quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Somos o que somos

"Whe are what we are", de Jim Mickle (2013) Excelente remake do original homônimo mexicano de 2010, esse drama de terror tem um parentesco com o sueco "Deixa ela entrar", de Tomas Alfredson. Ambos os filmes trabalham o gênero terror como se fosse um filme de arte: capricho na decupagem da direção, revelando atmosfera e clima de cena; fotografia primorosa, trilha sonora funcional ; roteiro cheio de reviravoltas e muita angústia, além de excelente elenco. "Somos o que somos"seria um híbrido de "O massacre da serra elétrica" e "O silêncio dos inocentes", porém para ser exibido em festivais de cinema. A história gira em torno de uma tradição secular de uma linhagem de família canibal, que por conta de se alimentar de carne humana, vai adquirindo uma doença que provoca sintomas semelhantes ao Mal de Parkinson. Após a morte da matriarca, o pai obriga a filha mais velha a seguir a tradição: a filha precisa preparar o banquete. Porém, por conta de uma tempestade, resquícios dos assassinatos surgem, e chamam a atenção da polícia local, em busca de desaparecidos. O filme tem uma edição muito boa, e um clima de eterna tensão, extremamente bem registrada pela Direção de Jim Mickle. O que provoca mais curiosidade é o fato dele ter sido Chefe maquinista de vários longas, entre eles, "Transamerica". Incrível a nota que esse filme sensacional recebeu do imdb, não fazendo jus à qualidade artística dessa produção. Obviamente não é para qualquer um,é um forte com cenas violentas e fortes. Mas assim como Nicolas Winding Refn, que com seu 'Drive", elevou o gênero filme de ação ao posto de filme-Arte, "Somos o que somos" também busca essa aura cult. Merecidamente. Nota: 8

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