sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Hardcore- No submundo do sexo

"Hardcore", de Paul Schrader (1979) Realizado em 1979, "Hardcore" faz parte de algumas poucas produções maisntream de Hollywood que flertou com o Universo Underground da pornografia e do Mercado de sexo americano. Junto de "Parceiros da noite", de Willian Friedkin, os 2 filmes chocaram na época. ( e ainda hoje, os filmes são bem fortes. A Hollywood de hoje não ousa nem a metade dessas produções, recheadas de nudez e sexo). Hollywood e o Cinema de ponta americanos e no Mundo inteiro ficaram caretas, salvo as produções independentes. Paul Schrader, que havia escrito o roteiro de "Taxi Driver", repete muito do tema e da decadência da grande cidade e das relações humanas aqui em "Hardcore". É quase possível dizer que o personagem de George C. Scott é uma continuação de Travis Bickle de Robert de Niro. Ambos os personagem vêem podridão e sujeira nas pessoas, e por eles, eles limpariam as ruas nem que tivessem que matar essas pessoas: prostitutas, cafetões, marginais. George C Scott interpreta Jake, um católico fervoroso que cria sua filha dentro dos preceitos ortodoxos da religião calvinista. Um dia, sua filha segue para uma excursão até Califórnia, mas acaba desaparecendo. Jake descobre, após contratar um detetive, Andy (Peter Boyle), que sua filha entrou para o ramo dos filmes pornôs. Crente de que ela foi obrigada a fazer parte dos filmes, Jake segue até a cidade grande, e para ajudá-lo na empreitada, ele pede ajuda para uma prostituta, Niki (Season Hubley). Em 99, John Schesinger realizou um filme com Nicholas Cage e Joaquim Phoenix muito semelhante a esse, chamado "8 mm", que também fala da pornografia e dos snuff movies (filmes rodados em 8 mm onde os participantes eram mortos de verdade). Corajoso e sem medo de expôr as feridas, Paul Schrader faz um filme forte, repleto de nudez e da podridão do submundo do sexo, casas de prostituição, cinemas pornôs, cabines de peep show, boites eróticas e tudo o mais que se possa imaginar. O filme merece ser revisitado, uma vez que hoje em dia pouca gente sabe de sua existência. Historicamente, é um filme importantíssimo, que comprova que um dia Hollywood ousou ser adulta. Ótimo trabalho dos atores, além da novata Season Hubley, uma tentativa de repetir o sucesso da personagem de Jodie Foster. Nota: 8

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