sábado, 3 de janeiro de 2015

Sapo branco

"White frog", de Quentin Lee (2012) Misturar no mesmo filme temas tão bombásticos como Síndrome de Asperger, adolescência gay reprimida sexualmente, família asiática vivendo nos Estados Unidos, Jogatina entre jovens e pais repressivos no mesmo filme parece loucura de roteiristas malucos que querem chamar a atenção dos espectadores de qualquer jeito. Some-se a isso, produtores gananciosos que escalam jovens adolescentes heteros interpretando gays e portadpres de doenças psiquiátricas a fim de que o público se convença que eles são bons atores. Para finalizar, chamem um diretor que embale tudo com a tinta do melodrama mexicano mais perverso de todos os tempos, e uma trilha sonora composta por canções evangélicas que saúdam o amor e a esperança. O resultado final é um filme cafona, xaroposo e com maior cara de sessão da tarde. Mas acredito que mesmo assim, por pior que seja, ele pode ajudar os adolescentes, que são a faixa etárea do público que vai ver o filme, a discutir os temas propostos pelo filme. Pesquisei na internet matérias sobre o filme, e confirmei que muitos jovens adoraram e inclusive o acharam o melhor filme que discutiu a homossexualidade entre jovens jamais feito. Talvez essas opiniões venham do impacto de ver astros teens na tela: todo mundo gosta de ver gente bonita, e o filme tá repleto: Harry Shum Jr., o Mike de "Glee"; Tyler Posey, o protagonista de "Teen wolf"; Booboo Stewart, o Seth de "Crepúsculo" e Gregg Sulkin, da série "Faking it". Se são bons atores, o que posso dizer e que terão que comer muita areia ainda no caminho. Para salvar tanta canastrice, escalaram Joan Chen, que trabalhou em "O último imperador", de Bertolucci. O seu papel de mãe exagera em todos os tons. O filme narra a história de Nick, filho de um casal de vietnamitas. Ele é portador da síndrome de Asperger, Seu irmão, Chaz, é popular na faculdade. Um dia, o irmão é atropelado e morre. Os pais se desesperam, e Nick sente a ausência do irmão. Os pais o ignoram cada vez mais. Um amigo de Chaz, Randy, surge e resolve ajudar Nick, até que esse descobre que Chaz era gay e namorava Randy. Bom, é isso mesmo. O filme todo é feito para emocionar , e faz isso descaradamente, como um grande novelão. Assumir o filme assim talvez faça a gente se divertir mais. Confesso que ri em vários momentos e até curti. Ah, e o filme poderia se chamar "Azul é a cor mais amada". Quanto ao titulo "Sapo branco", se refere a uma culinária exótica Vietnamita, e que tem como metáfora pessoas que se fecham em uma redoma, no caso, sapos brancos que se fecham dentro de cocos. Nota: 5

Um comentário:

  1. Gostei do filme, apesar que realmente é mais voltado a faixa etária "teen" porém não devemos esquecer a mensagem do filme: "respeitemos todas as 'diferenças' quer seja uma pessoa com 'uma deficiência(sindrome)', quer seja uma pessoa 'homossexual'. Os chamados "diferentes" dos padrões sociais e culturais sempre são discriminados!

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