domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cinco vezes favela


de Cacá Diegues, Marcos de Farias, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirzmann e Miguel Borges (1962)


Comentários em breve

Nota: 6 ( para o episódio "Couro de Gato", nota 10

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Encontro com o passado- Não olhe para trás


" Ne te returne pas- Don´t look back", de Marina des Van (2009)

Jeanne (Sophie Marceau) é uma autora de biografias, consagrada dentro de sua editora. Um dia, porém, ela apresenta ao editor um livro de ficção que ela escreveu, baseada em sua vida. Para sua suurpresao, o editor renega o livro, dizendo ser horrível. Chocada, Jeanne responde que escreveu o livro sobre a sua vida, mas deletando detalhes de sua vida de menina antes dos 8 anos de idade, uma vez que ela não tem memórias anteriores a essa idade. Arrasada, Jeanne sai do escritório, mas se sente mal. Quando sai para a rua, ela vê visões, sobre uma menina. Ao chegar em casa, ela começa a perceber situações estranhas: seu marido e seus 2 filhos pequenos passam a agir de forma estranha. Sua mãe quer ler o romance, mas Jeanne não permite. Aos poucos, o marido, filhos e mãe mudam de fiisonomia, sem que os mesmos percebam. Jeanne, assustada, também vai mudando de rosto, até se tranformar em Monica Belluci. Igualmente, ninguém estranha também a mudana de fisionomia. Ela resolve então visitar a Sicilia, para descobrir a sua origem, uma forma que ela acha que dará certo para resolver seus problemas mentais e não se considerar uma louca.
Um filme estranho, que mistura os Gêneros do drama, suspense e fantasia. Os efeitos são muito bizarros, e a cena de Jeanne, com o rosto dividido meio-a-meio com Marceau e Belluci é das imagens mais ttresloucadas que vi recentemente. Acho que faltou ao filme mais loucuras, que justifiquem a insanidade da personagem. O final está certinho demais. Faltou mais estranhamento.
Marceau e Belucci estão benm apesar dos personagens gerarem controvérsia, e as atrizes se sugeitarem a cenas rídiculas.
O filme fez a abertura do Festival de Cannes em 2009, eendo motivo de vaias, risadas involuntárias e debandada geral. Polêmico sim, e por isso mesmo, deve ser visto. Ame- ou deixe-o.

Nota: 7

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Chico e Rita


de Fernando Trueba e Javier Mariscal(2011)

Chico é um pianista, que vive em Cuba, no ano de 1948. Ele toca em bares e casas noturnas. Um dia, ele conhece Rita, uma cantora com uma belíssima voz, e resolve convidá-la a participar de um concurso musical. Eles se apaixonam de cara, mas Rita se irrita com Chico ao descobrir que ele tem uma amante. Chico resolve ir atrás de Rita,e decsobre que ela mora num lugar bem pobre. Ambos ganham o concurso. O tempo passa, os dois se desencontram, e Rita acaba indo para New York com o seu agente. Lá, ela faz sucesso, como cantora e atriz. Chico vai atrás dela. Porém, de novo eles brigam, se amam, se desencontram. Chico vai tocar com grandes musicos, como Dizzie Gillespie, e viaja mundo todo. Rita vai fazendo cada vez mais sucesso, mas continua infeliz, sem Chico ao seu lado. O agente dela acabada implantando drogas na roupa de Chico e , em uma batida policial simulada no local de trabalho de Chico,a polícia encontra a droga. Ele acaba sendo deportado de volta para Cuba. Para o azar de Chico, quando ele pretnde voltar para os EUA, um golpe de Fidel acaba com o imperialismo da ilha. Chico é impedido de viajar, e nem teve tempo de comunicar a Rita que ele foi deportado. Passam-se décadas, e Chico mantem-se triste e esperançoso de um dia poder rever Rita.
Excelente animação, co-dirigida pelo cineasta espanhol Fernando Trueba, que já ganhou o Oscar de filme estrangeiro por " Sedução". Aqui, Trueba volta de novo com um tema romântico e um amor melancólico, um casal que se ama e se odeia por décadas. A animação em si é bem simples, e lembra o filme " Waking life", do Richard Linkater.
O filme todo tem um fundo musicado, e a trilha sonora é maravilhosa, com ritmos varuados, que vai do bolero ao jazz. O filme é um épico romântico, bem narrado, e impossível não se comover com o amor desses dois personagens errantes. O filme está concorrendo ao Oscar de animação de 2012, mas com poucas chances de ganhar.
Uma pequena jóia do cinema de animação, " Chico e Rita" merece ser visto e apreciado pelos cinéfilos. Dificilmente o filme entrará em circuito..

Nota: 9

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O homem que mudou o jogo


" Moneyball", de Bennett Miller (2011)

Billy Beane (Brad Pitt) é gerente de um time de beiseball em Oklahoma. O time vive fracassando e perdendo os jogos, muito por conta da situação financeira desfavorável da equipe, em detrimento de outros times,que posssuem orçamentos milionarios. Billy conhece Peter Brand (Jonah Hill), um analista de sistemas, durante uma visita ao Cleveland Indians. Peter faz Billy acreditar que ele consegue formar um time de primeira, apenas com a estatística que Peter consegue fazer do jogador, baseado em dados que ele calcula do rendimento. Após um difícil aceitamento do método por conta do treinador do time, (Philip Seymour Hoffman) e dos próprios jogadores, o time, após derrotas, passa a ganhar vários jogos.
Baseado em um livro de sucesso, de nome homònimo, " Moneyball" se trata exclusivamente de beiseball e suas regras. Ou seja, para quem não curte o esporte, como eu, é uma tremenda chatice, do início ao fim. Mesmo quando o filme tenta se voltar para o drama de Billy e sua filha adolescente, eu não senti o mínimo interesse. Tudo é extremamente chato, sem ritmo, longo e interminável. A nota 5 vai para as atuações de Pitt e Jill, apesar de já ter visto trabalhos muito melhores de ambos ( no caso de Hill, " Cyrus"), e também para a bela fotografia. Sinceramente, não entendo como um filme deve consegue ter 2:20 de duração, e como foi indicado para os Oscar de Melhor filme e ator.


Nota: 5

A fonte das mulheres


" La source des femmes", de Radu Mihaileanu (2011)

No Norte da África, em um vilarejo longe da cidade, uma comunidade vive sob os parâmetros da tradição milenar. Os homens ficam em casa, cuidando do sustento, enquanto cabe ás mulheres a árdua tarefa de subir as montanhas e buscar água. Muitas das mulheres, grávidas,ecsorregam no terreno acidentado, e acabam perdendo os filhos. Leila, uma jovem que veio do sul e se casou com um professor da comunidade, resolve promover um levante, causando espanto entre as mulheres e os homens, presos a essa tradição. De cara , Leila ganha a antipatia das mulheres, mas aos poucos vai seduzindo a empatia delas, provocando uma greve de sexo. Ela quer que os homens subam as montanhas e busquem água. A revolta dos homens chega logo, e o marido de Leila é provocado pelos moradores. Paralelo, o filme discute a questão da falta de assistçencia governamental que não oferece água nem eletricidade para muitas comunidades.
Filme do mesmo diretor de " O concerto", Radu mantém o clima de fábula que caracterizou o seu famoso filme. Um misto de drama, comédia, filme político e musical, o filme é curioso e interessante como objeto de estudo antropológico, mas a longa duração e os vários sub-plots tiram o foco do tema principal. O elenco é excelente, e podemos ver vários rostos famosos em filmes palestinos e israelenses. Aliás, a atriz que interpreta a Velha Fuzil é muito semelhante a Mirian Muniz, inclusive a voz, As várias cenas musicadas causam um estranhamento, pois as letras narram a cena, mas são de inegável beleza. A fotografia é muito colorida e viva, assim como a direção de arte e figurinos. O filme competiu no Fetsival de Cannes em 2011.

Nota: 7

Guerreiro


" Warrior", de Gavin O ´Connor (2011)

Tommy (Tom Hardy) é um ex-fuzileiro naval que deserta as forças armadas por conta de uma tragédia que ocorreu no Iraque e elevoua vida de um grande amigo. Ele volta para casa, e reencontra o seu pai, Paddy (Nick Nolte), um ex-treinador de lutas, a quem ele pede para ajudar a treiná-lo. A relação de Tommy com o pai é pésima, por conta de fatos ocorridos no passado que envolveu a mãe dele, que morreu sem a assistência do pai, que vivia bÇebado. Tommy quer lutar no Esparta, um evento semelhante ao UFC, cujo premio de 5 milhoes de dolares ele daria à viúva do amigo falecido. Ao mesmo tempo, temos a história de Brendan (Joel Edgerton)), o outro irmão, que mora com a esposa e duuas filhas. Ele trabalha como professor de física, mas esta com dívidas que o farão perder a casa. Contra a vontade de sua esposa, Brendan volta a treinar, e também se inscreve no Esparta. A relção de Tommy, Brendan e paddy vai ao ajuste de contas, enquanto a inevitavel luta entre os irmãos se aproxima.
" Guerreiro" tem contra si , além de todos os clichês do filme de luta e sobre o tema da superação, o fato de ser extremamente longo: 140 minutos. Se tivesse 40 minutos a menos, seria muito melhor. Chega uma hora que o filme chega ao nível do cansaço para o especctador, porque parece que a história não avança.
O que realmente segura as pontas é a excelente fotografia, a direçao segura e o realismo das lutas. Além, é claro, do excelente trabalho de atuação dos 3 atores principais: Tom Hardy, que ganhou 15 kilos de músculo para a incrível composição do seu touro indomáve; Joel Edgerton ( que atuou na refilmagem de " Enigma de outro mundo"), comovente, e Nick Nolte, que mereceu a indicação ao Oscar de ator coadjuvante em 2012. Nick está soberbo, mostrando o desamparo e melancolia de seu personagem de forma assombrosa.
O elenco de apoio também é bom, e a trilha incidental ajuda na composição do melodrama.
Para os aficcionados por UFC e correlatos, muita pancadaria da sboas, apesar de eu achar que vão achar o filme chato demais.

Nota: 7

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A mulher de preto


" The woman in black", de James Watkins (2011)

Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é jovem advogado, viúvo. Sua esposa morreu durante o parto. Seu filho, agora com 5 anos, mora com o pai e a babá. Endividado, Arthur aceita o pedido de seu escritório em Londres para ir até uma cidade afastada, cuidar dos detalhes do levantamento do inventário da recém falecida Alice Dablow, que morava em uma mansão afastada da cidade. Ao passar a noite na mansão abandonada, Arthur pressente algo ruim, e descobre que o local está assombrado. Toma conhecimento de que as crianças da região morrem tragicamente, por conta de uma maldiçao que envolve uma morta que se vinga de outras crianças, por conta da morte de seu proprio filho. Arthur procura tentar entender o porquê daquilo tudo, sem se dar conta que o seu próprio filho pode estar em risco de morte, e que a população local o hostiliza.
Interessante filme de suspense, feito nos moldes da produtora inglesa Hammer, que produziu vários clássicos do Gênero nos anos 60 e 70. " A mulher de preto" tem um ar de filme antigo, tanto por conta da fotografia, etérea, quanto por conta da direção de arte e trilha sonora. O filme é todo feito para provocar sustos no espectador. Ou seja, os indefectíveis sons estridentes, animais que surgem do nada, objetos que se movem, o espectador leva um susto atrás do outro. Nisso, a direção e a edição de som são extremamente hábeis. O roteiro é curioso, apesar do desfecho polêmico, que provocou a ira de muita gente quando saí do cinema. Alguns pontos também são bem confusos. Afinal, quem era a amorta, quem era a família que cuidou do filho dela, porque exatamente aconteceu o acidente.
Daniel Radcliffe está bem no papel, conferindo seriedade. estranho mesmo, é o personagem dele ter um filho ja tão grandinho, afinal, até ontem ele era o Harry Potter. hehee
De qualquer forma, o filme é um ótimo passatempo, uma montanha russa de emoções.


Nota: 8

Dead Space - Aftermath


de Mike Disa (2011)

Filme de animação baseada no game DEAD SPACE. Esse " Aftermath", é uma continuação do longa de 2008.
A nave espacial ABRAXIS se aproxima da nave O`BANNON. No filme anterior, a O´BANNON sofreu ataque de alienigenas, que devoraram toda a tripulação. Um artefato milenar trazido para a nave foi a responsável pela liberação do alienigena, que ao morder outra pessoa, a transforma em zumbi carnivoro.
Quando a ABRAXIS se aproxima da nave, 5 fuzileiros entram na O´BANNON, e descobrem que estão todos mortos. Porém, ao vasculhar com cuidado todos os compartimentos, descobrem que existem 4 sobreviventes trancados numa sala. Eles logo são levados para a ABRAXIS. Ao chegarem lá, eles são interrogados um a um por uma equipe de cientistas. Cada um deles conta a sua versão da história ocorrida na nave, Mas logo descobrem que os cientistas na verdade, têm ouutra intenção com os sobreviventes.
Fraca continuação, passa mais da metade do filme exibindo cenas do filme anterior, como flashback. Uma puta encheção de linguiça, que só serve para quem não viu o filme de 2008. A animação, só para registrar, é para adultos, devido ao seu alto teor de violência. O mais curioso aqui é ver diversos traços da animação, que aconteceu porquê os produtores enviaram trechos do filme para diferentes companhias. Assim, cada uma fez um traço diferente. Os mesmos personagens aparecem no filme com fisionomia e uniformes diferentes, o que causa muito estranhamento. Tem horas que a gente confunde os personagens.
O filme parece ser uma versão animada de " Alien", tal a semelhança na história.

Nota: 5

Sete dias com Marilyn


"My week with Marilyn", de Simon Curtis (2012)

Colin Clark é um jovem que mora com a sua família em Londres, 1957. Seu pai trabalha na biblioteca da rainha. Colin é apaixonado por cinema, e seu sonho é trabalhar em uma equipe de filmagem. resolve então largar tudo e pedir trabalho na produtora de Lawrence Olivier (kenneth Branagh). De início, ele não consegue nada, mas devido a sua perseverança, o produtor resolve chamá-lo para trabalhar como 3o assistente de direção nas filmagens de " O príncipe encantado", filme que será estrelado por Lawrence Olivier e Marilyn Monroe, a maior estrela atualmente. Completamente fã de Marylin, Colin não vê a hora de vè-la ao vivo. Assim, quando ela chega, ele é o responsável pela infra que iá servi-la. Marylin (Michelle Willians) chega acompanhada de Arthur Miller, mas a relação dos dois não está bem. Marylin é ovacionada pelos fãs. Porém, a medida que as filmagens se desenrolam, Lawrence Olivier se irrita ainda mais: Ela esquece as falas, não atua como ele esperava, faz todos esperarem horas no set e dá uma de diva. O pior, ela traz consigo uma coach, Paula Strassbeg, que dá aulas de interpretação, que irritam Lawrence. Colin acaba se afeiçoando por Marylin, que por sua vez, se simpatiza com Colin, e faz dele o responsável por tomar conta dela, criando ciúmes em todos: Além de Lawrence, em Lucy, a camareira (Emma Watson), sua pretenente;Milton (Dominic Copper), o agente de Marylin..e outros. Judi Dench interpreta Sybil Thomdike, a atriz veterana que a ajuda nas cenas.
Delicioso retrato de Marylin, por quem me apiedei miseravelmente. Faz também uma excelente definição do mundo doo cinema; os sets de filmagem, as funções técnicas, a questão da direção, do coach...é um excelente retrato do mundo do cinema. A parte técnica é impecável; fotografia, direção de arte, figurino, trilha sonora.
O elenco é um luxo total: além de Michelle, impecável, Kenneth Brabagh também está fantástico. Jude Dench, Dominic Copper, Emma Watson ( A Hermione de Harry Potter), todos estão ótimos em seus pequenos papéis. A direção é segura e charmosa, o ritmo é bom. Enfim, um maravilhoso passatempo, que não faz exatamente um retrato de Marylin como a conhecemos, é apenas um momento de sua vida profisssional e pessoal. Mas já temos indícios da soldiçao, do uso de remédios, do conflito emocional.
Colin Clark acabou escrevendo 2 livros sobre esse seu momento com Marylin.

Nota: 8

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A.K.


"Akira Kurosawa", de Chris Marker (1985)

Ótimo documentário do documentarista e fotógrafo francês Chris Marker, que aborda o processo de filmagem de RAN, de Akira Kurosawa. Marker acompanhou meses de filmagem, e através de uma narrativa e imagens poéticas, distinguindo de making-ofs didáticos, compreendemos que:
- Em todos os filmes de Kurosawa, temos cenas de chuva, batalha, cavalos, violência. Aqui ele explica cada um desses itens.
- Kurosawa trabalha com uma equipe de veteranos fiéis, além de uma equipe de jovens. Todos fazem de tudo, ele chama a equipe de coletiva.Uma curiosidade: O seu Diretor de arte, no filme " O barba ruiva", colocou remédios de verdade em frascos dentro de um armário, que nem sequer eram abertos em cena!
- Kurosawa é rápido. No mesmo tempo que um cineasta filma uma cena de jogo de cartas, ele filma 7 batalhas (pelo menos é dito aqui)
- Uma bela cena noturna, onde ele mandou pintar toda uma colheita com tinta dourada, para dar destaque na luz do luar, foi cortada na edição final apesar de todo o trabalho que deu.
- Ao rodar, Kurosawa grita: " Preparar"! Ação!"
- Ele usou cimento misturado na terra do solo, para dar aquele ar fantasmagórico na paisagem.
Enfim, uma obra de arte que deve ser vista por todos os cinéfilos, que apreciam o trabalho do mestre Kurosawa e dessa sua obra-prima, RAN.

Nota: 8

Reis e ratos


de Mauro Lima (2012)

Comentários em breve

Nota:

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O caçador


"The hunter", de Daniel Nettheim (2011)

Martin (Willen Dafoe) é um aventureiro, contratado por uma empresa de biotecnologia em Paris para ir até a Austrália em busca do extinto tigre da Tazmânia. Um homem solitário e de poucas palavras, Martin acaba se hospedando no alojamento na floresta que pertence ao casal Jarrah e Lucy. Jarrah está desaparecido, e Lucy fica na cama, sob efeito de sedativos. Os dois filhos pequenos do casal se aproximam de Martin, e criam uma relação afetiva. Jacky Mindy (Sam Neill) é um guia florestal, que acompanha Martin até o coração da floresta. Martin é hostilizado pelos locais, que são contra a presença de ambientalistas. A exploração da madeira da floresta é o grande trunfo da região. Martin descobre depois, que Jarrah foi assassinado, provavelmente por alguém contra a presença deles por lá. Aos poucos, vai descobrindo que a sua contratação na verdade, era para buscar amostra do sangue do tigre da Tasmânia, que tem o poder de imobilizar o inimigo. A produção em escala desse soro seria capaz de dar poderes a quem fabricar esse remédio. Martin descobre que sua vida e de Lucy e crianças corre risco.
Belo drama australiano, com uma boa mensagem de preservação ambiental e contra a exploração da madeira e de animais. Porpem, o roteiro é singelo, e seu desfecho, acaba resvalando para o melodrama, sem mais nem menos.
O ponto forte do filme é a atuação do elenco: Willen Dafoe fez um laboratório de sobrevivência na floresta e interpreta com delicadeza e humanidade o seu personagem. As duas crianãs são fantásticas, espontâneas e sublimes. Frances O`connor confere dignidade a sua Lucy, e Sam neill, estpa correto no papel do guia de dupla personalidade.
O grande desafio do filme era mostrar o Tigre da Tasmania, animal considerado extinto. Quando esse surge, é uma boa surpresa, o animal é muito bem feito e atpe agora não sei como ele foi concebido. Fica também a dúvida quanto ao uso de animais em cena, alguns mostrados mortos.
O ritmo do filme é muito lento, e lá pela terça parte final, ganha ares de trhiller, até terminar como melodrama.

Nota: 7

Poder sem limites


"Chronicle", de Josh Trank (2012)

Em Seattle, Andrew, um estudante da High School, sofre bullying e é maltratado pelo seu pai, bêbado e desempregado. Sua mãe está doente na cama, com cancer. Andrew compra uma cãmera filmadora e passa a registrar sua vida. Seu primo, Matt, é um boa-praça, e é o seu companheiro, mesmo que não sejam muito próximos. Matta convida Andrew para uma festa na escola, mas Andrew leva um soco de um outro estudante por estar gravando a festa.. Desolado, ele vai passear nos arredores, onde existe uma vasta floresta. Steve, o atleta popular da escoola, o encontra e segue com ele. Matt també segue junto. Os três encontram uma cratera , e resolvem entrar nela, Lá dentro, eles dão de cara com uma espécie de objeto não identificado azul (uma espécie de Kriptonita) , que aos poucos se transforma em vermelho e os três sentem dor e sangram pelo nariz. A câmera corta, e já temos uma passagem de tempo. Os 3 brincam com os poderes que adquiriram: mover objetos pela telecinese, voar, tudo com o poder da mente. Porém, Andrew vai se extrapolando em seus poderes, deixando matt e Steve preocupados. Enquanto isso, a mãe de Andrew vai piorando. Sem dinheiro para comprar remédios, Andrew passa a roubar e a usar os seus poderes de forma maléfica.
Curiosa trama que mistura filmes de super-heróis e a linguagem da camera subjetiva, 2 temas que interessam muito ao úblico adolescente, maior audiência proposta pelo projeto. Aliás, tudo no filme foi feito para agradr a garotada: temas atuais, como bullying, baixa auto-estima, falta de perspectiva na vida...o filme não perde tempo: já começa na ação, mostrando ao que veio, editando tudo para cortar passagens de tempo que não interessam. Assim, o recurso da camera subjetiva é muito bem empregada, para poder formar essas elipses de tempo.
O trio de atores está bem, trabalhando em cima de estereotipos, porem agradando e convencendo nos tipos, principalmente Dane Dehaan, que interpreta Andrew.
Os efeitos são bons, considerando o baixo orgamento do filme, mas as cenas de vôo sao ruins, fica evidente que os atores estavam pendurados por ganchos. Uma pena, porque realmente me tirou da fantasia do filme.
De uma forma geral, é um passatempo rápido (84 min) e agradável. Aguardem uma continuação.


Nota: 7

Bullhead


"Runskop", de Michael R. Roskam (2011)

Jacky Vanmarsenille (Mathias Schoennaerts) é um jovem fazendeiro, que trabalha com os seus pais em uma pequena fazenda onde eles criam gado. Eles criam o gado, assim como todos os outros, utilizando hormônios proibidos. O veterinário que oferece hormônios para eles propôe um acordo de Jacky com inescrupulosos comerciantes de carne. Porém, ao se encontrar com o grupo, Jacky reencontra Diederik, um amigo de infãncia, que por conta de uma tragédia na época que eles crianças, se afastou do seu convívio. Jacky guarda para si as consequencias da tragédia, o que faz com que ele tome hormônios injetáveis proibidos. O assassinato de uum policial que investigava o caso do comércio ilegal de hormônios, e o reencontro de Jacky com Diederick e Eva, a garota por quem ele era apaixonado na infância, faz explodir tudo na mente de Jacky, provocando uma grande tragédia.
Belo drama belga, com um tema curioso, que é o comércio ilegal de hormônios, mesclado aos gêneros drama, trhriller, romance e até mesmo comédia de humor negro. Muitas vezes vemos as inevitáveis referências aos cinemas de Tarantino e Irmãos Coen. O elenco está excelente, com destaque absoluto para Mathias Schoennaerts, que ganhou kilos e kilos de músculo para interpretar o difícil papel de Jacky. mençãoo tabém ao pequeno ator que interpreta Jacy quando criança. As cenas dele injetando hormonios em si, no banheiro, são, ao mesmo tempo, de extrema melancolia e beleza. Fiz muitas vezes analogia a " O fantasma da ópera": O tema do feio e bruto que se apaixona pela bela mocinha, e se deixa levar pela loucura para provar o seu amor.
Vale uma conferida nesse longa que está concorrendo ao Oscar 2012, na categoria filme estrangeiro.

Nota: 7

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Manual do casamento sueco - A linguagem do amor


" Language of love - Swedish marriage manual - ur karlekens Sprak , de Torgny Wickman (1969)

" Manuel sueco do casamento, ou A Linguagem do amor" , de Torgny Wickman, é um documentário clássico, datado de 1968. produção sueca, na época foi um imenso sucesso mundo afora Dizia-se que o documentário era na verdade pretexto para se assistir a um filme pornográfico. No filme " Taxi Driver", o personagem de Robert de Niro leva Cybil Sheppard para assistir a esse filme. Através de depoimentos de 4 experts em sexologia, o filme mostra várias cenas reproduzidas eme stúdio, com casais em situações distintas. O filme é tosco, as interpretações idem. O discurso dos 4 especialistas é hilário. A trilha sonora é um barato, com sonoridade típica do final dos anos 60. Hoje em dia é uma delícia assistir ao filme, tem um charme Kampf, cafonérrimo. Não deixa de ser uma curiosiadade, mesmo que extremamente datado.
Por conta do sucesso do filme, muitas outras continuações vieram, sempre com o mesmo pretexto. Os mais recentes ddatam de 2000 e 2004, e dirigidos oelo sueco Anders Lennberg.

Nota: 5

Loverboy


de Catalin Mitulesco (2011)

Luca (George Pistereanu) é um jovem bonito e com look de bad boy, apaixonado pela sua lambreta e por garotas. O que sua família não sabe, é que Luca faz parte de uma gangue que alicia meninas para entregá-las ao mercado do sexo. Luca é de fame, que mantém um restaurante falido. Veli é uma jovem, por quem Luca se afeiçoa. Veli é apaixonada por Luca, e por ele, ela renega sua família.
Drama romeno, do mesmo diretor de " Como festejamos o fim do mundo", um bom drama político que venceu alguns prêmios mundo afora. Aqui, ele pega o ator do excelente " Se eu assoviar, você assovia", e faz um drama que tem como finalidade fazer um alerta aos pais sobre a falta de comunicação entre pais e filhos, que pode causar danos irreparáveis. O filme procura criar uma linguagem próxima aos filmes americanos, emprestando até mesmo visual e trilha sonora. O roteiro não traz muitas novidades, apenas o desfecho, por ser um filme europeu, obviamente, não poderia acabar em happy end.


Nota: 6

A lira do delírio


de Walter Lima Jr (1978)

Famoso drama, considerado uma homenagem póstuma ao talento da atriz Anecy Rocha, irmã de Glauber, que faleceu antes da montagem final, vítima de um acidente fatal: ela caiu em um fosso do elevador, em seu prédio. Na época ela era casada com o cineasta Walter Lima Jr.
O filme inicialmente era para ser um documentário. Em 1973, foram feitos registros do elenco em pleno bloco A Lira do delírio, nas ruas do centro de Niterói. Os atores improvisavam situações. Essas cenas costuram aleatoriamente o filme. Tem uma cena clássica de Anecy Rocha e Nara leão em um beijo lésbico.
A parte ficional , filmada 3 anos depois, fala o drama de Ness Elliot (Anecy Rocha), uma garota de programa que trabalha em um cabaré na Lapa, e que , durante o Carnaval, recebe uma missão de um agiota, Tonico (Tonico Pereira):Trazer bagulho de São Paulo até o Rio. Ela aceita fazeer esse tráfico, para poder ganhar dinheiro e cuidar de seu bebê. Porém, no seu retorno, ela tem sua bolsa trocada com um sambista homossexual. Acuada pelo agiota, ela tem o bebê sequestrado, e somente o terá de volta se devolver o dinheiro. Ela procura ajuda com um malandro, Claudio (Claudio Marzo) e um reporter policial, Pereio (Paulo Cezar Pereiro), que é apaixonado por ela.
Paralelo, o sambista gay começa um caso com um taxsta, que o assalta e o mata. Tudo isso em pleno carnaval.
Belo drama, porém extremamente datado. O bacana do filme é mostrar o Carnaval como um evento de felicidade e trizteza, uma festa de excessos onde as pessoas enlouquecem, se apaixonam, se matam, criam casos. O talento de Anecy Rocha é evidente no filme, e é delicioso ver todos os atuais veteranos atores, como Antonio Pedro e Tonico Pereira, jovens e malandros, como sempre.
O curioso do filme é usar os nomes reais de seus atores, com exceção de Anecy. A narrativa é desconexa, misturando momentos, passagens, criando um clima de constante fantasia e estranheza. O ponto alto do filme é a cãmera do mestre Dib Luft, magistral, fazendo verdadeiros balés coreográficos com a câmera na mão.

Nota: 7

Tão forte e tão perto


" Extremely loud and incredibly close", de Stephen Daldry (2012)

Indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro de 2012, " Tão forte e tão perto" é baseado em um livro best seller.
Oskar (Thomas Horn) é um garoto de 9 anos, que vive com sua mãe, Linda (Sandra Bullock). Seu pai, Thomas (Tom hanks) morreu no ataque do 11 de setembro. Oskar é portador da síndrome de Asperge, e por conta disso, ele tem obsessão por alguma coisa, que quando começa, precisa ir até o fim. Oskar manttém uma péssima relação com sua mãe, a quem ele acusa de ser responsável pela morte do pai. No dia do acidente, Thomas deixou 6 mensagens na secretária eletrônica, e nnguém atendeu. Oskar descobre um dia, uma chave dentro de um vaso escodido por seu pai, e resolve ir em busca de um enigma, que fará com que ele busque todas as pessoas com o sobrenome Black pela cidade de Nova York. Essa busca, que levará muito tempo, fará com que ele conheça pessoas de todos os tipos, e que mudará sua vida para sempre. Junto dele, um velho, (Max Von Sydow), que é o inquilino do apto de sua avó, se embui de acompanhá-lo na aventura.
Belo drama, dirigido por Stephen Daldry, mesmo cineasta de " Billy Elliot" e " As horas". O filme tem um excelente elenco, que inclui Viola Davis, Jefrey Wright e outros veteranos. Porém, o grande problema do filme é o personagem de Oskar. O jovem ator Thomas Horn o interpreta muito bem. Mas por ser portador de Asperge, o personagem se torna praticamente insuportável e irritante, fazendo com que as mais de 2 horas do filme sejam uma tortura. O garoto é chato demais!!!! Apenas nos últimos 20 minutos finais, o menino baixa a bola na resoluução da história, e com a cena de Sndra Bullock, o filme ganha paz e dignidade. A trilha sonora permeia o filme inteiro, tentando trazer comoção a todo custo.

Nota: 7

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Tiranossauro


" Tyrannosaur", de Paddy Considine (2011)

Joseph (Peter Mullan) é um desempregado viúvo, de índole violenta, que prega a raiva e a violência contra tudo e todos. Sua vida está um caos, e a violência está ao seu redor. Ele mora em uma vizinhança no suburbio, e tem como vizinho um garoto que mora com sua mãe solteira, às voltas com o namorado barra-pesada. Em um attaque de raiva, Joseph chuta o seu cão e o mata. Ele acaba conhecendo uma dona de uma loja de caridade, Hannah (Olivia Calman), uma mulher religiosa e que tenta ajudar Joseph em sua recuperação. Hahhan é casada com o violento James (Eddie Marsan), que acredita que Hannah o ttrai com Joseph. A partir daí, Joseph precisa reviver os seus momentos de violência.
Belo drama, um petardo emocional, na tradição dos melhores dramas ingleses dos anos 70 e 80, que tinhama violência doméstica como tema central. O ponto forte desse filme vencedor do Bafta 2011 de melhor drama é o seu elenco. O trio principal está impressionante, em um tour de force que deve ter desgastado emocionalmente os atores. O roteiro é bom, apesar de carregar em clichês de temáticas parecidas, sobre o tema do ciúme e da ignorãncia.
A fotografia favorece o clima de melancolia e tensão, em tons escuros. A trilha sonora é ontual, e tem um belo momento musicado lá pelo meio do filme. A cena de hahan implorando ao telefone para o seu marido não bater nela é antológica, e somente por essa cena Olivia deveria ter ganho prêmios, muitos recebidos com louvor.
Um filem difícil de assistir pela sua força e drma, mas obrigatório para quem quer assistir a um ótimo drama com excelentes performances.

Nota: 8

Cada um tem a gêmea que merece


" Jack and Jill", de Dennis Dugan (2012)

Jack (Adam Sandler) é um produtor de comerciais que mora com sua família em Los Angeles. Casado com Erin (Katie Holmes) e pai de 2 filhos, sendo um deles adotado, Jack é pressionado por um de seus clientes, a Donkin Donut, a contratar AL Pacino para um de seus comercias, sob a ameaça de deixar a Produtora. Nesse meio tempo, Jack recebe a visita de sua irmã gêmea, Jill (Adam Sandler), no feriado de Ação de Graças. Jill veio do Bronx, em Nova York, e traz consigo seu pássaro de estimação. Jack não suporta a presença de Jill, ao contrário de Erin e as crianças. Jill é carente, e quer a atenção de seu irmão. Ela ta,bém procura por um namorado. Jack cadastra Jill em um site de relacionamentos, mas não dá muito certo. Ao levá-la consigo até uma partida de basquete, Jack dá de cara com Al Pacino, que se apaixona perdidamente por Jill. Jack vê aí a oportunidade de convidálo para participar do comercial, se aproveitando de Jill, que por sua vez, não se interessa por Al Pacino.
Comédia maluca, que se aproveita do mote de várias comédias de Eddie Murphy, no qual ele interpreta vários personagens, contracenando com ele mesmo.
Adam Sandler está hilário, apesar do roteiro e os diálogos não serem dos melhores. Alguns momentos são genuinamente engraçados, outros, apelam pra já clássica escatologia, como por ex, o indefectível peido. Piada mais do que gasta.
O restante do elenco está ok, sem grandes brilhos, Katie Holmes está correta, e a maior supresa, Al Pacino, é que ele faz comédia, canta e dança. Não está magnífico, como se costumava dizer quando ele fez seus grandes filme,s mas como é bom ouvir o tilintar da caixa registradora, Pacino não se fez de rogrado. Inclusive brinca com vários de seus filmes, como por ex, " Scarface".
Passatempo rápido e rasteiro.

Nota: 6

Shame


" Shame", de Steve Macqueen (2012)

Brandon (Michael Fassbender) é um executivo em uma empresa em Manhattan. Ele é bem-sucedido, e tem um apartamento próprio. O que ninguém sabe, é que Brandon é viciado em sexo. Ele se mastruba várias vezes ao dia, em casa, no trabalho: acessa sites pornográficos o tempo todo; flerta com mulheres na rua, nos bares, transando com todas elas: contrata prostitutas. Brandon não tem limites. Um dia, sua irmã, Sissy (Carey Mullighan), uma cantora, se hospeda em sua casa. Sissy é carente e promíscua. Brandon e Sissy não se dão bem, e a presença dela o incomoda, ela ocupa o seu espaço e impede que ele manuseie seus apetrechos pornográficos. Brandon se interessa sexualmente por uma colega de ttrabalho, mas ela o recusa, pois deseja relacionamentos sérios. Sissy e essa colega o desestruturam psicologicamente, e ele sai então para uma longa noite de loucuras. Nesse meio tempo, Sissy, depressiva, tenta o suicídio.
Bom drama, participou da Competição em Veneza em 2011, levando o prêmio de melhor ator para Michael Fassbender. Tanto Fassbender quanto Carey Mullighan se despojaram de sua condição de estrelas do cinema e participam de fortes cenas de nudez e sexo. O filme é um alento ao moralismo e caretice que se apossou do cinema nas últimas décadas. Um filme erótico, belamente emoldurado por embalagem de filme cult. A fotografia é um deslumbre, ressaltando a solidão e melancolia das noites Nova Yorkinas. A edição é curiosa, alternando momentos desconexos com outros de longos planos-sequência. O ritmo é lento, às vezes sem muito foco. O roteiro não traz novidades, apelando inclusive para clichês do tema homem-solitário em Nova York em busca de aventuras. O que realmente interessa aqui são as performances dos 2 atores. É uma bela entrega de ambos para os personagens, destrutivos.

Nota: 7

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Era uma vez em Anatólia


" Bir zamanlar Anadolu`da", de Nuri Bilgen Ceylan (2011)

Na cidade de keskin, na região de Anatólia, um grupo parte em busca de um corpo. Keskin, o suposto suspeito do crime, encaminha um grupo onde fazem parte advogados, um procurador, coveiros, policiais e um médico legista. Keskin não se lembra aonde enterrou o corpo da vítima, alegando que estava bebado, junto com o seu irmão, co-autor do crime. Assim, o grupo parte durante toda uma noite na busca desse corpo, por toda a grande região. Em ddeterminada hora, o grupo sente fome, e vai parar em um vilarejo, onde o dono os recebe. A filha do dono, uma jovem de beleza descomunal, chama a atenção do grupo todo. Após horas e horas de peregrinação, o grupo acaba finalmente descobrindo o paradeiro do falecido, enterrado. Amanhece, e o corpo é levado para autópsia, ao mesmo tempo que a esposa do falecido surge para reconhecer o corpo. Surge evidência de que o motivo da morte era de que Keskin dscobriu que o filho do falecido era na verdade o seu filho.
Drama dirigido pelo turco Nuri Bilgen, autor do sensacional " Os três macacos". Aqui, ele eleva a décima potencia o conceito do cinema em estado bruto, formal, de longos planos sequência, e com diálogos ás vezes jogados fora, da mesma forma como Tarantino faz em seus prólogos. Fala-se de tudo: yogurte, mulheres, trabalho, etc. O elenco está como um todo sensacional, conferindo naturalidade em suas interpretações, principalmente os atores que interpretam o procurador e o médico-legista, frios em suas performances, assim como são so profissionais respectivos. Mas o maior trunfo do filme é a fotografia, um verdadeiro escãndalo, Nas longas cenas noturnas e de esttrada, as luzes dos faróis dos carros parecem iluminar um mundo mágico e fabulesco. O filme é muito longo, 150 minutos, e o ritmo é extremamente lento. Para um espectador comum, o filme é um calvário sem fim. Para os cinéfilos ortodoxos, uma pequena obra de arte. Façam suas apostas.

Nota:7

O último dançarino de Mao


" Mao´s last dancer", de Bruce Beresford (2010)

Comentários em breve

Nota: 7

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A dama de ferro


" The iron lady", de Phillyda Lloyd (2012)

Cinebiografia livre da primeira ministra inglesa Margareth Tatcher, que governou a Inglaterra de 1978 a 1990, torando-se a estadista eleita pelo voto popular com mais tempo em um Governo.
O filme começa em 2008. Tatchr, com sinais de velhice e demência, se tornou uma dona de casa, morando sozinha. Ela tem visoes sobre o seu marido, Denis, e junto com essa imagem do falecido, ela revê momentos de sua vida no presente e no passado. Eventualmente Tatcher é convidada para eventos políticos , de caridade ou academicos. Sua filha Carol a visita, e percebemos a dificuldade da relação de Tetcher com seus 2 filhos (Mark foi morar na Africa do Sul).
O filme retorna então ao tempo, mostrando Tatcher ainda adolescente trabaçhando com o seu pai na mercearia da família, e a devoção dela aos estudos e na política, ao contrário de outras jovens da época que s elimitavama anamorar e a participar de bailes.
Obcecada pela política e pelo poder, vemos a ascenção de Tatcher, até se tornar a favorita do partido para as eleições de 1979, lutando contra a sociedade predominantemente machista. Ela se tornou então a primeira mulher a governar uma potência no primeiro mundo. De carater conservador, Tatcher ganhou popularidade, mas a sua decisão em relação a medidas contra grvistas e a entrada da Inglaterra nas Malvinas a fizeram perder votos e causar insatisfação na população.
Dirigido por Phypilla Lloyd, mesma diretora de " Mamma Mia", com Meryl Streep, o filme " A dama de ferro" tem alguns poucos bons momentos realmente interessantes. De resto, é um filme burocrático e porque nao, conservador. O tema do protagonista doente ou agonizando, revivendo o seu passado, entre realismo e fantasia, já é batido,e aqui não é diferente. O que salva o filme da chatice absoluta é a presença poderosa de Meryl Streep, realmente impressionante, e Olivia Colman, que faz a filha de Tatcher, Carol. Olivia esteve recentemente no filme " Tiranossauro", em uma atuação impressionante. A maquiagem está no limite, ainda em alguns momentos podemos perceber a presença do indefectível látex, usado pelos maquiadoes para envelhecimento, mas nada que se compare ao desastre absoluto que foi " J Edgar", de Clint Eastwood.

Nota: 7

A invenção de Hugo Cabret


" Hugo", de Martin Scorcese (2012)

Em 1931, em Paris, Hugo Cabret mora com o seu pai,(Jude Law), um fabricante de relógios e adorador de tecnologia e ciências. O pai de Hugo o leva para ver os filmes de Melies, por quem é fã inveterado. Um dia, durante um trabalho no Museu, o pai de Hugo morre em um incêndio. Hugo então é levado pelo seu tio para trabalhar e morar em uma Estação de trem do gare du Nord, fazendo os relógios da estação funcionarem. Passa-se o tempo, e o tio de Hugo desaparece. Sem renda, Hugo vive de pequenos roubos para poder se manter, e mantendo também o funcionamento dos relógios. O segurança da estação (Sacha Baron Cohen) desconfia de que algo esttá errado no local, mas desconhece a presença de Hugo. Ele é especialista em prender crianças órfãs e entregá-las ao orfanato. Hugo sempre observa o dono de uma pequena loja de brinquedos na Estação, e depois, junto com a neta dele, Isabelle (Chloe Grace Moretz), descobrem que ele é na verdade George Melies (Ben Kingsley), o outrora famoso cineasta, que sucumbiu ao ostracismo após a 1a guerra mundial. Seus filmes foram queimados e ele para se sustentar abriu a lojinha, manteno-se anônimo e depressivo. Hugo e Isabelle farão de tudo para reconquistar a fama e o prazer de viver de Melies.
Maravilhosa fantasia dirigida por Scorcese, que pela primeira vez fez uso da tecnologia 3D, aqui muito bem empregada, provocando profundidade nos cenários e na magia. A direção de arte do filme é arrazador, perfeita nos mínimos detalhes. Acho que houve um erro de divulgação no filme: os produtores e distribuidores o estão lançando como se fosse um filme juvenil de aventuras, e não é nada disso. É uma fantasia adulta que fará a alegria de cinéfilos, pois o filme é isso, uma homenagem explícita aos filmes, ao escapismo das fantasias produzidas por Melies.
O elenco está excelente, todos ricos e comoventes em suas interpretações, até mesmo as pequenas participações. Sacha Baron, as crianças Chloe Moretz e Asa Butterfield, no papel título de Hugo, estão sublimes. Algumas participações especiais, como a de Christopher Lee e a do próprio Scorcese, fazendo uma pontinha como um fotógrafo, conferem graça ao filme.


Nota: 9

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Forças especiais


"Forces speciales", de Stephane Rybojad (2011)

Elsa Casanova (Diane Kruger), uma renomada jornalista, é sequestrada durante uma entrevista com uma mulher que relata crimes, no Afeganistão. Ela é levada até uma região inóspita no Paquistão, e o seu raptor pretende matá-la. Uma equipe da força especial da elite francesa, acostumada com ações de sallvamento de sequestrados, é designada para salvá-la. Após uma bem-sucedida missão de salvamento, o grupo e a repórter precisam cruzar uma rgeião no Paquistão, porém o sequestrador e seu grupo fortemente armado segue em seu encalço, não dando tréguas ao grupamento.
Filme de ação francês, que segue a cartilha dos filmes de ação americanos, com todos os clichês que habitam esse universo: soldados mascando chicletes e fazendo caras de durões, muitas tomadas aéreas, cameras lentas, etc. Não fosse o filme falado em francês, poderíamos dizer que a produção seria americana.
O roteiro é correto, porém o filme não traz novidades, e o mito do soldado heróico, que dedica a sua vida para salvar os amigos e afins, em prol do patriotismo, enche um pouco o saco. Tudo é épico e redundante, quase um filme do Michael Bay.
Quanto ao elenco, salva-se a atuação de Diane Kruger e de Djimon Houson, em um papel atípico em sua carreira, o de herói de filme de ação.


Nota: 6

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Filha do mal


" The devil inside", de Willian Brent Bell (2012)

Em 1989, Maria Rossi, uma dona de casa, durante uma sessão de exorcismo, matou as 3 pessoas envolvidas na terapia. Em seguida, ela é levada até um Hospital católico especializado em casos de esquizofrenia e possessões, localizado em Roma.
20 anos depois, sua filha Isabella, agora com 25 anos, resolve ir em seu encalço. Junto, ela leva Michael, um cinegrafista que grava imagens para um futuro documentário sobre o caso da mãe de Isabella. Michael entrevista isabella, Padres e outras pessoas, colehndo o máximo de informações possíveis. Ao visitar sua mãe, isabella fica assustada, por ela saber de detalhes de sua vida. Isabella resolve procurar pela ajuda de 2 Padres, David e Ben. Certos de que o caso de Maria é de possessão múltipla, e não um caso de esquizofrenia, Ben, David , Isabella e Michael resolvem, às escondidas, praticar uma sessão de exorcismo.
Mais um arremedo de " A bruxa de Blair", a indefectível temática das fitas que são encontradas posteriormente e avaliadas pela polícia. A diferença é que aqui, nessa trama, o uso da cãmera subjetiva é total forçação. O lance de se produzir um documentário a respeito é muito sarapa. O roteirista resolve então dar uma identidade e piscologia ao cinegrafista, que se intromete em várias situações.
O elenco até que não compromete tanto como se esperaria de um filme B como esse. A brasileira Fernanda Andrade, que defende o papel de Isabella, é uma bela presença, e talvez venha a ter algum futuro nos filmes Hollywoodianos, uma vez que esse aqui estourou na bilheteria em sua 1a semana de exibição.
A registrar o final abrupto, que cm certeza deve ter irritado muitos espectadores. Quando o filme atinge um clímax, ele simplesmente termina. E o pior, fiquei aguardando até o último letreiro, para ver se aparece alguma cena surpresa, e a única coisa que aparece é uma legenda dizendo " O caso Rossi continua sem solução até hoje. Acessem o site www.therossifiles.com para maiores informações." . Marketing é isso aí.

Nota: 5

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O abrigo


"Take shelter", de Jeff Nichols (2011)
Curtis (Michael Shannon) e Samantha (Jessica Chanstain) moram em uma pequena propriedade rural em Ohio. Eles são de família de classe média baixa, e possuem uma filha pequena, Hannah, que é surda-muda. A família tem sonhos e projetos para o futuro, entre eles, se mudar para uma casa melhor e fazer tratamento que cure Hannah. A felicidade do casal porém, vai se minando. Curtis começa a ter visões apocalíticas sobre o fim do mundo. Visões que somente ele pode ver: furacões, tempestades. A esposa, amigos, todos passam a achar que Curtis está alucinando e precisando de tratamento psiquiátrico. Porém, Curtis recusa admitir que está doente, e resolve construir um abrigo que salve sua família.
Belo drama com pequenas doses de suspense, uma produçáo independente que levou vários prêmios em festivais mundo afora. Interessante que um filme com orçamento de apenas 1 milhão de dólares, consiga produzir efeitos tão bons. A fotografia é um casao aparte, intensificando o clima de melancolia e devastação. Curioso é notar a presença do ator Michael Shannon no elenco, uma vez que ele repete o papel de esquisofrênico, que ele fez tão bem no drama de Willian friedkin, " Possuídos". Jessica Chanstain está ótima, assim como todo o elenco de apoio formado por desconhecidos. O roteiro é interessante, uma espécie de pesadelo dividido pelo personagem e os especctadores, que passam o filme todo na dúvida se o que vemos é real ou não.
Claro, o desfecho não poderia ser outro? em aberto, e permitindo ao espectador tirar suas próprias cnclusões.
A conferir, como muito entusiasmo.

Nota: 8