sábado, 17 de outubro de 2015

Fitzcarraldo

"Fitzcarraldo", de Werner Herzog (1982) Rever esse épico do cineasta alemão Werner Herzog é sempre uma obrigação cinéfila. Para quem não conhece a história, narra a aventura de Brian Sweeney "Fitzcarraldo" Fitzgerald ( Klaus Kinsky), um aventureiro do início do Século 20. Irlandês, ele morava em Iquitos, parte peruana do Amazonas. Um grande sonhador, ele chegou a construir parte de uma ferrovia que iria atravessar a Amazônia, mas teve que parar a construção por falta de verba. Agora, ele mantém uma pequena fábrica de gelo, também sem muito sucesso. Amante de ópera, seu sonho e trazer o cantor lírico Caruso, para cantar em um Teatro que ele quer construir em plena selva amazônica. Para tanto, ele precisa seguir em uma missão: atravessar o Rio Amazônico para pegar uma remessa de borracha e com isso, bancar a construção do seu teatro. A cafetina Molly ( Claudia Cardinale) compra uma embarcação e assim, Fitzcarraldo segue em sua missão. O filme em si virou lenda, pois ficção e realidade se tornaram reais. Na mais famosa sequência do filme, a embarcação, que pesa 320 toneladas, é arrastada montanha acima por índios. Herzog, determinando, quiz por que quiz que essa cena acontecesse, apesar da enorme grita de todo mundo, de que seria impossível. O filme é a idealização do desejo de Herzog em afirmar que nada é impossível quando se quer algo. As histórias de bastidores são tão interessantes quanto o filme: Jason Robards teve que avabdonar o filme, com 40 por cento do filme rodado e substituído por Kinsky, que na época estava brigado com Herzog. Grande Otelo, Milton Nascimento e José Lewgoy participam do filme, em pequenos papéis. O filme visualmente é escandaloso, e somente comparável em termos de grandiosidade e loucura acredito, com "Apocalipse now", de Coppola. São filmes que marcam uma época, onde tudo era real, não existia computação gráfica. Os cineastas tinham que ser muito ensandecidos e acredtar em seus sonhos, tendo que arrastar toda a equipe e produção com eles, caso contrário, seria impossível. O filme é longo (157 minutos), porém casa fotograma dele é um primor, uma obra de arte, fotografado com maestria por Thomas Mauch e com trilha sonora de Popol Vuh. É uma experiência, e se possível, assistam em tela grande. Klaus Kinsky e Werner Herzog são duas divindades cinematográficas que merecem todo o culto de suas obras. Várias cenas antológicas, como a pro'pria do barco sendo arrastado morro acima, ou a chegada das canoas com os índios e as árvores caindo por trás deles. Hoje em dia, seria impossível fazer esse filme. A floresta foi devastada, e índios, dizem, morreram durante a filmagem. Vencedor do Prêmio de Direção em Cannes 1982. Nota: 9

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