sábado, 20 de fevereiro de 2016

Moonwalkers

Moonwalkers", de Antoine Bardou-Jacquet (2015) É pública e notória a Lenda urbana sobre a autenticidade das imagens dos primeiros homens na lua no final dos anos 60. Há quem diga que essas imagens foram filmadas por Stanley Kubrick. Kubrick teria sido convidado secretamente pela Cia , por conta do sucesso de "2001". O motivo da farsa? Havia uma corrida especial na época, e os Estados Unidos não queria em hipótese alguma perder a primeira pisada na lua para os russos. Temendo que a missão da Apollo 11 falhasse, a Cia encomendou essa filmagem sem que ninguém tomasse conhecimento. Com um tema maravilhoso desses nas mãos, o roteirista Dean Craig, da comédia "Morte no funeral", e o diretor francês Antoine Bardou-Jacquet tinham tudo para realizar um cult imediato. Mas infelizmente, não foi o que aconteceu. O filme, que pretendia ser uma comédia de humor negro, se atropela e erra tremendamente na dose. Existem elementos de filme de terror, de Tarantino, de Guy Ritchie e de Peter Sellers em "Um convidado bem trapalhão". A mistura não foi boa. O filme é sem ritmo para uma comédia, sem suspense para o terror e sem adrenalina para a ação. Ron Pearlman interpreta Kidman, um agente da Cia traumatizado pelos fantasmas da Guerra do Vietnã, para onde foi enviado e agora está de volta. Aonde ele olha, ele vê mortos vivos. Rupert Grint, o Ron de "Harry Potter", tenta se encontrar no humor no papel de Jonny, um empresário fracassado de uma banda vagabunda de rock. Os caminhos dele se cruzam quando Kidman é enviado pela Cia para Londres, para convidar Kubrick para a filmagem., Por uma confusão, Jonny, sabendo do dinheiro envolvido, maquia seu amigo hipponga e drogado Leon para se fazer passar por Kubrick. Acreditando na farsa, Kidamn encomenda para ele p filme. No caminho deles, vão se cruzar gangsters, cineastas malucos e autorais estilo Andy Warhol e agentes assassinos da Cia. Raramente se ri no filme. Fiquei realmente triste do filme não poder ter sido divertido, pois realmente o mote tinha tudo para ser hilário. Mas a falta de carisma do elenco, em peso, não seduz o espectador. Os créditos iniciais, em animação, são o que há de melhor no filme. as cenas de ação, por conta da violência explícita, acaba divertindo, se bem que nada tem a ver com o clima de comédia que estava tendo desde então. Ou alguém acha divertido uma cabeça estourando em câmera lenta, jogando vísceras para tudo o que é canto? A direção de arte e a maquiagem/cabelo vão no que há de mais clichê da época do Swinging London. Parece que estamos assistindo a um dos episódios de "Austin Powers", que por sinal, é muito mais divertido.

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