quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Orgulho e preconceito e zumbis

"Love and prejudice and zombies", de Burr Steers (2016) Adaptação do best seller Mashup de Seth Grahame-Smith publicado em 2009, que por sua vez é uma sátira ao clássico de Jane Austen, "Orgulho e preconceito". O tempo todo fiquei me lembrando do filme "Cowboys e aliens" e pensando em tudo o que deu errado naquele mix de faroeste e ficção científica protagonizada por Harrison Ford e Daniel Craig. Simplesmente, falta liga a essa história bizarra ambientada na Inglaterra do Séc 19. Assolada por uma doença que transforma humanos em zumbis, a população precisa saber se proteger. As famílias ricas enviam seus filhos para o Japão para aprender a lutar com espadas, e as famílias mais pobres, enviam os filhos para a China, onde o que importa é a sabedoria. Assim, vamos acompanhando a estrutura social e econômica de várias famílias, entre elas, os Bennet. Essa família possui 5 lindas filhas, todas guerreiras e ases na espada e artes marciais. Um dia, o exterminador de zumbis Mr Darcy ( Sam Riley) surge com a missão de matar zumbis. Ele é apresentado a Elisabeth Bennet ( Lily James, a "Cinderela" de Kenneth Branagh), uma das filhas. Ele é arrogante e ela o abomina. Pelas tradições da época, as filhas precisam se casar jovem. Uma das irmãs, Jane, se apaixona por um outro rapaz, Mr Bingley. Todos juntos precisam lutar contra os revezes do amor e entre um olhar 45 e outro, vão matando os zumbis. Lena Headey faz um personagem bizarro, uma matadora de zumbis. Mas ela definitivamente não é o foco, e nem faz diferença. O que importa de fato, é que o filme não empolga em momento algum. Os efeitos são meio toscos, e de verdade, depois do seriado "The walking dead", fica difícil aceitar qualquer filme de zumbis que ofereça menos que os efeitos do seriado de tevê, léguas à frente desse filme. Os personagens, mesmo que fiéis ao livro original de Jane Austen, .padecem de carisma e de alma, algo que existia na versão para o cinema de Joe Wright, com Keira Knightley. Eu queria muito ter gostado desse filme, mas nada me prendeu, nem mesmo o talentoso ator Sam Riley, que interpretou Ian Curtis em 'Control" e "o corvo em "Malévola"consegue sustentar o filme. Acho difícil que o público adolescente que vá querer ver um filme de terror se apegue a esse, pois lhe falta mais ação, e que o público que queira um romance clássico fique interessado em sangue e tripas.

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