terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A entidade

"La entidad", de Eduardo Schuldt (2015) Você se pergunta porquê ainda hoje, assiste pela milésima vez um filme de terror com a linguagem do "found footage", eternizado por "A bruxa de Blair". 2 fatores me fizeram assistir ao filme. em 1o lugar, por ser um filme de terror peruano. E 2o, pelo currículo do diretor. Eu não fazia a mínima idéia de que no Peru, existia um desejo de se fazer filme de terror. E mais: cópia descarada de ícones do Gênero. "A bruxa de Blair", "O grito" e "Atividade paranormal". Mas eu sempre ouvi o seguinte conselho: se for copiar, copie o que o filme tem de melhor. não foi essa a lição de Eduardo Schuldt. Diretor de várias animações familiares, com bichinhos fofos, essa é a sua primeira investida no gênero. Parece até que ele quiz brincar com ele mesmo, sair do filme família e investir em sangue e tripas. Só que ele fez da pior forma possível: Roteiro péssimo, efeitos toscos e atores amadores. Se fosse para fazer um terrir, seria até divertido, mas não, ele quiz fazer um filme sério. 4 estudantes de cinema ( alô "A bruxa de Blair"!!) resolvem filmar um documentário. Carla dá a idéia deles terem o tema de "Vídeo reações", ou seja, gravar apenas as reações das pessoas perante algo pavoroso. Isso os guiará até o cemitério, onde existe um projetor com um filme em super 8 escondido no porão! Ao assistirem ao filme, eles são amaldiçoados: todos os que vêem o filme, morrem ( Alô "O grito"!). E claro, todo o filme segue a premissa de que tem sempre alguém gravando as imagens, e é aí onde sempre me irrito: porquê alguém ficaria gravando 24 horas qualquer coisa, inclusive uma pessoa dirigindo um carro sem nada acontecer? E as baterias, que nunca descarregam? O desfecho tenta fazer algo surpreendente tipo Shayamalan, "Nossa, como eu não havia percebido?", só que desde o meio do filme você já saca que determinado personagem está agindo estranho..e sim, o final comprova isso. Mas aí, o filme não explica a relação dessa pessoa com a maldição. Tudo bem, o filme já foi esquecido mesmo. E como agem tolamente esses personagens. Essa geração de adolescentes retratadas nos filmes de terror são o que de pior existe no ser humano: não raciocinam, são idiotas e sempre partem pra pior opção. Uma pena que estudantes de cinema sejam sempre retratadas como gananciosos e ambiciosos, sem escrúpulos.

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