quarta-feira, 17 de abril de 2013

Meu pé de laranja Lima

" Meu pé de laranja lima", de Marcos Bersntein (2012). Após uma versão para cinema e 3 adaptações para novelas, o livro clássico de José Mauro de Vasconcelos recebe nova versão nas mãos de Marcos Bernstein, famoso roteirista brasileiro que escreveu, entre outros, "Central do Brasil". Esse livro, que li quando criança, com certeza foi livro de cabeceira de muita gente boa. Berstein escreveu essa versão junto da roteirista Melanie Dimantas. Adaptando para tempos mais atuais do que o descrito no livro ( vemos uma banquinha de cd's caseiros no filme, e na época atual, com Caco Ciocler, celular), o filme tem no elenco a sua grande força. Impossível não se emocionar com o menino João Guilhermr Ávila. Filho do cantor Leonardo, o menino impressiona pelo seu carisma, pela segurança e pelo ar de melancolia. Nos momentos que ele chora, a gente realmente acredita na tristeza dele. O seu personagem Zezé magnetiza o espectador e desejo que ele faça muito sucesso em sua carreira, pois merece. Me lembrou bastante a empatia do menino do filme 'O ano que meus pais sairam de férias". José de Abreu também está muito carismático, e seu personagem do portuga Manuel é um barato. Um detalhe: José de Abreu em algumas cenas parece ter se esquecido que o personagem é portugues e fala sem sotaque. Achei estranho. E a virada do personagem, apesar de brusca, é aceitável. Eduardo Dascar também impressiona em sua performance, mesmo com um papel tão complexo e antipático. Economico nas expressões, Eduardo atua com bastante inteligência. Outro ator que destaco é o que interpreta o cantor , ele tem poucas mas ótimas cenas. A fotografia, não sei se foi a projeção, estava escura. Berstein optou por algumas idéias estéticas que não me agradaram ( por ex:, quando o menino visita Manuel, e pelo seu ponto de vista, ele parece um açougueiro psicopata, todo avermelhado) e uns angulos de camera "quebrados"que me incomodaram para uma narrativa clássica como essa. Mas nada que tire o brilho e a beleza dessa história. Ponto para Berstein, que com esse filme, traz a diversificação do Cinema Nacional.

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