terça-feira, 1 de março de 2016

O tigre e o dragão: A espada do detsino

"Crouching tiger: The sword of destiny", de Yuen Woo Ping (2016) Continuação do sucesso de Ang Lee, "O tigre e o dragão", de 2000, vencedor do Oscar de filme estrangeiro. O filme original era baseado em um livro escrito por Du Lu Wang, e os produtores se apropriaram do último livro da série, "O vaso nevado". Michelle Yeoh, no papel da guerreira Yu Shu Lien, é a única que repete um personagem do original. O filme se passa 18 anos depois do filme anterior. Novamente, a espada verde, que traz poder a quem a possuir, está sob os olhares de um vilão, no caso, Hades Dai. Ele manda o jovem Tiefang ( Harry Shum Jr, de "Glee") para roubar a espada, mas encontra a resistência de Yu e de uma jovem aprendiz, "Vaso nevado", A esse grupo de resistência, junta-se o Lobo solitário e um grupo de 5 mercenários com habilidades especificas. Todos lutando contra o exército de Hades Dai. Narrando assim parece até que estamos presenciando um filme de super-heróis. Mas é quase isso. Esse filme muda totalmente de tom comparado ao original de Ang Lee. Aqui existe um humor que no filme de Lee inexistia, e para piorar, um excesso de romantismo que chega a enjoar. Nesse exagero melodramático, soma-se a paisagem da Nova Zelândia, que faz com que a gente pense que a qualquer minuto um Hobbit irá surgir para ajudar essa galera. Mas o pior de tudo são os diálogos. Inexplicavelmente, ou por conta do mercado, o filme é todo falado em inglês, enquanto que no de Ang Lee era falado em mandarim. Diante de tal bizarrice, fica a pergunta: porquê realizar essa sequência desnecessária? Estragaram personagens, deram uma dimensão destoante, com exagero na direção de arte e nos efeitos. além de apresentar cenas de luta que não cegam aos pés do original. Bom, vale um pipoca numa sessão da tarde, mas só isso.

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