segunda-feira, 15 de julho de 2013

Como na canção dos Beatles: Norwegian Wood

"Norwegian wood", de Tran Anh Hung (2010) Cineasta vietnamita, famoso pelos seus filmes "O cheio da Papaya verde" e "O ciclista", vencedores de vários prêmios internacionais, Tran Anh Hung adapta o livro homônimo de Haruki Murakami de forma estonteantemente bela. Que fotografia, que locações!!!!! A fotografia, a cargo de Mark Lee Ping Bin ( de "Amor a flor da pele") abusa pelas imagens poderosas e poéticas, além do excelente trabalho de camera, em planos maravilhosamente orquestrados. Diferente dos outros filmes, que previlegiava a câmera parada, como se retratando uma natureza morta, aqui a câmera em boa parte do tempo de movimenta. Talvez para dar a dinâmica da história: em 1967, no Japão, estudantes universitários fazem manifestações na rua contra a Guerra do Vietnã. Tohr é o melhor amigo de Kizuki, que namora a bela Naoko. Um dia , porém, Kizuki comete suicidio. Abalado, Tohru resolve se mudar pra Tokyo. Lá, ele esbarra com Naoko e acaba tendo um caso com ela. Mas ela se deprime, por conta do fantasma da morte de Kizuki, e se interna em uma clínica psiquiatrica ambientada numa floresta. Tohru conhece Midori, uma jovem estudante que é o oposto de Naoko: alegre, cheia de vida. Dividido pelo amor dessas duas mulheres tão diferentes, Tohru reflete sobre sua vida. A trilha sonora, maravilhosa, ficou a cargo de Jonny Greenwood, músico da banda Radiohead, que já realizou outras trilhas de sucesso, entre elas, "Sangue negro". Na trilha temos também vários clássicos pop dos anos 60, inclusive a música título, dos The Beatles. Mas aí vem a parte ruim: embalado ao extremo pelo existencialsmo dos filmes de Antonioni, o filme tem um ritmo muito, mas muito lento. Ás vezes até difícil de acompanhar. Não fosse a beleza da fotografia, das locações e até mesmo dos atores, que fazem com que a gente mantenha o olhar sempre na tela, seria uma tarefa árdua prosseguir até o final da projeção desse filme muito longo, com um excesso de pelo menos meia hora ( o filme tem 133 minutos). No Brasil, o filme chega com anos de atraso ( o filme é de 2010). Nota: 7

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