domingo, 3 de janeiro de 2016

Queda livre

"Szabadesés", de György Pálfi (2014) O cineasta húngaro György Pálfi é um grande apreciador do cinema bizarro e fantástico. Em 2006 ele realizou "Taxidermia", um dos filmes mais loucos que já assisti. Agora com "Queda livre", ele faz o filme que está na cabeça doentia dele. O filme é uma antologia de 7 histórias, todos interligados pela história de uma idosa desgostosa com a vida que resolve se jogar do alto de um prédio de 7 andares. Na queda, ela não morre, e resolve se jogar de novo. Porém, o elevador está quebrado, e aí ela precisa subir os 7 andares a pé. A cada andar que ela sobe, somos apresentados a uma história do morador daquele andar. Não existe uma unidade estiilística. Cada episódio tem a sua cor, o seu nível de bizarrice. Uns mais realistas, outros mais lúdicos, mas todos muito insanos. Humor negro pra dar e vender. 1o andar) Um guru de meditação faz o seu grupo de alunos acreditar que com a força da mente é possível atravessar uma parede 2o andar) Em uma festa de cantores líricos, a anfitriã recebe os convidados totalmente nua, porém os convidados não se incomodam com esse fato 3o andar) Um casal com fobia de germes faz sexo envoltos em papel filme 4o andar) em formato sitcom com direito a claque de risos, uma mulher divide o seu amor cm 2 homens, que tentam se matar de todas as formas 5o andar) Uma mulher faz um procedimento cirúrgico inusitado: ela insere o seu bebê de volta para o seu útero 6o andar) Uma criança que sofre bullying de seus pais fantasia um boi assustador que é alimentado pelo seu medo 7o andar) é o suicídio da idosa Lendo essas pequenas sinopses, o espectador fica imaginando que tipo de mente doentia seria capaz de elaborar tais situações. Pois é, essa pessoa é esse cineasta interessantísimo, mas igualmente irregular na realização. As idéias podem ser bem criativas, mas uma pena que nem todos os episódios tenham a excelência do 3o andar, que é a do casal safe sex. Esse é uma pequena obra-prima, que merecia um curta à parte. Ponto para o elenco como um todo, por se comprometerem a participar de um filme que coloca o talento deles à toda prova: é tudo, ou nada, e o que vale, é o risco. Nota: 6

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