segunda-feira, 21 de julho de 2014

Bistrô Romantique

"Brasserie romantique", de Joël Vanhoebrouck (2012) A divulgação desse filme está toda errada. Ele é vendido como uma comédia romântica, o que é um erro. É um drama. E um drama triste, melancólico, de personagens frustrados, desencantados, depressivos. Tanto os donos quanto os funcionários e frequentadores do restaurante. Todo mundo ali tem um problema, e tentam resolver na base da boa gastronomia. Mais uma vez, a comida é usada como metáfora para aliviar o sofrimento humano. Fazer comida com amor, receita de alma purificada. Dois irmãos, Ross e Paul, comandam um restaurante. No dia dos namorados, a casa recebe vários casais. A partir daí, acompanhamos os pequenos dramas de casa casal ou ser solitário: o casal de meia idade em crise, um solitário psicótico, uma mulher com tendências suicidas, e por ai vai. Incluindo a dona do lugar, que recebe a visita de um ex-amor de sua vida, de 23 anos atrás, e que a abandonou e tenta reconciliação. O elenco é correto, a fotografia valorizando o ambiente e os detalhes da gastronomia, a trilha sonora chique.A direção valoriza a sofisticação. Porém, o roteiro é repleto de lugares comuns. Nenhum casal foge do clichê, inclusive o desfecho de um deles lembra o final de "As pontes de Madison". Os personagens são caricaturas e me lembrou bastante " O baile", filme de Ettore Scola, com tipos frequentadores de um salão de baile. O filme se passa todo dentro do restaurante, e é bastante verborrágico. Para os apreciadores de um drama com tintas de romance e com belos planos de comida, irão se deliciar. Nota: 6

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