Aqui comento os filmes que assisto...mas sem muito saco de teorizar demais..somente comentando o básico: se gostei ou não hehehe (Comento apenas filmes vistos a partir de Outubro de 2010)
sábado, 31 de março de 2012
Heleno
de José Henrique Fonseca (2012)
Cinebiografia do jogador Heleno de Freitas, que durante anos jogou pelo Botafogo, sua grande paixão, além de mulheres, cadillacs e luxo.
Heleno (Rodrigo Santoro) é um jogador temperamental, estourado, que acedita que apenas ele leva o time adiante, e considera que os seus colegas de time são todos ons frouxos e que não se dedicam intensamente ao clube. Bon vivant, Heleno é uma celebridade, mas gasta todo o seu dinheiro com mulheres e luxo. Os médicos suspeitam que ele está com sífilis, mas ele pede para que ninguém anuncie a sua doença, porque ele não quer ser dispensado. Heleno conhece Silvia (Aline Moraes), por quem se apaixona e se casa, mas mesmo asism, continua mantendo relação com uma cantora, (Angie Cepeda). O presidente do Botafogo acaba vendendo o seu passe para o Boca Juniors da Argentina, mas o frio e a solidão o deixam mal. Heleno retorna ao Brasil, mas continua o mesmo terror de sempre. O seu estado de saúde vai piorando, até que a sífilis ataca o seu sistema nervoso, deixando-o com sequelas. Heleno acaba sendo internado numa casa psiquiátrica em Barbacena, até vir a falecer , em 1959, aos 39 anos de idade.
O filme se sustenta basicamente por 2 itens irrepreensíveis: A fotografia de Walter Carvalho, e a interpretação de Rodrigo Santoro. São os dois que elevam o filme a um patamar de qualidade artística, que o distancia de um filme comercial. O elenco de apoio é bom, com destaque para Alinne Moraes, Erom Cordeiro e Angie Cepeda. O que estranhei é terem escalado Marcelo Adnet e Gregorio Duvivier para interpretar os locutores de uma partida. O filme vai para um caminho que não condiz com o drama pesado que estamos assistindo. Apesar de tanta pirotecnia estilística no visual, o filme tem um problema de narrativa: ele não tem emoção. O filme se passa friamente, distanciado. Acompanhei o filme, mas não consegui me aproximar muito da história. Tecnicamente, o filme é impecável: direção de arte, figurino, trilha sonora. O som na sala Artplex, aonde eu assisti, estava bem baixo, e quase não consegui ouvir a narração em OFF do personagem de Santoro. Mas elogio bastante a iniciativa do diretor José Henrique Fonseca, que peitou lançar comercialmente o filme em preto e branco, e sem apelar ao melodrama que seria um caminho fácil para o drama. Mesmo com as minhas observações, o filme vale super a pena.
Nota: 7
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