quinta-feira, 1 de maio de 2014

Aflito

"Afflicted", de Derek Lee e Clif Prowse (2013) Os cineastas canadenses Derek Lee e Clif Prowse são amigos de longa data. Juntos, produziram, escreveram e dirigiram vários curtas, tendo os 2 como protagonistas. Os 2 viraram gente grande e resolveram investir em um longa metragem que tivesse como base o "found footage" film, estilo "A bruxa de Blair". Com baixo orçamento mas com muita determinação, eles produziram, escreveram, dirigiram e de novo, protagonizaram esse longa. E é aí que mora o problema do filme. Tanto egocentrismo os impediu de enxergar que ambos não são bons atores, o que prejudica bastante o resultado final. Tivessem convidado atores profissionais, teriam se dado muito melhor. Brincando com a linguagem documental e com essa onda dos "selfies", ambos interpretam a eles mesmos. Os dois são cineastas e resolvem passar meses viajando mundo afora, fazendo documentário e narrando a viagem através de vídeos postados diariamente no blog deles. A gente vem a descobrir que Derek tem um aneurisma cerebral e que pode morrer a qualquer hora na viagem, mas ele quer ir assim mesmo. Após passarem por Barcelona, eles param em Paris. Lá, Derek conhece Audrey, uma mulher misteriosa que ele conhece numa balada. Passam a noite juntos, e Cliff o descobre desacordado na cama e ensanguentado. Aos poucos, na viagem até a Itália, Cliff descobre que Derek possui poderes de super herói. Passada a euforia, descobrem que esses poderes irão levar Derek para um outro Universo, mais macabro e aterrorizador. Com uma semelhança enorme com o filme "Poder sem limites", o filme tem um roteiro muito frágil que faz com que o espectador ria ao invés de sentir medo. Para os cineastas, deve ter sido um barato fazer esse filme, que até surpreende tecnicamente, tendo em vista o baixo orçamento. A câmera na mão é boa, os efeitos são bacanas, edição e tudo o mais. Mas o roteiro e performance são os grandes problemas. De qualquer forma, temos belas locações no filme, filmadas em Barcelona, Paris e Itália. O desfecho é uma bobagem só. Me irrita essa linguagem do "found footage" quando usada assim aleatoriamente. Sempre fico me perguntando porque o personagem continua gravando se ele está numa situação de risco e sem saída. Fetiche? Nota: 6

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