quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Joy: o Nome do Sucesso

"Joy", de David O. Russell (2015) Diretor de "Trapaça" e "O lado bom da vida", há quem veja em David O. Russell um Cineasta superestimado. Boa parte de seus filmes concorrem aos prêmios principais do Oscar, e com "Joy" não deverá ser diferente. Goste-se ou não do seu estilo narrativo, 2 coisas não podem falar mal dele: a sua Direção de Atores, e a qualidade técnica dos filmes. É incrível a sua capacidade de trazer um equilíbrio com os atores de seus filmes. Ele somente trabalha com estrelas. Aqui em "Joy", temos Jennifer Lawrence, sua musa, Bradley Cooper, o seu muso, Robert de Niro, Diane Ladd, Isabella Rosselini e Virginia Madsen, irreconhecível para quem a assistiu no terror dos anos 90 "The candyman". "Joy"faz parte daquele tipo de filme que americano adora: são os filmes do "faça sucesso por sua própria conta e nos conte a sua história", que já rendeu os ótimos "À procura da felicidade" e "Na roda da fortuna", dos irmãos Coen, sobre o inventor do bambolê. "Joy", ambientado nos anos 90, conta a história de Joy, uma mulher de família desestruturada, que luta para sobreviver. Um dia, ela desenha o que viria a ser o famoso esfregão que vendeu milhares de peças nos Estados Unidos e a fez ficar milionária. Mas até que isso acontecesse, ela teve que lutar contra a sua própria família que cobrava dívidas por empréstimo, direitos de patente e a falta de visibilidade. Em alguns momentos, o filme até parece aqueles filmes italianos dos anos 70, ao mostrar uma família totalmente bizarra. Existem até mesmo cenas oniricas que podiam remeter a um sonho Felliniano. Jennifer Lawrence parece ser jovem no papel de Joy, mas como é a maior estrela de Hollywood hoje em dia, as pessoas ignoram o fato. De Niro brinca com o seu personagem, Isabella Rosselini se diverte e Bradley Cooper cumpre o seu papel em uma participação especial. Mas quem rouba o filme são duas atrizes fantásticas: Virginia Madsen e Diane Ladd, que conferem humor e dramaticidade aos seus papéis. O roteiro em si é previsível, mas um filme baseado em uma história real de alguém de muito sucesso não poderia ser diferente. Ótima trilha sonora e fotografia. Nota: 7

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