quarta-feira, 31 de outubro de 2012

007- Operação Skyfall

"Skyfall" de Sam Mendes (2012)
O mais novo filme da série de James Bond tem 2 excelentes motivos para ser visto: Javier Barden, bárbaro no papel do vilão da Silva..e a fotografia impressionante de Roger Deakins, responsável pelos últimos filmes dos irmãos Coen. O elenco, agora reforçado com Ralph Fiennes, está ótimo. Judi dench sempre aquela presença magnética, conferindo dignidade. E Daniel Craig bem à vontade no papel principal. Porém, a curiosidade que me cercou com a escalação de Sam Mendes, um ótimo diretor de dramas, para um filme de ação e aventura, me deixou em dúvida. Mendes trouxe a dramaticidade que faltava nos filmes do agente espião. Mas será que é isso o que os espectadores querem? O filme tem muitos momentos sem açào, somente na verborragia. E por conta disso, ficou sem ritmo, chato. Todaa primeira hora e meia do filme, com exceção do prólogo, é entediante. O filme somente ganha força com a entrada em cena de Javier Barden. Aliás, a cena da apresentaçãodo personagem dele é genial. Que ator! A maquiagem também dele, quando tira a prótese, é do outro mundo. A pancadaria somente rola solta lá pelo desfecho. Mas aí, tarde demais, porque fiquei com a sensação do filme ter meia hora a mais, que não faria diferença alguma (o filme tem exagerados 150 minutos!). Judi fará falta! Nota: 7

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

7 dias em Havana

"7 dias en la Havana", de Laurent Cantet, Benicio Del Toro, Eli Suleiman, Pablo Trapero, Gaspar Noe, Juan Carlos Tabia e Julio Meden (2012)
Sete realizadores de diferentes países fazem a sua visão da terra de Fidel. Sim, todos os estereótipos da terrinha se encontram no filme: apagões, carros anos 50, falta de comida, prédios antigos, prédios super populosos, mulatas folgosas, muita religiosidade e erotismo. No olhar dos estrangeiros, muito dificil as histórias não terem um sabor de cultura muiti colorida, povo que curte festas e mesmo com a pobreza, mostram-se sempre alegres. Os 2 melhores episódios, de Pablo Trapero e Elia Suleiman, curiosamente, mostram o olhar de 2 cineastas premiados, Emir Kusturica e Elia Suleiman. Eles têm uma visão nostágica da cidade, que deve muito de sua felicidade a geração antiga, que acompanhou a luta de Fidel em criar um mundo de igualdade social. Se o filme se resumisse nesses 2 curtas, já valeria a pena. De quebra, 2 outros episódios bacanas, um de Benicio del Toro e outro de Julio Meden, que fazem uso do exotismo e da paixão de estrangeiros pelo lugar. O de Gaspar Noe, como não poderia deixar de ser, faz uso de uma montagem esquizofrenica e de uma trilha incômoda, em cima da historia da iniciação de uma jovem nos rituais misticos. Um ótimo elenco de atores estrangeiros misturado a arpres locais dão um sabor exttra ao filme. Nota: 8 (pelos 2 filmes citados)

domingo, 28 de outubro de 2012

Uma história de amor e fúria

de Luis Bolognesi (2012)
Animação dirigida pelo roteirista de "Bicho de 7 cabeças"e "As melhores coisas do mundo", "Uma história de amor e fúria"se utiliza de técnica tradicional de animação, em detrimento de uso de computadores para traçar os personagens. Com as vozes de Selton Mello, camila Pitanga e Rodrigo Santoro, o filme faz um apanhado da historia do Brasil, desde a sua descoberta pelos portugueses, que dizimaram os povos indigenas. Através de um feitiço do Pajé da tribo, o indio vivido por Selton Mello vive 600 anos, até chegar no ano de 2096, na cidade do Rio de Janeiro. Junto do amor de Janaína, ele procura sempre defender os oprimidos . O roteiro é muito bom, com uso de lendas e folclore brasileiro. Mas fica oimpossível não fazer um paralleo com as técnicas de animação de seus concorrentes, e aí, o filme sai perdendo. Mesmo assim, é uma baita evolução do genero no Brasil. O trecho final, ambientado no Rio de 2096, é o mais interessante, com as milicas fazendo sua propria justiça, num clima meio "Dredd"e "Robocop". Nota: 8

O sexo dos anjos

"El sexo de los angeles ", de Xavier Villaverde (2012)
Uma co-produção espanha-Brasil, esse filme tem um mote muito parecido com ao alemão "Triangulo amoroso", de Tom Twyker. A diferença está na idade dos personagens. Aqui, ao contrário dos quarentões do filme alemão, o trio de protagonsitas estão na faixa dos 20 anos de idade. Carla, uma fotografa, namora Bruno a anos. Durante uma apresentação de street dance, Bruno conhece Rai, e acabam se apaixonando. Em principio sentindo-se traida, Carla aos poucos tambem se apaixona por Rai. O roteiro tem várias situaçòes implausiveis, mas o filme é bem dinâmico, alegre, com boa energia e claro, a beleza dos 3 atores ajuda bastante para que o espetcador embarque nessa aventura de sexo e amor. O filme poderia ter uns 20 minutos a menos. A direção é segura e a curiosidade fica na semelhança dos 2 atores, parecidos com JAke Gyllanhaal e Heath Ledger, atores de "Brokeback mountain", filme onde o tema da descoberta da homossexualidade se tornou clássica. Nota: 7

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Paranorman

de Chris Butler e Sam Fell (2012)
"Paranorman", de Chris Butler e Sam Fell. Chris Butler foi o responsável do storyboard de "Caroline"e "Noiva-cadaver". Isso explica muito sobre "Paranorman". Aparentemente uma animação infantil, o desenho, assim como os 2 filmes citados, são mais para adultos do que para crianças. Com referencias cinematográficas que vão de "Sexto sentido"a "Frankestein", passando por várias filmes B , o filme brinca com o universo dos filmes de terror antigos. A começar pela trilha sonora, com samplers de trilhas de filmes B, o filme abusa dos clichês"Norman é um garoto que fala com os mortos. Visto pela população como uma aberração, que o consideram um louco, Norman será o responsável em salvar a cidade da maldição d abruxa, que trará mortos0vivos ä cidade. Divertido e carregado no clima sinistro, infelizmente o filme foi um fracasso de bilheteria. As crianças se assustaram e o filme não é tão engraçado, preocupado mais em criar um clima de filmes de terror. Mas vale uma olhada. Nota: 7

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pânico na floresta 5

"Wrong turn 5", de Declan O'Brien (2012)
Comentarios em breve Nota: 2

Alpes

"Alps", de Giorgos Lanthimos (2011)
O filme indicado ao Oscar , pela Grecia, é do mesmo cineasta de "Dentes caninos", excelente filme tambem indicado em 2009. Porém, aqui, o diretor Lanthimos procura manter o mesmo tom de fábula do absurdo, mas sem a mesma força e energia de "Dentes caninos". A história é confusa: um grupo, que se auto-denomina "Alpes", tem como meta substituir entes queridos, que estão a beira da morte ou que morreram, aliviando assim, a perda da presença deles em suas casas. O que poderia ser curioso, fica tedioso e incompreeensível. Talvez Lanthimos queira aqui, fazer uma crítica a sociedade grega, falida em todos os sentidos: culturalmente, economicamente, politicamente. Mas não embarquei em sua viagem: simbólica demais, é um filme para aficcionados por uma cinematografia surreal, na linha de Bunuel e Lucrecia MArtel, mas sem a genialidade desses. Nota: 5

domingo, 21 de outubro de 2012

Sudoeste

de Eduardo Nunes (2012)
"Sudoeste", de Eduardo Nunes. Uma fábula sobre uma mulher, que em um vilarejo qualquer, em um tempo qualquer, vive a sua vida toda em apenas um dia. Eduardo Nunes, um apaixonado pelo cinema de Tarkovsky, faz uso da linguagem desse, com seus longos planos, longos travellings, planos grandiosos e o tempo correndo real, sem pressa. Assim como no recente "Post tenebras Lux", de Carlos Reygadas, o filme fala sobre memórias afetivas, sensoriais, desconectadas. Não adianta o espectador tentar entender a narrativa. Um conselho: se deixar levar pela excelente fotografia, bela trilha sonora envolvente e embarcar nesse conto experimental. Cada um entenda o que quizer. O resultado, porém, será o mesmo: 2:10 hrs de magia e encantamento, um passeio pelo tempo que não passa, mas sopra como o vento que teima em mexer as cortinas e os cabelos dos persionagens. Trabalho fascinante da pequena Raquel Bonfante. Nota: 8

Kaumboy

de Boudewijin Koule (2011)
"Kaumboy", de Boudewijn Koole. O indicado pela Holanda para o Oscar 2012 é uma bela e triste fábula sobre a amizade de um menino de 8 anos e um pássaro, que ele encontra ferido e resolve tomar conta. Paralelo, o pai de Jojo tem uma relação conturbada com o filho, que sente a ausência de sua mãe. Um filme que fala sobre perda, morte, amizade de uma forma lírica e comovente, com cenas magnificamente fotografadas e captadas. Um trabalho excepcional do menino Rick Lens e de Loek Peters, no difícil papel do pai bipolar. Mérito especial ao pássaro Kaum. Mais um motivo para o Oscar abrir uma premiação a animais. Nota: 8

A rebelião

"L'ordre et la morale", de Mathieu Kassovitz (2011)
Baseado em história real, sobre um Capitão francês, Philipe (Mathieu Kassovitz), chamado äs pressas para viajar para uma colônia francesa na Polnésia Francesa e resgatar soldados franceses tomados como reféns por dissidentes nativos. Philipe faz um acordo com o chefe da rebelião, mas o Governo e os militares exigem um ataque para o resgate dos refens. Philipe procura evitar o banho de sangue, e luta contra o tempo. Bom drama, prejudicado pela sua longa duração e por uma verborragia que provoca tédio e sonolencia no espectador. O filme tem todas as boas intenções do mundo, ao retratar o lado humanista do levante, mas cai por terra ao expor um filme de entretenimento. Apenas nos 10 minutos finais o filme injeta adrenalina, mas é pouco demais. Aliás, esse desfecho lembra a tensão e olhar quase documental de "O resgate do Soldado Ryan". Os atores são bons, mas merecia um roteirista que fosse menos "National geographic". O filme se divide em 10 partes, correspondente a 10 diárias na história. O espectador fica contando os dias para acabar. Nota: 5

E se vivessemos todos juntos?

"Et si on vivait tous ensemble? ", de Stephane Robelin (2012)
Comédia dramática sobre um grupo de 5 amigos ( 2 casais e 1 solteirão) , todos da terceira idade, que resolvem morar juntos para que possam cuidar um do outro, uma vez que um deles está com Mal de Alzheimer, e outra está com cancer. Velhas intrigas surgem na pauta, e paralelo, um jovem que escreve uma tese sobre a velhice na Europa. Somente o fato de reunir Jane Fonda e Geraldine Chaplin, mais a nata da velha guarda francesa, e Daniel Bruhl, já é uma garantia de ótimo entretenimentop. JAne Finda surpreende falando em francês, e o roteiro, mesmo que em tom de fábula, trata do tema da chegada da morte e da velhice de forma branda, otimista. Várias cenas divertidas e garantia d eboas gargalhadas, ma so que prevalece é a beleza da aceitação da velhice como uma fase da vida onde devemos entender que a vida é uma dádiva, e que a amizade verdadeia se sobrepõe a qualquer falha de caráter. A cena final é muito comovente, não resisti a soltar uma slágrimas. Nota: 8

sábado, 20 de outubro de 2012

As suspeitas do Sr Whicher

"The suspicions of Mr Whicher", de James Hawes (2012)
Baseado em uma história real, o filme se passa na Era Vitoriana, na Inglaterra. Um garoto de 3 anos é assassinado, e um policial é incombido de descobrir o assassino. Bom filme de mistério, que recupera o charme do "whodonut" , gênero típico dos livros de Agatha Christie. Roteiro competente, direção burocrática mas eficiente e bons atores, compondo um painel de personagens suspeitos que vamos descobrindo aos poucos as suas verdadeiras intenções. Para quem curte esse tipo de filme de detetive, é um bom passatempo. Originalmente feito para a tv inglesa. Nota: 7

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ruby Sparks: A namorada perfeita

"Ruby Sparks", de Jonathan Dalton e Valerie Faris (2012)
"Ruby Sparks: A namorada perfeita", de Jonathan Dalton e Valerie Faris. Após o mega-sucesso do seu filme anterior, "Pequena Miss Sunshine", os diretores do filme criaram um filme onde se discute a maldição da 2a obra, após uma primeira obra impactante que fez sucesso por em todo lugar. Uma metáfora sobre a situação do casal de cineastas. No filme, Calvin (Paul Dano) é um escritor que se tornou um autor best-seller com seu primeiro livro, mas está em crise criativa e temeroso de decepcionar no livro seguinte. Ele cria então uma personagem de ficção, por quem se apaixona, e que acaba criando vira real. O roteiro, escrito pela atriz do filme, que interpreta Ruby (Zoe Kazan) e também namorada de Paul Dano, é criativo e muito inteligente, brincando com a comédia romantica e com o drama. Me lembrou bastante o realismo fantástico de "Mais estranho que a ficção", onde autores brincam de Deus com os seus personagens. Ótimo elenco, que tem também Annete Benning e Antonio Banderas, e um delicioso clima de melancolia. Nota: 8

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Imperdoáveis

"Impardonnables", de Andre Techiné (2011)
Francis (Andre Dussolier), um escritor de romance policial de sucesso, está em Veneza para dar uma coletiva. Apaixonado pela cidade, o escritor francês resolve alugar um lugar para morar. Ao conhecer a corretora Judith (Carole Bouquet), que lhe propõe uma casa em uma ilha, ele se apaixona por ela, se resolvem morar juntos. Um ano se passa, Francis e Judith vivem uma relação feliz, que no entanto, provoca uma crise criativa em Francis, que não consegue mais escrever. A filha de Francis, Alice, uma atriz, e sua filha vão visitá-lo. Alice some após uma noite e balada deixando sia filha aos cuidados de seu pai. Paralelamente, Fracis desconfia de traição por parte de Judith, uma bela mulher que se envolveu no passafo com homens e mulheres. Francis resolve contratar a detetive Anna Maria, ex-namorada de Judith, para descobrir o paradeiro de sua filha. Contrata também Jeremie, ex-prisioneiro, para bancar o detetive e perseguir sua mulher. Mas ele não imagina que Jeremie e Judith terão um caso. Como se vê, muitos personagens e muitas ações paralelas, que provocam histórias pouco desenvolvidas. O filme tem um ritmo lento, o roteiro não é tão interessante assim ( gosto dos filmes do Techiné, mas esse me cansou). A destacar, o bom trabalho do elenco, e o prazer d erever Carole Bouquet, uma as musas do cinema francês dos anos 80, ainda belíssima para a sua idade. Bela fotografia e locações nos arredores de Veneza. Nota: 5

domingo, 14 de outubro de 2012

Ditado

"Dictato/Childish games", de Antonio Chavarrias (2012)
Laura e Daniel são professores. O sonho de Laura é ter um filho, mas o casal tenta a tempos e não conseguem engravidar. Um dia, na escola, surge Mario, um ex-amigo de Daniel, na época que eram crianças. Mario insiste que Daniel deva conhecer sua filha, Julia. Daniel se recusa, e nessa mesma noite, Mario se suicida. Laura fica interessada na guarda da menina, contra a vontade de Daniel. Aos poucos, com Julia morando com eles, Daniel vai recobrando fantasmas do passado, inclusive um incidente que envolveu a morta de uma menina, parecida com Julia. Sou muito fã de suspense espanhol, que tem um ótimo tratamento técnico, boa direção e ótimos atores. Geralmente, envolve uma virada surpreendente no fim do filme. Aqui, temos um mérito que poucos filmes do g6enero conseguem : ter sido selecionado para a competção principal de um grande Festival de Cinema, no caso, Festival de Berlin 2012. Só o fato de estar competindo já foi um prêmio ao filme. Não é o melhor da recente safra de filmes espanhois, mesmo porqu6e, o desfecho nem é tão genial e engenhoso. A revelação do final me pareceu muito jogado do nada, sem uma preparação para que isso acontecesse. Mas vale ser visto, pelo seu apuro ténico (fotografia, direção de arte, trilha sonora) e pelo bom time de atores. De sustos mesmo, não tem nenhum, somente clima. Nota: 7

Terra esquecida

" La terre outragee" de Michale Boganim (2011)
Festival do Rio Em Chernobyl, 1986, 'acompanhamos varias historias de pessoas felizes. Subito, o acidente nucler poe fim a varias vidas. 10 anos depois, acompanhamos a historia de 3 dos sobreviventes. Caraca, que filme barra-pesada. O Prologo, mostrando a cidade antes do acidente, e' belissimo, parecendo um filme de Kusturika, com direito a casamento e acordeon. Colorido, emotivo, feliz. Apos o acidente, tudo fica escuro, triste, apavorante. Curiosa a semelhanca visual com o recente terror " Diarios de Chernobyl". MAs a comparacao foca por ai. Esse aqui, apesar de drama, e' muuito mais apavorante. A realidade das pessoas que moravam e que permaneceram no local e' assustador. Olga Kurilenko mostra ser mais do que um rostinho bonito, e da' um show. Um filme que faz refletir sobre ate onde devermos andar com o avanco da tecnologia. Nota: 9

Lore

"Lore", de Cate Shortland (2012)
Festival do Rio Filme indicado pela Australia para cocncorrer ao Oscar 2012, "Lore"é um drama ambientado na 2a guerra. Os alemães perderam a guerra, e um oficial nazista precisa esconder a sua família. Lore e seus 4 irmãos pequenos precisam fugir até a fronteira com Hamburgo, e recebem a ajuda de um sobrevivente dos campos de concentração. Um filme fantástico, com uma fotografia magistral de Adam Arkapaw. O elenco jovem é excelente, e o filme é uma barra-pesada, mostrando os horrores dos sobreviventes da guerra, sob os olhares de crianças. Um filme que choca pela crueza das pessoas e encanta pela beleza. Trilha sonora belíssima, e uns planos realmente muito bonitos. Nota: 10

Uma família respeitável

"Yek Khanévadéh-e Mohtaram", de Massoud Bakhshi (2012)
Festival do Rio Um professor retorna ao Irã para dar um curso. Nesse meio tempo, o seu pai, com quem ele cortou relações, pede para que ele o visite. Excelente drama com uma reviravolta impressionante. Um show de atuação e de roteiro. A direção também é formidável, com um prólogo digno de nota. O cinema iraniano sempre me surpreende com as suas histórias girando sempre em torno de temas políticos e sbre a mesquinhez humana, capaz de barbaridades. Nota: 10

Ao, o úlitmo Neanderthal

"Ao, le dernier Neanderthal", de Jacques Malaterre (2010)
Malaterre é conhecido como documentarista, que já fez vários trabalhos sobre a origem da espécie humana. Aqui em "Ao", ele ficciona um homem de Neanderal, Ao, e a sua luta para preservar a sua espécie e familia, contra animais ferozes e tribos primituvas. Impossível não associar a "Guerra de fogo", clássico de Jean Jacques Annaud. Porém, o uso de vozes off narrando as falas dos primitivos sôa muito estranho e não funciona. Outro ponto que beira o ridículo são algumas cenas que retratam a relaçao de Ao com uma mulher que ele conhece, Aki. Mas vale como curiosidade, apesar de, na comparação, esse filme perder pontos com "A guerra do fogo". Não deve ter sido fácil para o elenco filmar em regioes gélidas sem roupas apropriadas, e estudar a inguagem criada para se comunicarem. Por esse esforço, o filme ganha méritos. Nota: 7 Nota: 7

As vantagens de ser invisível

"The perks of being a wallflower", de Stephen Chbosky (2012)
Baseado no livro do mesmo autor, o filme reúne tudo aquilo que eu mais gosto: ambientado nos anos 80, músicas clássicas da época na trilha sonora ( The Smiths, etc), aquele clima de melancolia que adoro e que me fez lembrar de filmes que eu amo: "A garota do Rosa Shocking", "O primeiro ano do resto de nossas vidas". Fora isso tudo, ainda tem Joan Cusack, que eu venero, e um trio de jovens e excelentes atores: Emma Watson ( de "Harry Potter"), Ezra Miller ( de "Precisamos coverrsar sobre Kevin") e Logan Lerman, o protagonista, formidável no dificil papel do menino que exala tristeza e timidez. Charlie tem dificuldades de se relacionar, e a duras penas, faz um circulo de amizade que o acompanham no periodo escolar. Sensivel, emocionante, nostalgico, o filme é uma jóia, com um roteiro inteligente e que trata os adolescentes como pessoas comuns, e não retardados. Várias cenas antológicas, entre elas, quando o trio passa de carro pelo túnel ao som de "Heroes", de David Bowie. Desde já um dos meus clássicos que quero guardar no coração. Nota: 10

Homens livres

"Les Hommes libres", de Ismaël Ferroukhi(2012)
Festival do Rio Bom drama sobre argelinos que moram em Paris na época da 2a guerra, e que ironicamente, muitos ajudaram o Governo frances paralelo, contra a invasão alemã, se tornando foras da lei. No mosteiro da cidade, judeus se fazem passar por muculmanos, para poder se salvar. Um otimo roteiro, prejudicado por passagens inverossimeis, como a da policia alemã que deixa de entrar em um quarto quando o medico diz que a sala tem tuberculosos, ou quando liberam um judeu disfarcado de argelino, ao presenciarem o túmulo falso do pai dele. Fora isso, o filme tem ótimos atores, entre eles, Tahar Rahin ( de "O profeta") e Mahmud Shalaby, do excelente "Uma garrafa no Mar de Gaza". Do meio pro fim, o filme se torna emocionante, na tradiçao dos dramas ambientados na 2a guerra, e que a gente gosta de ficar torcendo. Nota: 7

Os infratores

"Lawless", de John Hillcoat (2012)
Cinemão de primeiríssima qualidade, que reúne um super elenco: Tom Hardy, Shia Labeouf, Jessica Chainstan, Mia Warsikovska, Gary Oldman. O filme narra a história real dos irmãos Bondurant, que viviam em um pequeno condado na época da Depressão, quando a venda de bebidas alcoolicas era proibida. Os irmaos produziam a bebida e a vendiam, e um policial corrupto chega para acabar com a festa. Uma fotografia magistral de Benoît Delhomme, direção de arrte e figurino impecaveis. A cena que Jessica Chainstain chega de vermelho no hospital branco, é de uma beleza absurda. NA tradição dos melhores filmes de gangsters, o filme tem violencia e drama na medida certa. Altamente recomendável. Curioso que, mais uma vez, torcemos pelos fora da lei. Nota: 9

sábado, 13 de outubro de 2012

O maníaco

"Maniac", de Willian Lustig (1980)
Clássico do terror independente de 1980, esse filme se baseia em "Psicose" , mas incorporando o visual sujo de NY decadente, com fotografia escura, trilha sonora de sintetizadores e um efeito muito grotesco na maquiagem de gore, a cargo do mestre Tom Savini. Incrível como os anos 80 para o cinema americano era livre de censura , com doses extremas de sexo e violência explícita. Joe Spinel está antológico como Frank, o psicopata que escaple mulheres para poder coloar na cabeça de manequins. Assustador pelo seu realismo. Em 2012, Elijah Wood reviveu o personagem em um remake. Nota: 8

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Elena

"Elena", de Andrey Zvyagintsev (2011)
Festival do Rio Do mesmo cineasta do excelente "O retorno", esse drama conta a história de Elena, uma dona de casa que cuida de seu marido enfermo. Ela sustenta a familia de seu filho, fruto de outro casamento. O filho dela vive pedindo dinheiro a Elena, que precisa desesperadamente bancar os estudos do neto. Um filme de longuíssimos planos, tempos mortos que podem causar tédio mortal na maioria dos espectadores. Mas esse é o universo de Zvyagintsev: o tempo real, criando expectativas sobre a relação do homem com o seu entorno. Uma atriz brilhante, Nadezhda Markina traz toda a dor e o desespero de uma mãe que fará de tudo para manter a sobrevivência de sua família. O roteiro cria um ambiente de suspense, provocando expectativas sobre o destino de seus personagens. Direção primorosa e trilha sonora de Philip Glass genial. Nota: 8

A negociação

"Arbitrage" de Nicholas Jarecki (2012)
Festival do Rio Ótimo trhiller com um elenco poderoso, que inclui Richard Gere ( surpreendente), Susan Sarandon, Tim Roth, Laetitia Casta e outros menos conhecidos que chamam atenção. O filme narra a história de Robert, mega magnata que está prester a fechar uma venda de sua empresa para sanar as suas dividas e que se envolve em um crime no qual ele precisa esconder o fato de todos. Um roteiro engensoso que mistura drama e suspense, e onde os personagens não são o que esperamos deles, surpreendendo em suas reviravoltas. A moral do filme é a de que todos temos culpa no cartório, quando o que se tem em mãos é o Poder e o dinheiro. Nota: 8

Maniaco

"Maniac", de Franck Khalfoun (2012)
Festival do Rio Refilmagem de um cult dos anos 80, considerado clássico por fãs do gênero slasher. Misture no mesmo saco "Angustia" (classico austriaco), "Drive", "O estripador de NY ( de Lucio Fulcci), "Taxi Driver", "Silencio dos inocentes" e "Perdidos na noite". O submundo sujo e decadente de NY, na lente e fotografia que homenageia os anos 80 das noites azuladas, enfumaçadas. E;lijah Wood interpreta Frank, dono de uma loja de manequins que mata mulheres para poder escalpelar o couro cabeludo e colocar em suas bonecas. Tenso, hiper violento, maldito. Alejandro Aja, cineasta frances, produziu essa pérola, tquase toda narrada em PV do protagonista. Vemos Elijah Wood mais nos reflexos do espelho e em detalhes de seu corpo. As cenas de morte são apavorantes, e em alguns momentos, o filme quase extrapola o limite do trash, em cenas duvidosas. Mas no geral, agrada os fãs e prova que Elijah Wood é um tipo muito, muito stranho mesmo. Nota: 8

Young and wild- Confissões de uma ninfomaníaca

"Joven y alocada", de Marialy Rivas ( 2012)
Festival do Rio Filme chileno, que narra as aventuras de uma adolescente de familia evangélica, e que é orbigada a se privar do seu maior prazer: sexo. Ela acaba criando um blog onde ela expõe todos os seus anseios e experiencias sexuais. O filme me lembrou muito a estrutura narrativa e visual de "Nome próprio", de Murilo Salles. A atriz Alicia Rodriguez é linda e talentosa, e carrega o filme nas costas. Porém, a narrativa é lenta, apesar de s eutilizar de uma linguagem jovem com colagens, videos e webcam. O pudor da produção acabou tornando o filme um tanto sem tesão. Faltou o furor sexual da personagem nas telas, expressada apenas em texto e colagens. O que merece Nota 10 é a trilha sonora, pop e com versões de músicas famosas, como "Je ne regrette rien". Nota: 6

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Atrás da porta

"The door", de Istvan Szabo (2012)
Festival do Rio "Atrás da porta", de Istvan Szabo . Em 1960, Budapeste, uma romancosta se muda com o seu marido para uma casa. Ele resolce contratar uma empregada, Emerenc (Helen Mirren) para trabalhar em sua casa. MAs Emerenc tem vontades próprias, é orgulhosa, mandona e só faz o que quer. Ela mora em uma casa em frente e não deixa ninguém entrar em sua casa. As duas travam uma relação de amor e ódio, que percorre anos. Bom drama, prejudicado por um ritmo lento e por flashbacks com tratamento de cor cafona. A direção de Szabo tem falhas, decupando mal algumas cenas, mas no geral, vale para se ver o duelo de atuação de Mirren e Martina Gedeck. O roteiro tem alguns cortes abruptos na história, que causa estranhamento. Nota: 6

Bad 25

"Bad 25", de Spike Lee
Festival do Rio Documentário sobre a elaboração do disco "Bad", sucessor do mega-sucesso "Thriller", e que tem a dura missào de repetir o sucesso do anterior. Lee explica a realização de cada uma das faixas do disco, entrevistando musicos, cantores, produtores, cineastas que trabalharam nas filmagens dos clips do disco, entre eles, Martin Scorcese. Para quem é fã, é um filme obrigatório, com raras imagens de arquivo de Michael trabalhando e gravando em estudios. Curiosidades sobre referencias musicais, de filmes, e claro, desmistifcando o mito de Michael Jackson. Fica mais do que evidente a genialidade do artista, que sempre sofreu com o assédio da mídia. O filme é longo, mas a sessão que eu fui estava cheia de fãs do cantor, e apalaudiam a toda hora, o que causou um certo furor. Nota: 7

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ferrugem e osso

"De rouille et d'os", de Jacques Audiard (2012)
Festival do Rio Esse filme sensação em Cannes foi o maior jorro de balde de agua fria para mim. Eu tinha uma baita expectativa d ever duas mega interpretaçõs, de Marion Cotillard e Matthias Schoenaerts (de "Bullhead") e uma hhistoria emocionante. O filme narra o drama de Stephanie, uma treinadora de baleias que perde as pernas num acidente, e de Alain, um lutador desempregado e que cuuida de seu filho pequeno. O filme é longo, e a emoção passou longe. É tudo narrado com um distanciamento emocional. O melodrama percorre varios momenttos do filme, quase piegas, mas as atuações, diganas mas nada surpreendentes, garantem o interesse do espectador. Os efeitos especiais da perna mecanica e dos cotocos são o que o filme tem de mais impressionante. Nota: 7

Filhos das nuvens- A ultima Colonia

"Hijos de las nubes- la Ultima colonia", de Alvaro Longoria (2012)
Festival do Rio Bom documentário, produzido e conduzido por Javier Barden. O filme fala sobre a luta da Saara Ocidental, uma região do Norte da Africa que por quase 100 anos foi colonia espanhola. Nos anos 60, a Espanha abandonnou a colonia a sua sorte, quando uma marcha de civis e militares marroquinos invadem o local, conclamando as terras como de posse de Marrocos. Saara ocidental é á ultima colonia ainda em vigor. Os locais, chamados de Saauaris, desejam retomar a regiao para a sua população, que vive no deserto, como refugiados. Javier Barden, ao visitar o local, tomou conhecimento dessa historia de luta e resistencia resolveu produzir esse documentario, com o intuito de chamar a opiniao publica e midia para o local, desconhecido por todos. Um filme que mostra a determinação de Bardem em abracar uma causa, dando depoimentos na ONU, buscando apoio e entrevistando autoridades. Emocionante. Nota: 7

Uma estranha amizade

"Starlet", de Sean Baker (2012)
Festival do Rio Bom drama americano independente, com 2 excelentes atrizes: Dree Hemingway, e Basidka Johnson. A 1a com 21 anos, a 2a com 85 anos. O filme narra a amizade entre uma garota que faz filmes pornôs, e uma senhora viúva, logo após da garota comprar um objeto na casa da senhora e descobrir que dentro tinha 10 mil dolares. Um filme sensível, e que contém inusitadamente cenas de sexo explicito. A atmosfera do filme traz um frescor do filme independente, que admiro bastante. O filme tem uns 20 minutos a mais, porém compensa admirar o trabalho dessas duas mulheres. Ah, tem tambem o cachorrinho Staret, pareo duro pro cachorro de "O artista". Nota: 7

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O último Elvis

"El ultimo Elvis", de Armando Bo (2012)
Festival do Rio Excelente filme argentino, dirigidopor Armando Bo, um dos roteiristas de " Biutiful", de Inarritu. Talvez isso explique tanta melancolia nesse filme brilhante. Ao mostrar a vida patetica e decadente de Elvis, um metalurgico obcecado por Elvis, o filme discorre sentimentalmente, mostrando a relacao entre o cover e a sua filha, que esteve distante em sua vida. Atuacao extraordinaria de John McInerny e da menina Margarita Lopez. O filme tem varias cenas antologicas e belas. A cena do pai cantando " Love me tender " na cama, e " Always on my mind" no asilo sao fabulosas. Fico impressionado com a qualidade dos roteiristas argentinos, e essa frase sim, acabou virando cliche. Viva Los Hermanos. Nota: 10

Deixe a luz acesa

"Keep the lights on", de Ira Sachs (2012)
Festival do Rio Cineasta gay do cinema independente americano, Ira Sachs faz de seus filmes um discurso sobre a hipocrisia da sociedade americana, sempre decadente.Sexo, melancolia, depressao, sao temas recorrentes em seus filmes. Erik, um documentarista, conhece Paul, jovem advogado em 1998. Acompanhamos os altos e baixos dessa relacao no periodo de 9 anos. Otimos atores e belisssima fotografia, em tons alaranjados, tipicos dos filmes obscuros dos anos 70. Escrito pelo brasileiro Mauricio Zacharias, o filme teria sido mais interessante se tivessem enxugado o roteiro, longo, e cortado alguns personagens paralelos, que nao trazem nada de interessante para a historia. Tivesse focado nos 2 protagonistas, teria sido um otimo filme. Nota: 7

Nós e Eu

"The we and the I", de Michel Gondry (2012)
Gondry é um puta cineasta autoral, e aqui, ele reinventa a linguagem documental. Acompanhamos um dia na vida de alunos em seu último dia de aula, dentro de um onibus em New York, em um trajeto que segue até o Bronx. Adolescentes de classe média baixa, que narram seus dramas, traumas e felicidade, em narrativa de ficção. Mas a camera de Gondry parece estar escondida e é surpreendente como ele capta tais depoimentos, pois é tudo tão despojado e naturalista, que fica dificil acreditar que tudo aquilo é encenado. Os garotos, todos não-atores, são fantásticos em sua energia e veracidade. A trilha sonora é sensacional, com classicos dos anos 90 e 2000. A fotografia e a camera são outro merito do filme, que esbanja vitalidade. Nota: 8

domingo, 7 de outubro de 2012

Apenas o vento

"Csak a szél", de Benedek Fliegauf (2012)
Festival do Rio Um extraordinário exercício de direção e narrativa, esse filme húngaro dramatiza a história real de uma chacina envolvendo mortes de familias ciganas. Até hoje não se conhece a autoria dos crimes. O filme faz um registro quase documental de 1 dia na vida de uma failia cigana: mãe, 2 irmãos e avô. Seguindo cada um dos personagens, como nos filmes dos irmãos Dardenne, a câmera cola literalmente nos rostos dos personagens, causando uma claustrofobia sufocante e tensa, permeando todo o filme, até chegar a um desfecho apavorante. Elenco promoroso, edição de som genial, criando uma atmosfera de filme de terror. Nota: 10

O som ao redor

de Kleber Mendonça Filho (2012)
Festival do Rio O excesso de expectativa que eu tinha em relação a esse filme, vencedor de vários prêmios, acabou cando como um balde de água fria. Uma trama que gira em torno do cotidiano de moradores de classe média alta em Pernambuco, äs voltas com questões de segurança, vizinhança ruidosa, problemas empregaticios patrão x empregados, crianças que brincam cercados por grades, roubos. Alternando drama e humor, o filme tem bons momentos, mas uma poda de meia hora seria muito bem-vinda. Atores tarimbados se revezam com outros ainda crus. Direção segura e um ótimo desenho de som, prejudicados pelo som ruim do Odeon. Eu e muita gente tivemos que ler as legendas em inglês para poder entender o que os personagns falavam. Nota: 7

sábado, 6 de outubro de 2012

Pietá

"Pieta", de Kim Ki Duk (2012)
Festival do Rio "Pietá", de Kim Ki Duk. Vencedor do prêmio de melhor filme em Veneza 2012, o filme suscita polêmicas por onde anda. Na Sessão que assisti, pessoas saíam revoltadas do cinema, tanto pela violência sugerida ( mas nunca mostrada) , quanto por uma cena de sexo ( que não posso revelar). O filme me remeteu ä obra de Park Chow Woo, que tem como tema central em seus filmes o tema da vingança. Kang Doo (o ator Lee Jung-jin , magistral) é um cobrdaor de dívidas que, na imposssibilidade das pessoas pagarem, os aleija, para poder receber dinheiro do seguro. Um dia, uma mulher surge e se diz sua mãe, e a partir daí, ele entra em crise de personalidade, tentando entender o que está a acontecer. Duk é economico nos dialogos ( uma marca de seus filmes) e expressa todas as emoçoes no rosto de seus personagens. A atriz Jo Min-soo , que interpreta a mãe, é escandalosamente boa, e na sua cena final, é emoção pura. Excelente trama cheia de reviravoltas, e como dizia Hitchcock, "não acredite no que os seus olhos vêem". A cena final, na estrada, usa de um simbolismo que transforma a cena em poesia pura. Nota: 9

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Turistas

"Sightseers", de Ben Wheatley (2012)
Festival do Rio Divertido e interessante filme inglês, sobre um casal que traça uma rota de viagem, e pelo caminho, acabam acumulando cadáveres. Me lembrou de cara "Kalifornia", com Brad Pitt e Juliette Lewis. A diferença é que aqui, o diretor deu um tratamento de filme de arte, com fotografia, decupagem, narrativa mais conceitual. Os 2 atores estão excelentes, propondo ao espectador um convite para o seu mundo de viol6encia e psicopatia. Violento, recheado de humor negro e com aquele ótimo mood de filme inglês, que adoro. O filme se utilia de várias pérolas da m;usica pop, entre elas, "Tanted love", de Soft cell. Nota: 8

Hotel Mekong

"Mekong Hotel", de Apichatpong Weerasethakul (2012)
Festival do Rio O premiado cineasta Tailandês investe sua câmera para uma ficção documental, registrada nos ambientes do Hotel Mekong, que fica na divisa da Tailândia com o Laos. Fazendo ensaios para um projeto de longa, Apichatpong aproveita os seus atores e compositor para contarem a história da formação do regime comunista, e também, para discorrer vagamente sobre a relaçcão entre 2 amantes, e de uma mãe que volta do mundo dos mortos para pedir perdão ä sua filha. Recorrendo novamente ao tema do perdão e do espiritualismo, presente em "Tio Bonmme"e "Mal dos trópicos", as situações disconexas incomodam pela sua lentidão e contemplação que chegam ao limite do suportável. O filme é curto, 61 minutos, mas ele reserva uns 10 minutos para uma cena final, onde acâmera fica parada e vemos a dicotomia enttre um jet ski e um barco antigo, provocando discussão sobre a tradiçào e a modernidade. Faltou uma liga que juntasse tantos elementtos interessantes em uma narrativa que provocasse interesse do espectador. Nota: 5

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Post Tenebras Lux

de Carlos Reygadas (2012)
Festival do Rio Provavelmente eu devo ter sido a unica pessoa na sessão que gostou do filme. Uma alegoria fantástica de Reygadas, diretor da obra-prima "Luz silenciosa", o filme são reminiscencias da vida do diretor, que quiz trazer uma visão impressionista de lugares e sensações pelos quais ele percorreu em vida. O filme é não linear e vai variando no tempo, alternando cenas no futuro, presente e passado, sem termos certeza se os fatos são reais ou imaginários. Logo de cara, o filme me remeteu a "Tio Bonmmee", de Apitchapong, devido ao uso de um ser fantástico em cena. A fotografia, as distorçoes na lente e duplicação d aimagem, causam um efeito ótico interessante, que amplia esse mundo de sonhos. Sexo, violencia e poder são temas recorrentes na obra de Reygadas. Um filme conceitual, que deixa várias pontas em aberto, mas que odeiem ou não, ninguém fica indiferente. Um artista ousado, que brinca de video-arte nesse seu filme-instalação. Nota: 8

Indomável Sonhadora

"Beasts of the southern wild", de Court 13 (2012)
Festival do Rio Vencedor de vários premios, entre eles, melhor filme em Sundance e un certain regard em Cannes, o filme tem a sua força no talento de seus atores. Todos eles, segundo o cineasta, não-atores, o que não deixa de ser impressionante, dada a carga emotiva da historia. Numa cidade na região da Louisiana, Hushpupy, uma menina de 6 anos, vive com o seu pai bebado e desempregado nas margens do rio, que está prestes a ser inundado pelas chuvas. Bela fotografia, trilha sonora emocionante. A narrativa é lenta, mas a gente fica encantado com a presença cenica de Quvenzhané Wallis, a menininha vigorosa que não deixa a peteca cair. Nota: 8

Fucking different XXX

de Bruce LaBruce, Jürgen Brüning, Kristian Petersen, Todd Verow, Courtney Trouble, Émilie Jouvet, Manuela Kay e Maria Beatty (2012)
Festival do Rio Compilação de 8 curtas, dirigidos por gays e lésbicas e protagonizados por casais homossexuais. Todos os filmes envolvem cenas de sexo explicito. O problema do filme é esse: apenas cenas de sexo explicito. As historias, se assim podemos dizer, são vagas e metidas a cult. Para isso, os diretores se utilizam de recuros como preto e branco, cores saturadas, camera na mão e outro efeitos para ar uma aura de filme de arte. No final, descobrimos que tudo não passa de um deja vu de pornografia, e pior, que não excita absolutamente ninguém. Nota: 2

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Holy Motors

de Leos Carax (2012)
Festival do rio Todo filme sensação de Cannes geralmente frustra mais do que a gente realmente espera de um bom filme. Leos Carax propõe um jogo para o seu espectador. Embarquem na minha viagem e voces terão um mundo onde tudo é possível. No prólogo, carax interpreta um cego que se levanta da cama, abre a cortina e revela uma sala de cinema. Assim, embarcamos na historia de Oscar, um homem que preisa cumprir 9 encontros. Cada um deles, ele se transfroma em um personagem, como um Zelig maldito e underground. Porém, esse mundo onirico de Carax vem desprovido de uma narrativa linear. Cabe a cada um de nos entender as metaforas, o simbolismo de cada historia. Algumas cenas realmente belas ( a do infravermelho, a de Kylie Minogue, a do grupo de acordeon e guitarras). De resto, um ritmo tedioso que fica vago, sem rumo. Carax traz de volta o filme conceitual, onde o que interessa é o visual. Nota 10 para a maquiagem, impressionante, e para Denys lavant, sensacional em cada uma de suas personificacoes. Para o filme em geral, nota: 6

As sessões

"The sessions", de Ben Levin (2012)
Festival do Rio Baseado em uma historia real, Mark é um homem de 36 anos, paraplegico por conta da poliomielite e que decide perder sua virgindade. para isso, conta com a ajuda de uma terapeuta sexual e de seu amigo padre. Um filme ousado, que dosa drama e comédia, e que tem no elenco seu grande potencial. Helen Hunt, John Hawke ( de "Eu, voce e todos nos") e Willian H.Macy estão maravilhosos. Ponto altissimo para Helen Hunt, que se expoe completamente nua, em um filme adulto, e que claro, me lembrou bastante "Hasta ka vista". O ritmo é bem lento, mas no geral, é um filme muito interessante. Nota: 7

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Killer Joe- Matador de aluguel

"Killer Joe- Matador de aluguel", de Willian Friedkin (2012)
Festival do Rio Os irmãos Coen baixaram espiritualmente em Willian Friedkin, que fez um filme violento e recheado de humor negro. Um jovem traficante encomenda para um matador amorte de sua mã, que roubou sua remessa de drogas. Porém, tudo dá errado, e o rapaz fica devendo o matador, os donos da droga e precisa deixar sua irmã como garantia. Divertido, tenso, surpreendente. Um ótimo roteiro, excelentes atores ( Emile Hirsch, Gina Gershon, Matthew Macnaughney , Juno Temple e Thomas Haden Church), todos soberbos. O filme perde o ritmo lá pelo meio, e tem uma cenas longas, mas lá pelo desfecho cresce inesperadamente, com uma antologica cena na cozinha. Imperdivel. Nota: 8

Abrir portas e janelas

"Abrir puertas e ventanas", de Milagros Mumenthaler (2012)
Festival do Rio Filme argentino, vencedor de Melhor filme em Locarno 2012. 3 irmãs que moram com sua avó se sentem desprotegidas, após a morte dessa. Porém, aos poucos, elas vão mostrando as suas facetas egoístas e mesquinhas. Ótimas atrizes, em um filme que começa bem, mas pelo meio perde o rumo e se torna tedioso. Uma pena, porque eu estava gostando bastante. Falta de assunto e marasmo, uma receita mortal. Nota: 5

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Gonzaga- de Pai para filho

de Breno Silveira (2012)
Tudo já foi dito sobre o filme: Tecnicamente impecável, etc etc etc. Mas o que mais me chamou atenção foi a performance admirável de Chambinho do acordeon, fazendo Gonzagão dos 25 a 50 anos. Impressionante o carisma do ator e musico. Ele ganha o espectador logo que entra em cena.

Marie Kroeyer

de Bille August (2012)
Festival do Rio Cinebiografia da relação de Marie com o pintor dinamarquês Soren Kroeyr, prestigiado e valorizado artista. Invejados por muitos, ninguém imagina que Soren na verdade sofre de sindrome maniaco depressiva, tornando a vida da esposa e da filha um inferno. Um baita novelão de Bille August, autor de "Pelle o conquistador", que não esconde a vocação do filme para um melodrama carregado nas tintas. Traição, sofrimento, violencia domestica, perda da gguarda da filha. Tudo embalado com uma fotografia estonteante. Excelente performance do casal protagonista. Nota: 7