quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Jamie Marks está morto

"Jamie Marks is dead", de Carter Smith (2014) Baseado no livro de Christopher Barzak’s , “One for Sorrow,”, "Jamie Marks está morto" é um belíssimo filme triste, muito triste. Reforçado por uma excelente fotografia de Darren Lew e por uma trilha sonora arrepiante de tão linda de François-Eudes Chanfrault, o filme estreou no Festival de Sundance 2014, não levando nenhum prêmio, porém. O Cineasta Carter Smith é um fotógrafo de moda muito famoso, e que estreou no cinema com o divertido filme de terror "A ruina", em 2008. "Jamie Marks está morto" é seu segundo longa, e investe no sobrenatural, no filme de fantasmas, só que mesclado com drama e romance. O filme narra a história de Jamie Marks e Adam, dois adolescentes que moram em uma cidadezinha chamada Youngstown, Ohio. Jamie sofre bullying regularmente no colégio. Adam testemunha, mas nada faz. Um dia, Jamie é encontrado morto à beira de um riacho. Gracie, uma adolescente roqueira, encontra sue corpo. Ela trava um romance com Adam e ambos passam a ver o fantasma de Jamie. A partir daí, uma amizade se inicia entre Adam e Jamie, que tenta trazê-lo para o seu mundo dos mortos. Contando assim, parece que é um filme bobo sobre zumbis. Nada disso: é um belo drama sobre amizade, sobre juventude perdida e sobre amor. Os jovens atores são ótimos, e Noah Silver, que interpreta Jamir, parece uma versão pós-adolescente de Harry Potter. O filme é todo climático, com uma atmosfera sombria, gótica. A direção é segura, apostando em belas imagens. A surpresa do elenco fica por conta de Liv Tyler, madura interpretando mãe de dois jovens adolescentes. Mas como assim, Liv Tyler amadureceu e a gente nem percebeu? O único senão fica pro conta da duração do filme. Poderia ter 20 minutos a menos, e o roteiro poderia ter eliminado um sob-plot de uma outra fantasma, Frances. Tivesse focado apenas na relação de Adam e Jamie, o filem teria rendido muito mais. O interessante é que o filme não busca saber quem matou Jamie, e sim, trabalhar no tema da amizade. Um filme muito interessante e que reforça o valor do cinema independente americano. Nota: 8

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