terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Trapaça

"American Hustle", de David O. Russel(2013) Cassino, anos 70, mulheres fatais, Robert de Niro, Glamour, sexo, violência, Poder, Máfia, FBI, Vigaristas, Disco Music, triângulo amororo. Não, o filme não é "Cassino", de Scorcese. A mais nova empreitada do diretor de "O lado bom da vida", mistura todos esses itens, e ainda acrescenta humor. Fora isso, tecnicamente, é um dos filmes mais deslumbrantes que vi recentemente ( acho que o último foi "O Grande Gatsby"). Fotografia, figurino, direção de arte, maquiagem e cabelos, trilha sonora, edição de som, tudo é muito requintado, e a olhos vistos, a gente percebe que gastaram muito dinheiro. Reproduzir ruas de Nova York hoje em dia, quarteirões inteiros, e fazê-los ficar com cara de época, não é para qualquer produção. Repetindo 3 de seus atores ( Bradley Cooper, Jennifer Lawrence e Robert de Niro), O. Russel ainda escala Christian Bale, Amy Adams, Jeremy Renner e muitos outros, numa das maiores escalações de grandes Estrelas desde "12 homens e um segredo". O roteiro é bastante complexo, se abrindo em vários sub-plots, e o filme é'longo, com quase 140 minutos. Com certeza meia hora a menos teria feito um bem danado ao filme. Mesmo sendo um drama sobre o mundo do crime, o filme caminha lentamente, sem cenas de ação. É um filme de personagens, de formação de caráter, pessoas que vão se transformando de acordo com suas necessidades. A história gira em torno de Irving ( Bale), um vigarista que se junta a Sidney ( Amy Adams), uma stripper também com vocação pro crime. Eles se apaixonam, mas Sidney descobre que Irvingé casado com Roselyn (Lawrence), uma bipolar que usa o filho adotivo para manipular o marido. Richie ( Cooper) é um agente do FBI que chantageia Irving e Sidney para que o ajude a desmascarar o Prefeito de New Jersey, Carmine ( Renner), envolvido com mafiosos que querem implantar Cassinos em Atlantic City. A partir dai, o filme vira um pega pa capar, com dezenas de personagens surgindo o tempo todo, confundindo a cabeça do espectador. Os atores beiram o caricato, ficando no limite do que eu acho que estão excelentes ou se estão "overacting". Talvez tanta peruca tenha me dado essa impressão. Sempre cismei com peruca em atores de época, aquela coisa pendurada na cabeça, nada orgânica, que nem no filme "Lovelace", um dos responsáveis por destruir o filme. Não fiquei apaixonado pelo filme, apesar de ter cenas incríveis de Direção ( como na cena da Boite Disco), ou a briga de galo de Sidney e Roselyn. Mas é chato, bem chato, e não me seduziu. A destacar a trilha sonora, com dezenas de músicas tocando o filme inteiro. É quase um musical. Nota: 6

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