segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O artista


The artist", de Michel Hazanavicious (2011)

Em 1922, George Valentin ( Jean Dujardin) é o maior astro do Cinema mudo. Adorado pelos fãs e paparicado pelo seu Produtor (John Goodman), George é a receita do sucesso. Um dia, ele conhece uma figurante, Peppy Miller (Berenice Bejo), por quem se apaixona platonicamente, uma vez que ele é casado. George ajuda Peppy no início de sua carreira. Chega o ano de 1927, e com o advento do cinema sonoro, George, por conta de seu orgulho, se recusa a participar da nova tecnologia. Peppy, ao mesmo tempo, vai se alçando a posto de estrela do cinema sonoro. George acaba ficando sem trabalho e cai no ostracismo. Peppy, cada vez mais famosa e rica, se sente penalizada por George, porém o orgulho dele não permite que ninguém o ajude. COma chegada da crise de 1929, George perde toda a sua fortuna, e cai de vez na bancarrota.
Excelente hino de amor ao cinema, " O artista" tem em sua mensagem sua grande força. O advento da tecnologia, que faz sucumbir a verdadeira alma do cinema, é o tema utilizado pelo diretor francês Michael Hazanavicious. Michael já havia dirigido o ator francês Jean Dujardin na dupla de filmes paródicos sobre James Bond, que alcanaram sucesso mundial e trouxeram Michael a Hollywood.
Aqui, a reconstituição de época é perfeita. Cada detlahe do filme é impressionante. A ambientação dos anos 20 na tela é majestosa, e os efeitos são brilhantes.
É um filme extremamente arriscado em termos de mercado: imagina, lançar um filme mudo e em preto e branco nos dias parece total suciídio, uma vez que é notório que os jovens espectadores não curtem esse tipo de linguagem. Só por isso, Michael já merecia levar o prêmio de melhor filme.
A película presta justa homenagem a pelo menos 3 clássicos do cinema: " Cantando na chuva", " Crepúsculo dos deuses" e " Nasce uma estrela".
É impressionante a semelhança de Jean Dujardin com Gene Kelly. Seu sorriso é idêntico, e é óbvia a inspiração. Berenice Bejo tmbém tem um visual inspirado em Debbie Reynolds.
O filme reserva muitas cenas antológicas. Sim, o filme é um pouco longo, e já no meio da projeção a estéica de cinema mudo cansa um pouco. Mas no cômputo geral, é um filme obrigatório para qualquer cinéfilo.
Ah, e um ponto a mais pela participação do cachorrinho, uma simpatia em cena.

Nota: 10

Um comentário:

  1. sim, uma homenagem bellisssima ao cinema e a todos nos que amamos esta arte magnifica!

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