quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Livre

"Wild", de Jean-Marc Vallée (2014) Adaptação cinematografica da biografia de Cheryl Strayed, uma jovem que em 1995 resolveu passar 3 meses fazendo uma peregrinação que começava no Deserto de Mojave até a fronteira do Canadá. Essa viagem de auto descoberta aconteceu como uma limpeza espiritual: Cheryl perdeu sua mãe de 45 anos, morta de câncer, e ela se remoía de remorso por não ter dado atenção a ela. Após a morte da mãe, Cheryl entrou em profunda depressão, se afundando em heroína, sexo livre e todo tipo de doideiras, até que resolveu parar com tudo e repensar sua vida. O filme lembra bastante "Na natureza selvagem", outra adaptação de livro de memórias, dirigido pro Sean Penn. Acho muito interessante a trajetória de Reese Witherspoon como atriz e produtora. Ela comprou os direitos de "Gone girl", mas David Fincher a aconselhou a não fazer o papel e ela ficou apenas como produtora. Mas aqui em "Wild", ela fez questão de protagonizar e convidou o diretor de "Dallas buyers club" para dirigi-la. Muitos atores querem sair de sua zona de conforto, e Reese apostou nisso: Fica nua, transa, toma heroina, grita, chora, esperneia, sofre. Claro que tudo isso bem dosado e pensado, pois ela é ainda uma atriz Hollywoodiana e não pode romper de forma tão radical como Jared Leto ou Leandra Leal. Mas já é um passo. Ela está ótima, apesar do rosto dela tão angelical ainda nos traga lembranças de outros filmes que ela fez. O filme tem uma belíssima fotografia, e até mesmo em sua estrutura ele lembra "Into the wild": os constantes flashbacks costurados com a narrativa. A trilha sonora é recheada de clássicos pop. Laura Dern, no papel da mãe, está ótima. Um filme delicado, longo e até um pouco cansativo. Mas não deixa de ser algo interessante dentro do marasmo comercial do cinema americano padrão. Vale ser visto pela sua beleza. Nota: 7

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