terça-feira, 20 de outubro de 2015

Beasts of no nation

"Beasts of no nation", de Cary Fukunaga (2015) Dirigido, escrito, produzido e fogografado pelo multi-facetado Cary Fugunaga, que adaptou o livro de Uzodinma Iweala, "Beasts of no nation" é a primeira produção da Netflix realizada para ser exibida simultâneamente para as telas de cinema e no serviço de streaming, podendo concorrer assim para o Oscar. O filme é um petardo doloroso e cruel do universo das crianças-soldado que populam os países da África. O menino Abraham Attah, no papel do impressionante Agu, foi escolhido enre outras 1000 crianças em Gana, país onde foi rodada a produção. O Ator Idris Elba, co-produtor, protagoniza o filme no papel do tirano Comandante, que forma um exército para poder derrubar o Governo. Agu tem a família dizimada pela força do Governo, que acredita que eles sejam rebeldes. Agu foge, mas é resgatado pelo Comandante, que o prepara para ele ser uma máquina assassina e tomar conta do País. Tudo no filme é superlativo: o elenco inteiro é impressionante, a produção, a direção de arte, a atmosfera, a fotografia, a direção de Fukunaga, que com certeza, está escrevendo seu nome entre s grandes nomes de Hollywood. É um filme muito cruel, violento, com cenas chocantes e que no final, fazem a gente pensar no destino da humanidade diante de tanta barbárie. A estrutura narrativa do filme me fez lembrar de "A cor purpura", de Spielberg, que assim como aqui, usa o recurso do protagonista narrando em off o seu pensamento, como se escrevesse carta para Deus. A única forma de suportar tanta desgraça e sofrimento. De novo, a força e o talento de Abraham Attah e de Idris Elba me comoveram. E o monólogo final de Agu é uma aula de atuação. A dor interna, refletida apenas no olhar. Nota: 8

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