sexta-feira, 13 de julho de 2012

Na estrada

"On the road", de Walter Salles (2012)
Dean Moriarty (Garret Hudlund) e Sal Paradise ( Sam Riley) são dois amigos que se encontram em Nova York dos anos 40 e resolvem seguir estrada para poder se inspirar e escreverem os seus livros. Após a morte do pai de Sal, esse impulso de seguir rumo ao desconhecido toma rumo. Sem dinheiro e sem planejamento, eles vão de cidade em cidade, em busca de inspiracão. Junto deles, segue Maryllou (Kristen Stewart), uma amalucada de Denver que namora Dean, e por quem Sal tem uma paixão platonica. Dean busca por seu pai, que o abandonou, e Maryllou deseja ter algo sério com Dean. Porém, dean engravida e se relaciona com Camiile (Kirsten Durnst), provocando ciumes em Maryllou. Mas Sal e Dean não nasceram para ficar fixos em um lugar, e pelo caminho, conhecem muitos outros tipos estranhos, amigos literarios e solitarios, que buscam através do sexo e das drogas, um alento para as suas vidas sem perspectiva. Belissimo filme de Walter Salles, co-produzido por Coppola nos Eua, e na Franca, por Martin Karmitz,um dos poderosos da cinematografia local. O filme, como em outras obras de Salles, tem uma fotografia estraordinaria, a cargo de Eric Gaultier, que tambem fotografou "Na natureza selvagem", de Sean Penn, e "Diarios da motocicleta", do proprio Walter Salles. As locacoes, dificeis de se encontrar, foram meticulosamente descobertas atraves de uma pesquisa ardua, posi Salles quera mostrar locais virgens. A trilha sonora composta popr Gustavo Santaolalla é pereada por tons jazzisticos, que evocam o clima dos Estados Unidos dos anos 40 e 50. O mega-elenco, além do trio principal, é composto por Viggo Mortensen, que interpreta oi alter ego de Willian Burroughs, além de Amy Adams, ALice Braga, Steve Buscemi ( em participacao hilaria)e em excelente elenco de apoio. Tudo isso parecia ser a receita de um bolo formidavel. Porem, o filme resulta longo ( 140 minutos), o que compromete bastante o ritmo. Nessa intermiável odisseia, a narrativa flui muitas vezes fria, e as cenas de sexo e uso de drogas, que pela evocacao do livro e da geracão beat, deveriam ser mais realistas e cruas, na tela ficam assépticas, sem tesao. O que é uma pena, porque o filme merece ser visto, mesmo com tantas observacoes. A qualidade do produto final é de se encher os olhos, pis a direcao de arte, os figurinos, tudo impressiona pela qualidade. Salles fez um filme tecnicamente brilhante, mas infelizmente sem ser 100% emotivo, que provoque um sintoma de "que doidiera", a grande motivacao da geracao dos poetas beats. Vale também pelo ótimo trabalho do trio formado por Sam Riley, Garret Hedlund e Kristen Stewart, formidáveis em suas performances. Nota: 7

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