segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Ninfomaníaca

"Nynphomaniac", de Lars Von Triers (2013) Preparem a artilharia: esse filme será o mais discutido por um bom tempo no circuito cinéfilo: "É Bom? É Ruim? Odiei! Um saco! Não teve nenhuma sacanagem! Obra-prima! Lars Von Triers e um gênio!". Tudo isso eu ouvi na saída da sessão do filme mais aguardado dos últimos tempos. Mas um conselho: Vá sem expectativa alguma. Só assim você irá apreciar o filme. O excesso de marketing definitivamente irá frustrar toda uma galera que anseia ver cenas tórridas de sexo explícito entre atores famosos. Sim, Shia La Beouf tem uma cena de sexo explícito: close de seu pênis penetrando na jovem atriz Stacy Martin. Mas será que era real, ou digital? Mas o que menos existe no filme é tesão. É um filme frio, que alterna drama com momentos genuínos de comédia, através de diálogos inspiradíssimos entre Charlotte Gainsbourg e Stellan Skarsgård. Como não poderia deixar de ser, em se tratando de Von Triers, o filme é dividido em 4 capítulos. O mais genial sem dúvida é o de Uma Thurman, a Sra H. Ela está sensacional como a esposa traída que vai até o apartamento da amante e bota toda sua ira para fora. A narrativa e a linguagem do filme se aproximam muito do cinema de Peter Greenaway, principalmente de "Afogando em números": matemática, filosofia, sexo, morte, obsessão, tudo embalado em visual estilizado, câmeras lentas, filtros pastéis e música clássica e rock pesado. É um filme para se deglutir aos poucos. Ele é verborrágico, a personagem de Gainsbourg não para de falar um minuto, relatando todas as suas aventuras sexuais. Não é filme para qualquer um. É arte conceitual. Entediante em boa parte do tempo. Divertido em outros. Passam-se as horas, lembranças do filme vêm vindo, e a gente vai gostando um pouco mais. No momento, fico na indecisão sobre o filme que vi. Nota: 6

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