sexta-feira, 16 de maio de 2014

I want your love

"I want your love", de Travis Mathew (2012) O cineasta independente americano Travis Mathew é famoso por realizar filmes de baixo custo que falam sobre as relações homossexuais e mostra os atores fazendo sexo real. Em 2010, ele realizou um curta, de mesmo nome, que ganhou vários prêmios, e que fala da relação de 2 jovens gays que acabaram de se conhecer e estão na cama, discutindo sobre vários assuntos, até resolverem transar. O filme impressionou pela espontaneidade dos atores, tanto na parte dramática quanto no ato sexual. Esse mesmo tom volta agora nesse longa, uma extensão do curta, com o mesmo protagonista, Jesse. Aqui, o Cineasta Travis Matthew ( que co-dirigiu o polêmico "Interior leather bar" com o ator James Franco") bota os nomes reais dos atores para os seus personagens, para aproximar a vida de ator/personagem. Jesse tem 30 anos, mora em São Francisco e está em crise pessoal e profissional. É um artista plástico, mas não encontra espaço na cidade para a sua arte, e também não esqueceu o amor de um ex-parceiro. Angustiado com um futuro incerto, ele resolve voltar para Ohio, sua cidade natal. Jesse vai se despedindo de seus amigos, que fazem uma festa de despedida, mas ainda não está certo se deve ir embora ou tentar algo que modifique essa sua sensação de frustração. Um retrato da geração americana na faixa dos 30 que se perdeu no meio de tanta promiscuidade e relações amorosas vazias, o filme tem um parentesco com "Shortbus", de John Cameron Mitchell, por falar de jovens sem rumo, sexo como dercarga emocional e um sentimento de vazio, impotência perante uma vida fria e sem perspectiva. Acompanhamos vários personagens , jovens, artistas, tristes, melancólicos que se refugiam no sexo e nas camas de desconhecidos. É um filme triste, e mesmo com tantas cenas de sexo explicito, o filme não excita. As cenas de sexo servem como um momento de espantar fantasmas, a entrega é muito sofrida por parte dos personagens. São cenas belas, bem filmadas. O filme exala espontaneidade e mostra uma San Francisco muito fora do catão postal. O que sento falta foi um de um roteiro com diálogos mais contundentes. As situações são muito simplórias demais. Os atores são amadores no bom sentido, pois dão a verdade dos personagens. Nota: 6

Um comentário:

  1. Acabei de assistir ao filme, e procurava alguma resenha ou crítica, e cheguei aqui. Valeu!

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