domingo, 11 de outubro de 2015

A travessia

"The walk", de Robert Zemeckis (2015) Biografia do equilibrista francês Philippe Petit, que no dia 7 de agosto de 1974, atravessou ilegamente através de um cabo pendurado por ele e amigos, o vão entre as duas Torres gêmeas do World Trade Center. O filme narra a trajetória de Philipe em Paris, anos antes, a sua luta pela sobrevivência como artista de rua, a descoberta do malabarismo, relação com família, um treinador e a namorada, até a sua obsessão em atravessar as torres gêmeas, formando um grupo de amigos que o ajudam nessa empreitada. O 3D do filme ( recomendo muito assistir nesse formato ) é algo absurdo, é o tipo de 3D que eu adoro: quando os elementos "saem" da tela. Várias vezes o público saltava na cadeira. Principalmente na parte final, na travessia, o impacto do formidável efeito especial e pós produção dá uma sensação muito real de que estamos lá em cima com Philippe. O tour de force de Joseph Gordon-Levitt, que aprendeu a falar francês e a andar em cabo, sendo treinado pelo próprio Petit, me emocionou. Ele está muito emocionado e isso é visível em sua performance. Um assombro. O restante do elenco, com exceção de Ben Kingsley, é formado por jovens atores franceses, desconhecidos do grande público. O roteiro foca mais no drama interno e pessoal de Philippe, por isso o filme vai em ritmo lento. Para quem espera um filme de ação, irá se decepcionar. O filme é uma metáfora sobre lutarmos pelos nosso ideais e jamais desistirmos. Excelente direção do mago Robert Zemeckis, um verdadeiro ás dos efeitos especiais e da manipulação da emoção do espectador, assim como Steven Spielberg. A parte técnica do filme : direção de arte, figurino, maquiagem e fotografia são excelente, incluindo a ótima trilha sonora de Allan Silvestri, evocando elementos dos anos 70 na melodia. Nota: 7

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