domingo, 12 de julho de 2015

Castanha

"Castanha", de Davi Pretto (2014) Exibido em vários Festivais estrangeiros, o Filme ganhou o Prêmio de melhor filme da Mostra Novos Rumos no Festival do Rio 2014. Mesclando ficção e documentário, o filme mostra a persona de João Carlos Castanha, Ator e Drag queen, que se apresenta em boites do Rio Grande do Sul. A figura decadente do performer se alia à melancolia de sua mãe Celina, às voltas com os cachorros que a síndica insiste em expulsar do prédio, ou da relação com o neto viciado em crack. É um filme que fala sobre a solidão, angústia, medo de viver em uma cidade grande. A figura da morte circunda o filme em cenas surreais, o que causa um estranhamento ao filme. Indeciso entre apenas fazer um registro do cotidiano ou criar ficcionalmente momentos dramáticos, o filme se apropria de um outro filme, "Branco sai preto fica", que também mescla esses dois gêneros. O problema aqui é que a pouca história é embalada em uma narrativa estilizada e plástica, e o ritmo extremamente lento cansa. O filme parece ser muito mais longo do que os seus 95 minutos. A grande figura do filme nem é Castanha, e sim, sua mãe Celina: verdadeira, espontânea, guerreira. Um belo exemplo de personagem.

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