quinta-feira, 22 de maio de 2014

Sabor Tropical

"Tropical flavor", de Jorge Ameer (2009) O cineasta panamenho Jorge Ameer talvez seja o único representante do seu País que faça filmes regularmente. Radicado nos Eua, após sua família ter fugido do Panamá nos anos 80 por conta da ditadura do Governo da época. Radicado em Los Angeles, ele já dirigiu dezenas de longas documentais e ficcionais sobre assuntos variados, mas sempre que pode, coloca um pezinho no desbunde e na decadência humana. Em "Sabor Tropical", ele narra a história de Brian, um jornalista que escreve uma coluna online no jornal de seu amigo Jorge ( O próprio cineasta Jorge Ameer). Jorge convida Brian para passar o carnaval no Panamá, um evento que nem mesmo Jorge conhece. Muito semelhante ao Carnaval carioca, a festividade é regada a sexo e bebedeiras. Brian, um viciado em sexo, marca um encontro online com uma garota ao chegar no Panamá, mas as consequências desse encontro serão violentas. O filme é feio, sujo e tem uma estética amadora bem típica dos VHS dos anos 80. Tudo é sem glamour: desde o figurino, maquiagem, a fotografia, as locações. O Que Jorge faz é um desserviço ao turismo Panamenho, pois ele mostra o evento como um lugar pra gente que rouba, faz orgias, deixa tudo sujo e só pensa em loucuras. O personagem de Brian se masturba ( de verdade) em frente às câmeras, e o sexo explícito surge aqui e ali. Podia ser um belo tratado sobre o fetiche, o erotismo das festividades, o tesão enrustido que libera as pessoas. Um filme que falasse sobre o desejo que não encontra resistência mas oferece perigo quando não controlado. Os atores são péssimos, e o roteiro idem. Fica apenas, acreditem se quizer, um charme de um filme amador para quem curte uma narrativa mais trash. A linguagem documental aliado à camera na mão, sôa como preguiçosa. Mais amador, impossível. Mas leva o filme a festivais de cinema. Vai entender. Nota: 4

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