sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Um homem engraçado


" Dirch/A funny man", de Martin P. Zandvliet (2011)

O filme dinamarquês é uma biografia do comediante Dirch Passer, um dos mais famosos na Dinamarca, que imperou soberano nos anos 60 e 70, tendo feito mais de 200 apresentações em shows ao vivo, e mais de 30 filmes. Ao longo de sua carreira, ele se envolveu com mulheres, bebida, fama. Mas entrou numa crise existencial: Dirch sonhava em largar a comédia, e tentar fazer drama, para receber o reconhecimento da crítica. Chegou a montar " De ratos e homens", de Steimberg, mas o seu público reagiu mal.
Bom drama, que tem uma primeira metade muito boa, mas que daí em diante, descamba para um melodrama e para fantasia que fazem com que o filme perca interesse. De qualquer forma a grande força do filme está presente no excelente elenco: Nikolaj Lie Kass está estupendo no papel principal; Lars Ranthe, no papel do seu parceiro de trabalho Kjeld, também esta memorável. A direção de arte, fotografia, maquiagem e figurino reconstituem muito bem a época. O filme é longo, e falta ritmo. No meio do filme sentimos uma barriga, e quando o filme apela pra fantasia ( aparição de um espírito) o filme desanda. Mas no geral, vale como curiosidade de se conhecer uma história trágica de um artista que busca o reconhecimento do público e crítica e não conseguiu. Me fez lembrar bastante a carreira de Jim Carrey. O filme é bem previsível.

Nota: 7

Contágio


" Contagion", de Steven Soderbergh 92011)

Beth Emhoff (Gwynett Paltrow), uma empresária que representa uma indústria que favorece o desmatamento de florestas, está em Hong Kong a negócios. Ao chegar em casa, nos Estados Unidos, ela passa mal, Seu marido, Mitch (Matt Damon), foca preocupado, mas de início acreditam ser uma simple sgripe. Até que ela tem convulsões e vem a morrer no hospital. Logo, outros casos vão surgindo. Alan (Jude Law) é um bloqueiro oportunista, que se utliza da doença para se promover. O Dr Elis ( Lawrence Fishburne), representante do Governo, manda a Dra Erin (Kate Winslet) vir até a cidade tentar descobrir o que está acontecendo. Ao mesmo tempo, a Dra Lenora (Marion Cotillard) , francesa, segue até Hong Kong, em busca das origens da doença. Travasse uma batalha entre cientistas americanos e francees na busca de uma vacina contra a doença, que vai dizimando milhões em dias.
Interessante filme catástrofe dirigido por Steven Soderbergh, que vem na tradição dos filmes do gênero nos anos 70, onde o que prevalecia era o elenco mega star: Jude Law, Kate Winslet, Gwynett Paltrow Matt Damon, Marion Cotillard, Lawrence Fishburne...todos a serviço de um filme denúncia:o ser humano responsável pela sua própria destruição. O filme também é um alerta contra o sistema de saúde, inócuo em casos de extrema urgencia. Tudo no filme parece ser bastante real. O tom, documental, contrasta com outros filmes de tema semelhante, poduzidos em Hollywood, que previlegiam a aventura. Aqui, o lado dramático mostra o individualismo,o egoísmo do ser humano, que ignora a ajuda ao próximo e só pena em si mesmo. A direção de arte e a fotografia impressionam pelo realismo.

Nota: 8


The dead


de Howard e Jonathan Ford (2010)

O filme começa com um avião da base militar fugindo de uma cidade da África. No avião, temos vários militares, mas um deles está contaminado por um vírus que o transformou em zumbi. O avião sofre acidente e cai numa região do Norte da África. Apenas um oficial , branco, sobrevive ( um outro foge) e percebe que o local está infestado de zumbis, todos negros de tribos da região. A partir daí, ele luta para sobreviver e tentar encontrar a sua esposa e filha. A ele, se junta um oficial negro, que teve a mãe morta e tenta localizar a sua irmã prquena.
Interessante filme de zumbis ambientado na selva africana, árida, e tendo como zumbis negros nativos. O filme foi muito criticado mundo afora, por ser visto como um terror racista. O protagonista branco, sai matando todos os negros que encontra, dando tiros na cabeça, decepando-os, mutilando-os. Ele é o único branco sobrevivente. Polêmica afora, é um filme com ótimos efeitos de maquiagem, lembrando os usados nos filmes do italiano Lucio Fulcci: são violentos e detalhados. O roteiro é previsível, e as cenas beiram os clichês de sempre. É um filme longo, quase duas horas. Poderia ter pelo menos 20 minutos a menos. É tudo muito repetitivo. A fototgrafia é muito bonita, e a curiosidade é que, sendo um filme d ebaixo orçaamento, ele foi todo rodado em película, um feito inédito para produções baratas, onde normalmente se usa a cãmera digital.

Nota: 6


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não tenha medo do escuro


" Don´t be afraid of the dark", de Troy Nixey (2010)

Em 1910, um homem tenta salvar seu filho que foi sequestrado por criaturas subterrãneas. A única forma de trazê-lo de volta é extrair dentes humanos e oferecer a esses goblins. Porém, o feitiço não funciona, e o homem também é levado para as profundezas.
O filme segue pros dias atuais. Sally (Baille Madison) , uma menina de 8 anos, vai ao encontro de seu pai, Alex (Guy Pearce), que mora com sua namorada Kim ((Katie Holmes) em uma mansão que eles estão reformando. A mansão é a mesma do prólogo. Alex é arquiteto e Kim é decoradora de interiores.
Kim tenta se aproximar de Sally, mas a menina evita, traumatizada porque sua mãe a abandonou. O tempo passa, e Sally passa a ser atormentada por sons e situações estranhas. Até que ela vê os goblins, que a ameaçam. Ela tenta fazer com que seu pai e Kim acreditem nela, mas eles não dão atenção a ela. Sally vai levando a culpa por tudo de errado que acontece na casa, até que os goblins resolvem sequestrá-la. Porém, Kim percebe que algo está errado de fato e vai em busca da verdade.
Refilmagem de um cult feito para a televisão, de mesmo título, de 1973. Essa versão muda os personagens. Na versão anterior, é a mulher de Alex quem sofre de alucinações. Aqui surgiu a personagem da pequena Sally. Provavelmente, o produtor Guillermo del Toro quis recriar a mesma ambientação de seu clássico " O labirinto do Fauno", que tinha uma menina como protagonista. Tem o mesmo tom de fábula mórbida, violência, clima dark e soturno. As criaturas são até bem feitas, mas dessa vez a mistura não deu certo. Não foi por culpa do elenco, que tenta fazer o possível, ante seus personagens antipáticos (proincipalmente o de Guy Pearce). O ritmo é lento, demora a acontecer. O filme perde tempo com ambientações, climas, quando pedia algo mais dinâmico, como " Poltergeist" e " Gremlins", dois filmes aonde eu vejo muitas referências.
A menininha Baille Madison é boa, apesar de exagerar nas caretas às vezes. Katie Holmes empresta seu rosto angelical a sua personagem, que infelizmnete encontra um desfecho trágico. Aliás, o que mais odeio em filmes são aqueles personagens que nunca acreditam em nada, mesmo com tantas evidências presentes. Quem deveria ter encontrado um fim deveria ter sido o personagem de Pearce. Sacanagem!
No mais, um filme ok, que não traz novidades, ma spode entreter quem curte um suspense light climático.

Nota: 6

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A ilha misteriosa


" Mysterious island", de Rico Chung (2011)

No prólogo, ambientado nos anos 70, vemos uma mãe correndo com seu filho, na Ilha de Binlusai, China. A mãe é atacada por forças misteriosas, e o filho sobrevive.
Nos tempos de hoje, um grupo de 8 participantes de um reality show participam de uma gincana, onde eles devem permanecer e lutar pela sobrevivência nessa mesma ilha. A eles, se juntam uma repórter e um camera-man. Ao se aproximarem da ilha, eles são atacados por seres misteriosos, e o barco encalha. O grupo busca refúgio numa casa, onde descobrimos depois, existia uma colônia de leprosos. Durante a inspeção na casa, descobrem uma mensagem dizendo que todos morrerão na noite. O grupo passaa a lutar pela sobrevivência.
Filme chinês de grande sucesso de bilheteria nos cinemas locais, é um amontoado de clichês de filmes americanos, abusando da idéia do reality show que se transforma em risco real. O filme é mal dirigido, mal interpretado, e as cenas de efeito são muito, muito toscas: tipo vento batendo porta, matagal balançando, pontos de vista de alguém espreitando, sustos bobos e previsíveis. A fotografia também não ajuda, muito menos a trilha sonora, que não provoca surpresas. O roteiro é uma bagunça, e mal cuidado. Esse filme é daqueles que voê realmente se arrepende de ter perdido tempo assistindo.

Nota: 2

domingo, 25 de setembro de 2011

Drive


" Drive", de Nicholas Winding Refn (2011)

Ryan Gosling interpreta um stunt de cenas de ação em Hollywood. Ele é especialista em cenas de perseguição de carros. Sujeito frio e sem expressar emoção, ele vai levando uma vida paralela de crimes. Ele faz parte de uma gangue que pratica assaltos, ele sempre como motorista da ação, fugindo pelas ruas de Los Angeles, que ele conhece na palma da mão. Um dia, ele conhece sua vizinha Irena (Carey Mullighan), mãe de um filho pequeno. O marido dela é um bandido envolvido com uma gangue violenta. Ao pedir ajuda ao stunt, o marido acaba sofrendo uma morte violenta. O stunt foge com o dinheiro, e decsobre toda a armação pregada pela gangue comandada por Nino (Ron Pearlman). Todos a sua volta vão morrendo, e ele fará de tudo para salvar a vida de Irene e seu filho.
Vencedor do prêmio de melhor Direção em Cannes 2011, " Drive" é um dos filmes mais impressionantes que vi na safra recente. Dirigido pelo dinmarquês Nicholas Winding Refn, o filme é uma maravilhosa respirada nos filmes de ação. Dosando drama com muita pancadaria, Nicholas faz aqui uma obra-prima. As cenas precisamente estudadas, a interpretação minuciosa e fantástica de todo o elenco, o roteiro imprevisível e uma footgrafia deslumbrante. O filme tem ecos de " Taxi Driver" ( O personagem de Ryan Gosling passseia pelas noites de Los Angeles) e " Coração selvagem", de David Lynch. A jaqueta que Gosling usa durante o filme com certeza irá virar um ícone do cinema.
Ryan Gosling está soberbo. Com poucas falas e trabalhando mais com o olhar, frio, ele cria um personagem extraordinário. Carey Mullighan é a atriz perfeita para personificar a doce Irene, às voltas com a violência urbana. A cena da briga no elevador é antológica, um clássico.
A trilha sonora, comandada por Angelo Badalamenti ( habitueé de brian de Palma e David Lynch) traz uma sonoridade típica dos anos 80: sintetizadores, vozes gélidas. Boa demais.
O filme reserva muitas cenas extremamente violentas. Uma estilização que apenas Tarantino e os irmãos Coen até então tinham.
Seja bem-vindo Nicholas WInding, e que nos traga outras maravilhas como esse " Drive".

Nota: 10

Sem Saída


Abduction , de John Singleton (2011)

Nathan (Taylor Lautner) é um jovem feliz: mora com seus pais, que ele ama, estuda na faculdade, se apaixona por uma garota, Karen (Lily Collins) e tem ótimos colegas.Porém, um dia, tudo isso vem abaixo. Ao fuçar um site de crianças desaparecidas, Karen e Nathan descobrem que Nathan provavelmente pode ser um garoto adotado, e que tudo o que está a sua volta não é o que parece ser. A CIA e um grupo de mafiosos russsos passam a ficar em seu encalço, e Nathan foge, junto com Karen, após seus pais terem sido assassinados ( ele decsobre que os pais eram espiões contratados para tomarem conta dele). A missão agora é descobrir quem ele realmente é, e porquê estão todos atrás dele.
Filme de ação protagonizado pelo lobisomen Jacob da saga " Crepúsculo", esse " Sem saída" tenta, mas praticamente não consegue, criar uma atmosfera de constante tensão e suspense. O título brasileiro procura se apropriar do clássico filme de Kevin Costner, também " Sem saída", mas a comparação fica aí. Aqui tudo é bem previsível, e algumas situações são bem falsas. Por ex, para fugir da clínica, Nathan e Rose são ajudados pela doutora bennet (Sigoruney Weaver), que os esconde usando balões de gás para evitar que as cãmeras os captem!!! Como assim? geheehehe
Aliás, Sigourney Weaver é das poucas coisas boas no filme, mesmo que ela esteja no automático. Alfred Molina, fazendo um agente da CIA, também bate ponto. O filme carece demais ritmo e adrenalina. E Taylor sim, aparece várias vezes sem camisa no filme, já que sua interpretação vem da exibição de seu corpo escultural, uma vez que interpretação não é o seu forte. Mas para um final do dia sem ter o que fazer, vale como passatempo.

Nota: 5

Contos de verão


" Racconti D´estate/Girls for the summer", de Gianni Franciolini (1958)

Na costa de Golfo do Tigullio, turistas se divertem. Nesse filme, 5 histórias ambientadas no local, e que tem o amor como tema central.
Numa história, um rapaz (Alberto Sordi)presta serviços profissionais e íntimos para uma cantora de ópera matrona. Ao chegar na praia, ele reecontra o grande amor de sua vida, e fica dividido entre o conforto financeiro e a alegria do amor verdadeiro.
A 2a história é sobre uma atriz que tenta a todo custo arrumar um amante rico que a sustente, mas ela acaba mesmo é nos braços de um salva-vidas pobre.
A 3a história é sobre uma mulher de meia -idade que fica dando em cima de um rapaz mais jovem. Mas ela não percebe que sua filha também está interessada no rapaz.
Na 4a história, uma mulher é oferecida pelo marido a um outro homem, para conseguir dinheiro.
Na 5a e última história, Marcello Mastroiani interpreta um policial que faz escolta de uma ladra. Eles perdem o trem, e passam a noite em um hotel, e ele acaba se apaixonando por ela.
Como todo filme de episódios, esse aqui tem seus altos e baixos. A melhor história, de longe, é a de Alberto Sordi. Divertida e cruel. O filme não tem muito ritmo, e é lomgo. Tem uma estrutura muito semelhante aos filmes de Robert Altman. As histórias e os personagem se entrecruzam. A direção de arte, fotografia são luxuosos, e a locação é muito linda. O filme tem uma ingenuidade cheia de malícia. Parece os filmes da pornochanchada nacionais, da década de 60, como " os paqueras", do Reginaldo faria. tem aquele mesmo olhar e embientação de pessoas bonitas, alegres, e que adoram curtir a vida.

Nota: 7

Além da estrada


" Por el camino" , de Charly Braun (2010)

Santiago ( Esteban Feune de Colombi) é um jovem argentino, que segue de Buenos AIres para Montevideo. Ele vem resolver um assunto de posse de terra, a pedido da família. Santiago era um investidor de mercado, em Nova York, mas a morte de seus pais o fez voltar ao lar. No trajeto de barco, ele conhece Juliette (Jill Mulleady) , uma jovem belga que veio em busca de um uruguaio que ela conheceu em outro país, Santiago oferece carona para Juliette, e juntos, descobrem uma amizade, novos personagens pelo caminho, e claro, o amor.
Um típico road movie, dirigido pelo ex-ator Charly Braun. O filme tem um caráter auto-biográfico muito forte, que fica evidente nos créditos finais, onde vemos imagens de jovens nos memos lugares onde foram filmadas as cenas.
É um filme emotivo, bonito - a fotografia é realmente bela- tem sensibilidade. Mas o roteiro não tem um foco. Os personagens vão seguindo caminho, e por eles passam tipos incomuns, como Naomi Campbell, que do nada, dá um depoimento sobre preconceito contra modelos negras na Alta costura. Depois surge a atriz Guilhermina Guinle, também uma das produtoras do filme, que faz uma espécie de namoradinha de Santiago, e ambos, fazem uma cena dispensável de balada noturna.
O filme também não tem ritmo. Dá uma canseira. A trilha sonora pelo menos confere uma sensação de nostalgia que ajuda a embalar a narrativa.
O filme venceu o prêmio de melhor direção no Festival do Rio 2010.

Nota: 7

sábado, 24 de setembro de 2011

O órfão assassino


" The orphan killer", de Matt Farnsworth (2011)

Audrey(Diane Foster) estuda em uma faculdade. Ela é filha adotiva.Quando crianças, ela e seu irmão Markus presenciaram a morte de seus pais, por ladrões sanguinários. Levados a um orfanato de freiras, as crianças sofrem maus-tratos, especialmente Markus,. Ele espanca um outro garoto e como castigo, é obrigado a usar uma máscara. Ele e sua irmã acabam se separando. Anos mais tarde, Markus reaparece, dessa vez com sede de vingança, matando a todos que se colocam na sua empreitada de matar a sua irmã.
Com clara inspiração em " Halloween", esse " The orphan killer" é uma grande surpresa. Intencionalmente mambembe, ele lembra bastante o clima de filmes de terror independentes dos anos 70. A atriz Diane Foster é digna de ser coroada como uma Scream Queen. O filme é divertidíssimo, tem cenas super violentas e gore, explícitas, mas é tão trash, que a gente tem vontade de rir o tempo todo. Robert Rodriguez deve ter adorado esse filme. Muitas cenas antológicas, e definitivamente, não é um filme para se levar a sério. As interpretações são toscas, e hilárias. Devo dizer que para mim, já se tornou uma pequena jóia do cinema de terror independente. A cena da freira negra dizendo a Audrey que um assassino está a solta, é clássica. hehehee

Nota: 8

Robô mau


" Blinky/Bad Robot", de Ruairi Robinson (2011)

Alex é um garoto que mora sozinho com os seus pais, que vivem brigando e dando pouca atenção ao garoto. Nesse ambiente de lar destruído, Alex vê a televisão e presta atenção a um anúncio: a venda de um robô doméstico, cuja principal finalidade é ser amigo.
Alex pede para os seus pais comprarem. No início o robô e Alex se tornam amigos. Mas aos poucos, mediante a constante briga de seus pais, Alex vai se revoltando, e acaba passando para o robô toda a sua fúria e raiva. Até que um dia Alex, em acesso de descontrole, pede para o robô matar a todos em volta, inclusive ele memso. O que ele não esperava é que ordem é ordem. E o robô cumpre todas elas.
Excelente fábula, cujo principal trunfo é ser conciso, objetivo. Dura 12 minutos, tempo suficiente para narrar esse drama trágico com doses de humor negro. Max Records, o menino, foi protagonista do filme de Spike Jonze, " Onde nascem os monstros", e está excelente no papel do garoto revoltado e carente. A caracterização do robô é perfeita. Um ótimo filme muto bem realizado e dirigido. A fotografia também funciona a contento.

Nota: 9

Premonição 5


" Final destination 5" , de Steven Quale (2011)

Sam, sua namorada Molly e seus amigos trabalham em uma empresa de construção civil. Quando pegam um ônibus, enfrentam um acidente em na ponte que está passando por manutenção, construída pela empresa. O acidente vitima quase todo mundo, menos Sam e amigos. Mais tarde, descobrem que um a um, vão morrendo nas mãos da morte, que não gosta de ser enganada.
A 5a parte dessa franquia repete o 3D do filme anterior porém, com mais eficiência e recursos. No anterior, tudo soava bastante trash. Aqui percebemos, a tecnologia avançou bastante. O roteiro não traz novidade alguma: personagens vão morrendo um a um, das formas mais estapafúrdias possíveis: cabeça esmagada, laser de cirurgia, fraturas expostas, etc. O único ponto d einteresse auqi, além do 3D, e o desfecho, que mesmo deixando furos de roteiro, procura fazer um link com o primeiro filme da série. As atuações são ok, mas na verdade, as estrelas aqui são as mortes.Nos créditos finais, os produtores juntaram todas as cenas dos filmes da franquia e refizeram em 3D..é divertido.

Nota: 5

Borboletas negras


" Black butterflies", de Paula Van der Oest (2010)

Ingrid Jonker (Carice Van Houten) é uma poetisa nascida na África do Sul na década de 40. Ela sempre conviveu com o regime do Apartheid. Seu pai, um censor do Governo, (Rutger Hauer) é o responsável por pribir a publicação de qualquer obra que tenha um caráter políticio ou que vá contra o regime de segrecionismo racial. Ingrid, separada e com uma filha pequena, conhece Jack Cole (Lian Cunningham), um escritor também divorciado. Ambos se envolvem emocionalmente, mas aos poucos, Jack vai descobrindo que a personalidade rebelde de Ingrid pode levá-la ao suicídio. Ninfomaníaca, alcoolatra, Ingrid tenta se reerguer na vida, mas a dura realidade de sua relação com o seu pai e a segregação racial no País lhe deixam em constante estado de choque. No discurso do Parlamento em 1994, Nelson Mandela leu um poema de Ingrid, como símbolo contra a pregação da descriminação racial.
Bom drama, prejudicado pela longa duração, ausência de ritmo na primeira parte do filme e pelo clima de novelão. Porém, a força da interpretação do elenco, em especial a de Carice Van Houten garantem 2 horas de drama rígido, pesado. A personagem de Ingrid é defendida com garra por Carice. Ela brilha em todos os momentos do filme. Carice já foi vista no filme de Paul Verhoeven, " A espiã". A reconstituição de época é perfeita, a fotografia também é interessante. A direção peca por às vezes querer forçar o drama, como tentativa de emocionar o espectador a todo custo. É muita tragédia e depressão para a personagem. Rutger Hauer comprova aqui que faz bem um personagem dramático e vilanesco, contrastando com os tipos de ação que constuma representar em filmes de outrora.

Nota: 7

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O garoto da bicicleta


" Le gamin au vélo/The kid with a bike", de Jean e Luc Dardenne (2011)

Cyril (Thomas Dort) é um menino de 12 anos. Seu pai, Guy (Jereme Reinier) o larga em uma Instituição para crianças, pelo período de 1 ano. Passado o prazo, Cyril procura entrar em contatos com o pai. Porém o pai sumiu. O menino procura contactá-lo de todas as formas, inclusive tentando fugir do orfanato. Um dia, numa fuga, ele conhece acidentalmente Samantha (Cecile de France), uma cabeleireira que mora em uma cidadezinha vizinha. Samantha se afeiçoa ao menino, mesmo com o terrível temperamento que ele tem. Sempre arredio, Cyril aos poucos vai se abrindo ao amor de Samantha. Até que um dia ele conhece uma gangue de pequenos marginais, e se interessa pelo crime.
Excelente drama dirigido pelos premiadíssimos cineastas belgas Jean Luc e Pierre Dardenne.Sempre que eles competem em Cannes, levam algum prêmio. Esse ano, levaram o Grande Prêmio do Juri. O filme é emocionante, tenso, comovente. A atuação do elenco é algo de formidável, com destaque absoluto ao jovem Thomas Doret, no difícil papel do menino Cyril. Incrível como ele age tão naturalmente, não parece estar interpretando. Cecile de Farnce tambèm brilha, conferindo dignidade ao seu personagem. Os cineastas sempre trabalham com o tema dos marginais. e aqui não poderia ser diferente. Sou apaixonado pelo estilo narrativo deles: cãmera na mão acompanhando o personagem. Esssa estética eles buscaram de seus documentários. Eles não acreditam em punição, e sim, em rendenção. A cena final é de uma beleza incrível, e confesso, chorei bastante.
Um filme para guardar no coração.

Nota: 10

domingo, 18 de setembro de 2011

Glee 3D


de Kevin Tancharoen (2011)

Documentário com cenas do show do famoso grupo GLEE, em Los Angeles, 2011. GLEE é uma série de muito sucesso no Canal FOX, e foi rodado em tecnologia 3D. No repertório, uma seleção das melhores versões covers do grupo, durante a 1a e 2a temporada. Paralelo ao show e ao backstage, acompanhamos depoimentos de fãs, que tiveram suas vidas mudadas, após assistirem à série e se influenciarem em personagens que lutam contra o preconceito e a falta de perspectiva de vida.
O filme é estritamente para fãs. Blaine, Kurt, Finn, Quinn, Puck, Mercedes, Santana, Britany, Rachel... todos estão lá, inclusive uma participação especial de Gwynet Paltrow. O professor Schutz e a treinadora Sue não fazem parte do show.
O filme é bacana, mas os depoimentos dos fãs trazem um tom melodramático e desnecessário. Deveriam ter se atido apenas no show, e nas canções do grupo. A dublagem também destrói as vozes dos atores, dando um tom infantilizado. Graças a Deus tiveram o bom senso de manter as músicas na versão original. O uso do 3D é tímido, só se fazendo presente nos créditos finais.

Nota: 7

Quem pode matar uma criança?


"Quién puede matar a um niño?/ Who can kill a child? / Island of the damned" , de Narciso Ibãnez Serrador (1976)

Tom e Evelyn formam um casal de ingleses que resolve ir até uma ilha na Espanha, para tirar férias. Chegando na ilha, logo se deparam com o local deserto. Não há ninguém. Evelyn está grávida. Sùbito, crianças surgem misteriosas, criando um clima de tensão. Descobrimos depois que os adultos foram mortos pelas crianças, sem motivo aparente. Agora o casal precisa lutar pela sua sobrevivência.

Adaptação de um livro espanhol chamado " O jogo das crianças", de Juan José Plans, esse clássico do cinema independente de horror traz uma ambientação fantástica, na Espanha dos anos 70. Uma fotografia estourada, lavada. Atores amadores, que trazem um realismo improvisado. Locações assustadoras. E principalmente, as crianças, que funcionam a contento. O filme é longo, quase 2 horas. Deveria ter meia hora a menos. O suspense é interessante..mas a repetição de ações, tornam tudo meio massante. Já sabemos o que irá acontecer, é bem previsível. O desfecho lembra bastante " A profecia", e a ambientação lembra "O homem de palha". A personagem da esposa é irritante, e o destino de seu persongem é um grande achado. Os dois nunca tomam alguma decisão, daí torna a trama meio sem noção. Os efeitos são meio toscos..mas tem o seu charme kampf. Vale como curiosidade.

Nota: 7


sábado, 17 de setembro de 2011

180 o


de Eduardo Vaisman (2011)

Ana (Malu Galli) é uma editora de sucesso. Ela está namorando Bernardo (Felipe Abib) , um escritor de sucesso, que escreveu um único livro que se transformou em best-seller. O casal resolve passar o fim de semana visitando Russel (Eduardo Moskovis), ex-namorado de Ana, que vive em uma fazenda, tocando as plantações de laranja da família. Aos poucos, a história volta no tempo, e decsobrimos que os 3 eram jornalistas, porém cada um seguiu um caminho que definou o destino deles. Bernardo começa a receber ameaças do dono da caderneta que ele encontrou por um acaso num bar, e de onde tirou inspiração para escrever o livro.
Drama intimista, praticamente levado pelos 3 protagonistas. A fotografia é bonita, em tons escuros, criando um clima noir. A trilha sonora é pavorosa, cafona, e me incomodou bastante. A montagem vai e volta no tempo, deixando o espectador em constante suspense para saber aonde a história quer chegar. E aos poucos, vamos descobrindo informações sobre os personagens. Na verdade, a resolução da história é bem previsível, não traz suspresas. Talvez o desfecho abrupto do filme é que incomode a alguns, pois deixa em aberto o destino dos personagens. O filme ganhou os prêmios de Direçao e de roteiro no Festival de Miami em 2011. Eduardo Moskovis, Malu Galli e Felipe Abib conferem boas interpretações, mas eu particularmente não entrei muito na história do filme, me pareceu forçado.

Nota: 7

Riscado


de Gustavo Pizzi (2011)

Bianca (Karine Teles) sonha em ser atriz reconhecida pelo seu trabalho, Porem, lhe falta oportunidades profissionais. Para se manter, ela trabalha em eventos: canta parabéns, faz apresentações vestida de Carmen Miranda, Marylin Monroe, etc, nas ruas, em inaugurações de lojas e outras atividades. Um dia, Bianca vai fazer um teste para um filme. Para sua surpresa, ela passa no teste. Ela repensa sua vida, e se desfaz de várias coisas, contando com o trabalho certo. Até que o assistente do Diretor lhe avisa que ela não fará mais o filme.
Produzido, dirigido e escrito em parceria com sua esposa, a atriz Karine Teles, Gustavo Pizzi usa da criatividade para bancar a falta de dinheiro da produção. Nitidamente mambembe, o filme carece de uma fotografia e técnica melhores. Mas isso não impede que o espectador se deixe emocionar pela tragetória triste e melancólica da protagonista. Inspirado em um fato real que aconteceu com Karine, ela reescreve tudo com humor e sem nenhum pingo de rancor. O filme em questão é " Rio Sex Comedy", do americano radicado no Brasil Jonathan Nossiter. É curioso enxergar o dia a dia infeliz da protagonista, às voltas com alugueis atrasados e diretores sedutores. Karine é o grand etrunfo do filme, e por ela, o filme merece ser visto. Ela ganhou em 2010 o prêmio de melhor atriz no Festival do Rio.

Nota: 7

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Missão madrinha de casamento


" Bridesmaids", de Paul Feig (2011)

Annie (Kristen Wiig) mora em Milwakee. Ela é solteira, e divide o apartamento com um casal de irmãos bizarros. Ela já teve uma confeitaria, mas fracassou: perdeu a loja, o marido foi embora e isso fez dela uma looser. Atualmente ela trabalha em uma joelheria especializada em vender jóias para futuros noivos. Annie vive infeliz. Lillian (Maya Rudolph), sua melhor amiga, vai se casar com um ricaço, e convida Annie para ser sua madrinha. Lillian faz uma pequena festa para apresentação das outras madrinhas, e daí, Annie conhece Hellen, uma milionária. Annie e Hellen logo se tornma rivais: ambas querem chamar atenção para o casamento, proporcionado a Lillian a melhor festa de casamento. Hellen oferece tudo o que o dinheiro pode comprar. Para Annine, resta a sua verdadeira amizade e honestidade.
Divertida comédia, claramente inspirada em " Se beber, não case". Essa versão feminina, escrita pela atriz Kristen Wiig, de certa forma é mais melancólica e dramática que o filme referenciado. Porém, não poderia deixar de ter as inúmeras cenas de pastelão e escatológicas, que é o que faz sucesso nesse tipo de filme. O time de atrizes é excelente, todas hilárias e com ótimo timing para comédia. Eu não conhecia Kristen Wiig, e fiquei supreso com a sua desenvoltura e carisma. Maya Rudolph é habitueé de filmes independentes, e eu adoro muito. O último filme que vi dela foi " Distante nós vamos", do Sam Mendes. A cena de Lillian, com o vestido de noiva, cagando na rua pública é antológica. E o final é uma apoteose. Hilário.
O único porém do filme é que ele é longo demais, 125 minutos. Meia hora a menos faria a felicidade dos espectadores.

Nota: 7

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Em busca de vingança


" Colombiana" , de Olivier Megaton (2011)

Cataleya tem 12 anos e mora com seus pais em Bogotá. O pai trabalha para um grande traficante, e quando resolve sair da profissão, é assassinado, junto com sua esposa. O chefão está em busca de um chip, que o pai deixou com a menina. Ela foge dos bandidos, mostrando habilidades, ensinadas pelo seu pai. Ela acaba fugindo para Chicago e é criada pelo seu tio, também envolvido em negócios escusos. Cataleya cresce (Zoe Saldana) , e agora adulta, se tornou uma assassina profissional. Porém, sua meta é matar os responsáveis pelas mortes de seus pais. O que ela não sabe é que o FBI está no rastro dela.
Produzido pelo francês Luc Besson, que também dirigiu " O profissional", com Jean Reno e Natalie Portman, " Em busca de vingança" tem todos os ingredientes do filme de Besson. Uma garota que aprende a matar, traficantes inescrupulosos que matam sem piedade, cenas de ação ininterrupta. Porém, faltaram 2 itens importantes: roteiro e direção. O roteiro é um amontoado de clichês que tornam tudo extremamente previsível. A direção, porquê não trouxe ritmo à trama, algo essencial em um filme do gênero. O início até promete, quando temos a menininha botando pra quebrar nas cenas de ação. Zoe Saldana tenta, mas é pouco para sustentar o interesse do espectador, nesse filme sem emoção e sem surpresas. O desfecho, a la " Scarface", sôa muito falso, no sentido de que é difícil acreditar que Cataleya seja o exército de uma mulher só. Como falta de opção, pode ser um passatempo. Rasteiro, diga-se de passagem.

Nota: 5

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Hara-Kiri- A Morte de um Samurai 3D


" Ichimei/Hara-kiri-Death of a Samurai", de Takashi Miike (2011)

Em 1630, o Japão experimenta um período de paz, sem guerras e lutas entre facções rivais. Os samurais, por conta disso, ficam sem emprego, e experimentam a pobreza e o escárnio público. Tsugumo, ex-samurai que vive atualmente de vender sombrinhas, vive com sua filha pequena, Miho. Seu amigo morre, e pede para que ele cuide de Motome, também criança. Os anos se passam, Miho e Motome crescem e se casam, diante do pedido de Tsugumo, pois todos na região se recusam a casar com a filha de um ex-samurai. Porém, a saude de Miho é frágil, e ela acaba passando pneumonia para seu bebê. desesperado, Motome resolve ir até a casa de uma clã de senhores feudais, clamando por um hara-kiri. Explica-se: muitos samurais, por conta da pobreza extrema, se encaminhavam até essas casas de poderosos pedindo para praticar hara-kiri. Os senhores acabavam dando a eles dinheiro para que eles desistissem da idéia e fossem embora. O que Motome não esperava, é que dessa vez, os mandantes da casa aceitaram o pedido de suicídio e o ajudam a praticar o ritual.
Bom drama de Miike, refilmagem de um clássico de Kobayashi, de nome homônimo de 1962. Miike abandonou aqui o seue stilo corrosivo e pop de filmar, misturando referências pops. Aqui, ele faz um filme em estilo clássico, quase um drama intimista. O drama reside na intrincada surpresa do destino, que prega uma peça em Motome e consequentemente, a tragédia familiar. pode-se dizer que " Hara kiri" é um melodrama, tal a profusão de tragédias que se sucedem na trama. Os atores estão ótimos, e a cena do hara-kiri é algo tenso e aflitivo. O som fez um excelente trabalho, pois memso sem ver explicitamente o ato, podemos imaginar o que está acontecendo. Os efeitos em 3d são frustantes, praticamente não causam efeito algum, apenas em alguns stock shots (planos da natureza morta), onde podemos perceber discretamente algumas camadas.
O filme é longo, e lá pela metade, cansa. Porém, algumas cenas isoladas, como a do hara-kiri e a luta final valem a pena. São muito bem dirigidas e mostram o melhor de Miike.
Eu esperava um filme de ação ininterrupt, com lutas de espedas e cosias e tal: cabeças rolando, braços decepados, tudo em 3d. E me surpreendi com um drama tocante e reflexivo, melancólico. Valeu a pena essa inversão de expectativas.

Nota: 7

Larry Crowne, o amor está de volta!


"Larry Crowne" , de Tom Hanks (2011)

Larry Crowne (Tom Hanks) é um funcionário exemplar na empresa que ele trabalha, uma espécie de Wal--Mart. Ele já foi considerado funcionário padrão por 9 vezes, nos muitos anos que prestou serviõ à Empresa. porem, um dia, ele recebe um chamado de seus superiores. Descobre que jamais foi promovido porquê simplesmente não tem formação universitária. Crowne é então demitido, por justa causa. De repente, desempregado, Crowne se depara com a sua solidão, sua casa hipotecada, sua dívida de quase meio milhão de dólares. Aos poucos, vai se desfazendo de tudo, e troca seu carro por uma scooter. Seguindo a sugestão de seu vizinho, Crowne resolve se matricular em uma Universidade da comunidade. Se inscreve em um curso de literatura, e conhece a professora Mercedes Tainot (JUlia Roberts), uma mulher infeliz, de mal com a vida, e casada com um blogger fracassado e irresponsável. Mercedes de inicio se irrita com a sua turma de 10 alunos, todos problemáticos e sem esperança alguma de crescer na vida. Mas a presença do humilde e simpatico Crowne fará com que todos tenham suas vidas tranformadas.
Comédia romântica produzida, escrita (junto com Nia Vardalos, de " Casamento grego"), dirigida e protagonizada por Tom Hanks, esse filme carece, e muito de um ritmo que segure o interesse do espectador. O roteiro é simples, baseado em todos os clichês do gênero " homem tem que recomeçar sua vida, conhece loosers, e sua alegria e esperança fazem com que todos tenham suas vidas tranformadas". A química entre Tom Hanks e Julia Roberts não funciona. Não sai faísca. Uma pena, adoro muito o trabalho dos dois, mas ambos estão no automático. Hanks está envelhecido, inclusive. O elenco de apoio está ok, sem grandes destaques. A trilha sonora é enjoativa, parece trilha de filme dos anos 80, meio kenny G. O filme é longo, arrastado, sem interesse.

Nota: 6

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Visitante Q


" Bijitâ Q/Visitor Q" , de Takashi Miike (2001)

Kyoshi é pai de uma família. Possui uma filha , que atualmente trabalha como prostituta. Sua esposa vive apanhando do filho adolescente. Ela também é viciada em heroína e também se prostitui para manter o seu vício. O filho, por sua vez, sofre constantemente de bullying na escola. Kyoshi está fazendo um documentário sobre violência jovenil. Ele entrevista sua filha prostituta, e acaba transando com ela. Ao mesmo tempo, grava imagens de seu filho sofrendo maus tratos da parte dos outros estudantes. Súbito, um estranho, o " Visitante Q" surge na vida dessa família, e a sua presença faz com que todos tomem atitudes diferentes.
Um dos filmes mais bizarros a que já assisti, " Visitante Q" tem uma óbvia inspiração em " Teorema", de Pasolini. Ao discutir a questão da violència doméstica e da desintegração familiar e da sociedade, Miike faz uma parábola macabra com cenas antológicas e escabrosas. Uma cena realmente inesquecível, é quando o Visitante seduz a mãe, e aperta seus mamilos, e daí, começa a jorrar leite dos mamilos. Muito louco!
O filme é polêmico: tem cenas de incesto, cenas de necrofilia (o pai transando com o cadáver de sua funcionária), cenas com fezes, cenas de espancamento de filho com a mãe, o pai sendo estuprado por garotos, e outras sandices. Definitivamente , não é um filme que irá agradar a qualquer público. Ele choca, incomoda, deixa muitas questões em aberto a serem discutidas. Basicamente, o filme poderia ser resumido em uma única palavra: humilhação. É assim que os personagens se sentem em momentos chave do filme. Miike não quiz fazer concessões aqui no filme. As cenas de sexo beiram quase o explícito. A fotografia é granulada, por conta do uso do vídeo na captação das imagens. A narrativa segue o padrão de realities shows: parece que estamos assistindo as cenas ao vivo, junto com os atores. Um estilo quase documental.

Nota: 7

Amizade Colorida


" Friends with benefits", de Will Gluck (2011)

Dylan (Justin Timberlake) é um jovem executivo de uma pequena empresa de Internet em Los Angeles. De futuro promissor, ele é dedicado ao seu trabalho. Jamie (Mila Kunis) é uma recrutadora de novos talentos, que trabalha para uma Empresa de empregos em Nova York. Jamie resolve convidar Dylan para uma entrevista na Famosa revista americana GQ, de moda. Ela vai buscá-lo no Aeroporto de NY. Em princípio reticente com a possibilidade de vir morar em NY e abandonar família e amigos em Los Angeles, Dylan se deixa levar pela falácia de Jamie. Ela o leva para conhecer a cidade. Dylan fica encantado e aceita o emprego. Porém, Jamie é sua única amiga na cidade. O tempo passa, e Jamie e Dylan estreitam sua amizade. Uma noite, enquanto assistem um filme romântico na tv, acabam discutindo o valor de uma relação, e concordam que é possível ter um relacionamento apenas baseada em sexo, sem compromissos. Acabam transando para provar a teoria. Assim, os dois mantém um relacionamento apenas de interesse sexual. O que eles não poderiam imaginar era que se apaixonariam um pelo outro.
Previsível do início ao fim, essa comédia tem o interesse focado na dupla Justin Timberlake e Mila Kunis. Os dois têm ótima química, e Justin prova que é um ator tarimbado para drama e comédia. Mila, após a indicação de atriz ciadjuvante por conta de " Cisne negro", tem carisma para segurar o filme. O elenco de apoio também é outro trunfo: Patricia Clarkson, habitué dos filmes de Woody Allen, está elegante e classuda como sempre. Richard Jenkins confere verdade no personagem do pai de Dylan, portador do Mal de Alzheimer.
No mais, é um filme descompromissado, de ótima produção e com muita figuração. Poderia ter uns 20 minutos a menos. Lá pelo meio do filme, cansa.
Para assistir quando você está totalmente sem opções.

Nota: 6

O santuário


" The shrine", de Jon Knautz (2010)

Marcus (Aaron Ashmore), é um fotógrafo. Carmen (Cindy Sampson) , sua namorada, é jornalista, Juntos com a estagiária Sara, viajam até uma região inóspita na Polônia, em busca de turistas desaparecidos. Eles pretendem escrever uma matéria investigativa. Chegando em um vilarejo, percebem que os moradores os evitam e hostilizam. Logo descobrem que no centro da floresta, existe uma estátua demoníaca, que faz com que a pessoa que a olhe, seja possuído pelo diabo. Os moradores fazem parte de uma seita local, de católicos extremistas, que matam todos aqueles que viram a estátua, oferecendo o sacrificio humano a Deus. Logo, os 3 se tornam prisioneiros da seita, e tentam de toda forma fugir da insanidade local.
Era para ser um suspense, mas tudo sôa tão trash que me diverti bastante. A começar pela localização na Polônia. É evidente que a região que os personagens estão deve ter sido filmada em algum local no interior dos Estados Unidos. O elenco e figuração que interpreta os poloneses não está muito à vontade com a língua de origem...e aparenta não saber o que estão falando. O desfecho todo remete a O Exorcista". É tão escancarado, que a maquiagem, a personificação da estátua do demônio, a prática do exorcismo...tudo é igual ao filme de Willian Friedkin. Resta se divertir com o filme, que tem efeitos trash, maquiagem de 5a categoria e uma história muito banal.

Nota: 6

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Medianeras- Buenos Aires da era do amor digital


" Medianeras", de Gustavo Taretto (2011)

Martin e Mariana não se conhecem. Ambos são jovens, independentes, bonitos, e são vizinhos de rua. Martin é construtor de sites, e Mariana é arquiteta, porém vive de fazer vitrines de lojas de grifes chiques. O que os une é que ambos são solitários e melancólicos, e viveram relações desastrosas no passado. Devido a essas relações, ambos se bloquearam perante novas possibilidades de relacionamento, se enclausurando dentro de suas casas.
Delicado e emocionante filme argentino, muito bem dirigido por Gustavo Taretto. O casal de protagonistas, Javier Drolas e Pilar Lópes de Ayala cumprem com louvor a árdua tarefa de personificar personagens tão tristes e loosers. A fotografia é linda, e o roteiro, muito bem estruturado. O filme lembra um pouco " Amelie Poulain" e " 500 dias com ela". Lá pelo meio da narrativa , Gustavo estende demais a história da passeadora de cães que começa a namorar Martin. Mostrar ela como tendo uma relaçaõ lésbica é desnecessário. O filme tem uns 20 minutos a mais. Curioso saber que o filme deriva de um curta do próprio diretor, e que resolveu esticá-lo como um longa-metragem. Daí talvez a sensação de que o filme ficou mais longo do que deveria. de qualquer forma, é um ótimo entretenimento: divertido, sentimental, belo. Um filme de cinéfilo, com várias referências pop. É fácil imaginar uma refilmagem americana, tem tudo a ver.

Nota: 8

Sofrimento


" Bereavement", de Stevan Mena (2011)

Martin Bristol tem 6 anos de idade. Ele mora com sua mãe, em uma casa no interior. Martin possui uma rara doença: ele é incapaz de sentir dor ou sentimentos. Um dia, ele é sequestrado por um serial killer. 5 anos depois, Martin continua desaparecido. Allison é uma adolescente que vem de Chicago, para morar um tempo com o seu tio Jonathan (Michael Biehn) , a esposa e a filha pequena. Jovens tem sumido da região, e o serial killer obriga Martin, agora com 11 anos, a testemunhar os brutais assassinatos que ele comete, em nome de uma entidade que ele acredita.
Filme brutal, que mostra cenas cruéis contra mulheres e crianças. Não costumo me incomodar com cenas de violência, mas aqui passa dos limites. De qualquer forma, a história é totalmente previsível. Já sabemos o que acontecerá no final. É um filme crú, com trilha sonora curiosa, porque enfatiza cenas românticas, para depois entrar em um banho de sangue. O elenco está ok, e o destaque fica por conta da participação do menino. Fico imaginando o que se passa na cabeça do ator mirim, que está o tempo todo perante cenas de violência extrema. Será que ele achou divertido??

Nota: 4

domingo, 4 de setembro de 2011

Um conto chinês


" Un cuento chino", de Sebastián Borensztein (2011)

Roberto (Ricardo Darin) é um homem solitário, dono de uma loja de ferragens. Roberto é meticuloso, Passa seu tempo contando quantidade de pregos na caixa, espera a hora certa para apagar a luz e dormir, etc.
Mari (Muriel Santa Ana) está de volta a cidade, e reencontra Roberto, por quem foi apaixonada. Ela ainda mantém esse amor, mas Roberto se esquiva. Um dia, Roberto presencia um jovem chinês, Jun (Ignacio Huang) ser jogado de um taxi. Jun não fala uma palavra de espanhol, e a comunicação entre ele e Roberto é impossível. Jun quer encontrar seu tio, que mora na Argentina, pois ele não possui mais família na China. Roberto de início o ajuda, mas depois se irrita, e tenta se livrar do hóspede.
Deliciosa fábula, sobre uma amizade improvável entre 2 seres que mal se comunicam, por total falta de extroversão. Emotivo, engraçado, dramático. Assim é esse filme protagonizado pelo melhor ator do mundo, na minha opinião, Ricardo Darín. Darín confere brilhantismo no papel desse pessoa solitária, rabugenta. O chinês Ignacio Huang é um grande achado. Muita gente criticou a interpretação dele, por ser meio caricata. Mas poucos sabem que os chineses são asism, muito gesticulosos e expansivos.
O filme termina de forma bastante emotiva. Aliás, lembra bastante o final de " O segredo de seus olhos", também com Darín. A trilha sonora é bonita, e a fotografia também é espetacular. Alguns movimentos de câmera, como o plano incial, que começa na rua e entra na loja, sem corte, é excelente. Os efeitos especiais deixam a desejar, mas se pensarmos que o filme tem essa conotação de fábula, então, esttá tudo certo.


Nota: 9

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Apollo 18- A missão proibida


" Apollo 18", de Gonzalo López-Gallego (2011)

Ben e Natan são 2 astronautas enviados à Lua, no ano de 1974, para uma missão na nave Apollo 18. Pisando na lua, logo eles descobrem que uma nave russa já esteve lá anteriormente, porém os ocupantes estão mortos. Quando descobrem a verdade sobre a missão, já é tarde demais. Eles não tem como sair de lá, e pior, o Governo americano não quer que eles retornem à Terra.
Interessante suspense de ficção científica, produzido pelos irmãos Harvey e Bob Weinstein. Usando a mesma narrativa da câmera subjetiva, que filma os personagens, o filme sim, usa de clichês: a película é encontrada décadas depois, e o filme é finalmente revelado. O mais interessante do filme é que o espectador nunca sabe o que acontecerá a seguir. O suspense é ininterrupto, e o filme provoca alguns sustos. Os efeitos são bons, e a produção e direção de arte também. A crítica de " O globo" odiou, mas acho que o filme cumpre o seu papel de passatempo. Uma mistura de " Alien", " O exorcista", " iluminado" e " A bruxa de Blair".

Nota: 7

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Na escuridão


" Shadow", de Federico Zampaglione (2009)

David é um soldado que lutou no Iraque. Ele está de férias, em uma Região montanhosa na Europa, chamada The Shadow.. Durante uma percurso de biking, ele para em um pub. Lá ele conhece uma garota, Angeline, que logo é assediada por 2 caçadores. Após discussão com os homens, ao defender a moça, David resolve prosseguir o seu biking, se isolando mais na floresta. Ele reencontra Angeline ao montar a sua barraca, e dormem juntos. No dia seguinte, reencontram os caçadores, que os perseguem. Ao se infiltrarem mais no coração da floresta, todos são capturados por um homem misterioso, que os aprisiona e os tortura. David tenta a todo custo fugir e reencontrar Angeline.
Interessante suspense italiano, dirigido pelo cantor pop Federico Zampaglione. A movimentação de câmera é muito boa, a fotografia idem. O roteiro abusa de clicihês, e não acrescente em nada o gênero do " torture porn", claramente inspirada em " Jacob´s ladder", de Adrian Lyne. A primeira parte do filme é mais climática, se tornando mais tensa a partir do terço final. As cenas de gore não são barra-pesadas, o diretor sempre reservando o espectador de cenas de violência explícita. O elenco está ok, não comprometendo a qualidade do filme. A trilha sonora tem um clima bem anos 80, com trilha de sintetizadores, típico da banda Goblin, que produzia a trilha nos filmes de Dario Argento.

Nota: 6