quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

O terceiro

"El tercero", de Rodrigo Guerrero (2014) Drama argentino, focado na libertação sexual de um garoto que conhece um casal gay mais velho pela internet. Eles passam dias se falando pelo chat do msn, até que dia, Fede, o garoto, aceita finalmente o convite para jantar na casa do casal. Tímido, Fede vai aos poucos se libertando, e através dessa experiência ousada e revolucionária, ele se transforma num novo homem. Pois é, o filme, de 70 minutos, é apenas isso. Uma fábula sobre descoberta. E no entanto, o que poderia ter sido resolvido em um curta de 25 minutos no máximo, acaba se tornando um interminável discurso sobre o nada. Filmado com distanciamento, quase como um documentário, o filme não se aproxima dos personagens. É como se nós, espectadores, fossemos os voyeurs. Mesma na cena da transa, que dura mais de 20 minutos, não existe excitação, tesão. Essa foi a opção do seu diretor. As cenas são longas, corajosas. Eu como cinéfilo adoro muito os planos propostos, longos, sem mostrar o rosto de uma das pessoas. O problema é que o texto não ajuda. Não nos envolvemos. O que fica, é a sensação de que poderia ter sido um ótimo filme sobre perversão e ousadia. Mas ficou o tédio, apenas. Os 3 atores se esforçam nas cenas. se entregam, se envolvem. Mas as performances , essas ficarão nos devendo. Nota: 5

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