quarta-feira, 29 de julho de 2015

Sentimentos que curam

"Infinitely polar bear", de Maya Forbes (2014) Baseado em sua história real( no caso de seus pais), a roteirista Maya Forbes resolveu seguir o conselho de Wes Anderson, amigo de seu marido, e ela mesmo acabou dirigindo esse drama pungente que mexe com seus fantasmas. Assim como Stephen Schbosky, escritor de " Vantagens de ser invisível", que nunca havia dirigido nenhum filme, Maya resolveu seguir seu coração e assim, realiza um belo filme capitaneado por atuações exemplares de todo o elenco. Mark Ruffalo tem uma atuação digna de ser vista por qualquer estudante de interpretação: econômica, naturalista, verdadeira e sem caricaturas. Que Ator extraordinário! Ele interpreta um pai bipolar, que após um período de internação em uma clínica pisiquiatrica nos anos 70, e' obrigado a cuidar de suas duas filhas pequenas enquanto a ex esposa (Zoe Saldana) vai para Nova York fazer um Mba para poder arranjar um emprego melhor. O filme se torna então um drama com tintas cômicas e melancólicas dessa relação difícil entre um homem com mania de depressão e as filhas que de início não o compreendem. Um roteiro sólido, trilha sonora evocativa de uma nostalgia que a fotografia reforça através de cores lavadas. As intervenções de imagens super 8 são um adendo para dar essa atmosfera vintage. E no final, de novo, com o tema do desapego, eu me pego chorando na sala de cinema. E penso: bem que podiam fazer mais filmes assim, com roteiro, atores e uma cara de produção independente e que surpreendam e emocionem o espectador. O filme foi premiado em Palm Spring e exibido em Sundance. Nota: 8

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