sábado, 26 de dezembro de 2015

As sufragistas

"Suffragette", de Sarah Gavron (2015) Escrito pela roteirista Abi Morgan, responsável por escrever "A dama de ferro" e "Shame", "As sufragistas" é um drama histórico qye retrata o movimento femnino que tomou conta da Inglaterra no início do Séc XX. No caso do filme, as mulheres já brigavam informalmente pelo direito ao voto, mas foi em 1912 que o movimento tomou corpo na Inglaterra. Um grupo de mulheres feministas, chamadas de "Sufragistas", comandavam ataques terroristas a lugares públicos em Londres, para chamar a atenção da opinião pública diante do papel da mulher na sociedade: sem direito a voto, sem direito à guarda do filho, sem igualdade de direitos no trabalho e trabalhando mais e ganhando menos que os homens. O filme alterna personagens ficcionais e reais para contar a história de mulheres que começaram a fazer parte do grupo e que sofreram represália da polícia e do governo, que esnobavam e depreciavam essas mulheres. os maridos, envergonhados, as reprimiam em casa e no trabalho os patrões também as condenavam. Entre as personagens fictícias, estão Maud Watts ( Carey Mullighan), esposa e mãe de uma criança que trabalha intensamente em uma lavanderia. Sentindo-se descriminada, ela é convocada por uma colega de trabalho, Violet, e por uma famacêutica, Edith (Helena Bonham Carter), cujo marido apoia o movimento sufragista, a acompanhar o grupo nas ruas. O ponto alto é quando elas ouvem o discurso de Emmeline Pankhurst ( Meryl Streep), que aparece em público escondida para não ser presa pela polícia. Com excelente direção de arte e trilha do Mestre Alexandre Desplat, o filme tem uma fotografia muito escura que pode incomodar, e uma câmera na mão em excesso. O elenco é o grande chamariz desse filme, todas ótimas, mas a decepção pode ser Meryl Streep, que aparece apenas em uma única cena. Mas precisaria uma atriz de seu porte para dar dimensão da importância da personagem. É um filme burocrático, de ritmo lento, bem naquele estilo de filme que narra um fato histórico. Interessante que o filme surja em um momento onde o movimento feminista cresce bastante nas redes sociais. Mas vários grupos fizeram queixas ao filme por não incluir mulheres negras no movimento. Difícil agradar a todo mundo quando se faz um trabalho artístico. Os créditos finais são bem interessantes, mostrando a data que cada País aderiu ao direito do voto feminino na sua legislação. Nota: 7

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