos efeitos, e mais nada. E os efeitos aqui realmente são primororos. Tem uma cena de ataque em um prédio que é de cair o queixo. Muito boa. De resto, o filme impressiona pelo elenco de apoio. tem momentos que parecia que eu estava assistindo a um filme dos irmãos Cohen: Frances Macdormand, John Malkovich e John Turturro, juntos? genial! Fora eles, juntaram Patrick Dempsey no papel de vilão e Keon Jung ( o chinês traficante de " Se beber, não case"), como sempre, hilário. O ponto fora do elenco é a insossa Rosie Huntington, no papel de Carly, namorada de Sam. Megan Fox dava de mil. Rosie é linda, mas assim como os robôs, sem expressão alguma. O que não entendo é porque em toda a franquia, Michael Bay insiste em ter quase 3 horas de filme. Excesso de vaidades? Falta de consisão?? Fica tudo muito chato e repetitivo. Parece que estamos vendo a mesma cena várias vezes seguidas. Outra chatice é o excesso de romantismo no filme. O que me divirto realmente, é que observo como morre gente no filme dos " Transformers". Em cada ataque dos Decepticons, pelo menos umas cem mil pessoas morrem. E fica por isso mesmo heheehee


Nota: 6

terça-feira, 5 de julho de 2011

Super 8


" Super 8", de J.J. Abrams (2011)

1979. Joe, um adolescente, mora em uma cidade pequena. Sua mãe acabou de falecer em um acidente, e seu pai é um policial. Joe faz parte de um grupo de amigos de escola, todos fanáticos por cinema. Um deles, tem uma cãmera super 8, e juntos, eles produzem um amador filme de terror. Porém, uma noite, durante uma filmagem na linha de trem, eles testemunham um acidente de trem. A partir desse momento, a cidade apresenta vários casos de sumiço, e os garotos descobrem depois que se trata de um alinígena, que caiu na terra nos anos 50, e que foi capturado pelos cientistas americanos. Agora, o monstro quer voltar para o seu planeta, nem que isso signifique destruir a cidade.
" Super 8", produzido por Spilberg, é praticamente um compêndio de quase tudo o que ele já fez. Uma espécie de refilmagem de " ET", misturado a " The goonies" e " Jurassic Park". Os garotos são todos excelentes, e o filme tem um clima sessão da tarde das antigas. Ellen Fanning está ótima no papel de Alice, objeto de paixão de Joe. Os efeitos são muito bons, porém o que faltou ao filme foi originalidade na temática. Tudo fica muito " deja vu",e a gente já sabe tudo o que vai acontecer. E pior: a opção de nunca mostrar a criatura durante boa parte do filme, foi uma tentativa frustrada. Não existe razão para não mostrá-la. pois isso não é nenhuma surpresa. Acaba ficando frustrante, porquê o que mais queremos é vê-la, e isso só acontece perto do fim. JJ Abrams repete um pouco o seu filme " Cloverfield", ao mostrar a criatura apenas vagamente ou em partes. Uma pena, poderia ser um clássico, assim como so outros filmes citados acima. Faltou energia, simpatia e carisma. Sobra paixão pelo cinema, na figura dos pequenos heróis. O desfecho, alías, lembra demais " ET", e parece que tanto Spielberg e JJ Abrams resolveram reverenciar o filme.

Nota: 7


domingo, 3 de julho de 2011

Paraíso do medo


" Uninhabited", de Bill Bennet (2010)

Beth e Jackson formam um casal, que resolve passar 10 dias em uma ilha paradisíaca na costa australiana. O capitão os deixa lá, e o casal passa por momentos maravilhosos. Porém, aos poucos, vão tendo indícios que mais alguém habita lá, além deles. Objetos que saem do lugar, aparições sinistras. Beth descobre um livro abandonado em uma cabana, falando sobre Coral, uma jovem que morava ali na ilha, e que acabou sendo estuprada por 7 homens, e que provavelmente, está atrás de vingança.
Suspense produzido na Australia, tem uma fotografia deslumbrante, e ótimo trabalho de câmera, som. O diretor Bill bennet sabe dar clima nas cenas. Mas o roteiro é tão ruim,e previsível, e ao mesmo tempo, sem pé nem cabeça, cheio de furos, que tira qualquer possibilidade de interesse na trama. Tudo acaba ficando ridículo. A atuação do ator Bob Baines no papel de Jackson, é lamentável. A gente não acredita em um só momento de seu personagem. Os diálogos já são ruins, interpretados de forma amadora então, é um desastre só. Os outros atores, que formmam o grupo de caçadores de tubarões, também são ruins. Salva-se Geraldine Hakewill, no papel de Beth, que dá o mínimo de dignidade ao filme.

Nota: 3

sábado, 2 de julho de 2011

Estranhos normais


" Happy Family", de Gabriele Salvatores (2011)

Ezio (Fabio de Luigi) é um roteirista fracassado, em crise existencial e profissional. Ele cria personagens de duas famílias, que se unem porquê os filhos de 16 anos querem se casar. Esse é o pretexto para ele criar situações humanas, e não menos cômicas, entre os parentes e os quiprocós da união dos adolescentes. Porém, é que ele não imaginava que os personagens se rebelassem quando ele decide parar com a história. A sua criação sai da tela do computador e interage com o roteirista, obrigando-o a continuar com a história.
Deliciosa e divertida comédia dramática italiana. Os italianos são experts em tramas envolvendo família (vide Ettore Scola, Dino Risi, Mario Monicelli, etc). Aqui, o diretor Gabriele Salvatores, mesmo autor de " Mediterrâneo" e " Não tenho medo" se aventura na comédia, trazendo bons resultados. o Filme brinca com a linguagem do cinema: os personagens interagem com o espectador, falando para a tela. Existem várias brincadeiras de metalinguagens, como por ex, enganar o espectador que o filme acaba no meio, vindo os créditos finais. O elenco está uniformemente bem, todos se divertindo bastante com os seus tipos, caricatos, como pede a cartilha italaiana de interpretar.
Uma boa diversão, que provavelmente será melhor apreciada pelos cinéfilos.

Nota: 8

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Noriko´s dinner table


" Noriko no shotukatu/Noriko´s dinner table", de Sion Sono (2005)

Noriko, uma adolescente, mantém contantos via internet com Kumiko. Kumiko tem um comportamento estranho, e incita Noriko a vir conhece-la em Tokyo. Noriko, distante de sua familia emocionalmente, acaba fugindo para Tokyo para esse isusitado encontro. O que ela não esperava, é que Kumiko é líder de uma seita com tendências suicidas, e que planeja uma onda de suicídios em massa. O pai de Noriko, desesperado, vai ao encontro de Noriko.
Ao contrário do que divulgam, esse "Noriko´s dinner table" não é uma continuação do cult " Suicide club". É um filme que complementa, é uma história que gira paralelo ao outro filme.
Muiro diferente de " Suicide club", que investe mais no suspense, trhriller, policial e horror, esse aqui investe num drama intimista, que aliás, beira à obra-prima. Fiquei abismado vendo esse filme, que grande salto de qualidade entre os 2 filmes. O diretor Sion Sono faz um relato extremamente comovente da dissociação de uma familia tradicional japonesa: como a falta de comunicação entre pais e filhos gerou um verdadeiro caos.
O filme tem mais de 2:30 hrs de duração, e é dividido em 5 capítulos...cada um enfocando um personagem e um ponto de vista sobre determinada história. Um filme doloros, que comove a cada instante. Para quem curte um belo drama com tintas de suspense, IMPERDÍVEL! Atuação brilhante de todo o elenco.

Nota: 10