domingo, 19 de maio de 2013

O que traz boas novas

"Monsieur Lahzat", de Philippe Falardeau (2011) "Bashir Lahzar, o protagonista do filme, é argelino, e eu nome quer dizer "sorte do que traz boas novas". Porém, é um título que contradiz a sua história pessoal: sua esposa foi ameaçada de morte na Algéria e acabou sendo morta, junto dos filhos. Sob o signo do trauma, Lahzar vai trabalhar numa escola de Montreal, substituindo uma professora que se suicidou na sala de aula. 2 das crianças sofrem muito com esse suicídio, e durante a trama, são revelados fragmentos que tentam desvendar o motivo do crime. Um filme potencialmente dramatico, mas mesmo com esse tema tão forte, consegue trazer encantamento, seja nas performances irretocáveis do elenco, encabeçado pelo argelino Mohamed Fellag, quanto nas atuações do elenco infantil, sensacionais. Tocando também no tema do assédio infantil, o filme tem um parentesco com o dinamarquês "A caça", e que fazem um alerta a respeito do quào absurdas são as regras de comportamento dos adultos perante as crianças. Segundo um dos personagens, as crianças são vistas como "material radioativo".pelo simples fato de não se poder nem mais tocá-las. 2 cenas são antológicas: o discurso da pequena Alice na sala de aula, e uma dança particular do professor Lahzar. Também a cena do jantar dele com a professora de inglês é ótima, admnistrando bem drama e comédia. Na hora me lembrei também do nacional "Uma professora muito Maluquinha", que, guardando as devidas proporções, também faz sua crítica ao ensino, focado no ensino, mas não em se preparar a criança para uma boa educação. Belissimo. Foi indicado pelo Canadá em 2012 para o Oscar de filme estrangeiro. Nota: 9

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