segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Berberian sound studio

"Berberian sound studio", de Peter Strickland (2012) Esse filme inglês é daqueles casos de filmes que têm uma ótima idéia, mas que infelizmente não teve um bom desenvolvimento. O filme narra o drama de Gilderoy (Toby Jones), um editor de som inglês, que é convidado para ir até a Itália e trabalhar em um filme. Chegando lá, ele descobre que é um filme de terror, do gênero "Giallio"( mortes violentas, gritos excessivos). Gilderoy nunca trabalhou em um filme de terror, mas vai descobrindo formas de reproduzir os sons através de objetos ( verduras, frutas, etc...que reproduzem sons de facadas, etc). Porém, o clima obsessivo da produção, especialmente do diretor, e o envolvimento com as estrelas de 5a, que são abusadas sexualmente pelo cineasta, mais as cartas constantes de sua mãe, fazem com que Gilderoy vá entrando em um estado emocional e psicológico aonde ele não distinguirá mais a realidade da ficção do filme que está editando. O mais interessante desse filme obviamente é acompanhar o processo de foley e sonorização, e a criatividade dos editores de sons em buscar o som mais semelhante a de uma facada, ossos quebrando, etc. O filme se ambienta nos anos 70, auge desses filmes de terror. Tecnicamente, é tudo perfeito. Fotografia sombria, referência aos filmes de Brian de Palma ( Um tiro na noite) e Antonioni ( Blow up). O ritmo é extremamente lento, o roteiro é confuso, e lá pelos 20 minutos finais, fica quase que uma piração autoral. A gente fica sem entender o que o autor quiz dizer. Toby Jones é um excelente ator, e recentemente ele interpretou Hitchcock em "A garota". Um filme mais para cinéfilos curiosos com a técnica do que com um bom filme em si. Nota: 6

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