quinta-feira, 23 de abril de 2015

Virando a página

"The rewrite", de Marc Lawrence (2014) Quarta parceria em longa entre o cineasta americano Marc Lawrence e o ator inglês Hugh Grant, entre eles, "Letra e música". Em "Argumento de amor", novamente temos uma comédia romântica com Hugh Grant , o especialista no gênero. No entanto, algo de muito grave aconteceu com ele: ele envelheceu. E por conta disso, todo o seu charme e sorriso brocharam, ficaram meio sem sal. É uma pena constatar isso, e o que se v6e no filme, é uma tentativa de reerguer a sua carreira já meio combalida. Sempre gostei de seus filme,s por mais ingênuos que fossem, mas ele realmente me divertia em filmes clássicos como "Quatro casamentos e um funeral" ou "Um lugar chamado Nothing Hill". Agora, Grant interpreta Keith Michaels, um roteirista de cinema em Hollywood. A 15 anos atrás, ele ganhou um Oscar de melhor roteiro por um filme, mas após esse prêmio, todos os roteiros seguintes foram um tremendo fracasso. Sem emprego e sem dinheiro, ele aceita um emprego que sua agente lhe recomendou: viajar até Birmingham, uma cidade pequena próxima a Nova York, e trabalhar como professor de roteiro para uma turma de nerds, mas entusiasmados alunos. Entre eles, está Holly ( Marisa Tomei). Machista e sem saco para dar aula, Keith aos poucos vai ganhando confiança e simpatia do grupo, e aos poucos, vai se moldando e criando auto-estima. Justamente o que os seus alunos precisam.Temos também a figura de J K Simmons, no papel do reitor. O filme é bem convencional na forma e no conteúdo. Não se espera nada do filme além de proporcionar entretenimento. Porém, o filme, sem ritmo, parede durar mais do que realmente dura. Ele vai seguindo sem cor, sem muito interesse. O que é uma pena mesmo. Esse tema de alunos X professor já está bem batido, e o que vale a pena aqui, mesmo que merecendo ter sido mais desenvolvido, é justamente o papo sobre criação, sobre a escrita, sobre saber colocar no papel aquilo que se sente. O estímulo para criar e conceber sempre é bem vindo. Os momentos cinéfilos no filme ( quando Keith discute sobre filmes) é uma delícia pro espectador. Mas é pouco. Hugh Grant está precisando urgente se reinventar. Nota: 6

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