terça-feira, 12 de abril de 2016

# Horror

"#Horror", de Tara Subkoff (2015) A atriz e artista plástica Tara Subkoff estréia na direção com um drama psicológico com tintas de terror. Também roteirista, ela teve a idéia do filme depois de ouvir uma confissão da filha de uma amiga falando sobre o cyberbullying que ela sofria das amigas no colégio. Em Connecticut, Nova York, 6 meninas ricas de 12 anos de idade se encontram para uma tarde na mansao de uma delas, Sofia, que se localiza dentro de uma floresta isolada. A mãe de Sofia, Alex ( Chloe Sevigny) faz a linha perua milionária que ignora a filha. Todas as meninas são viciadas em um game de celular, uma espécie de Candy Crush misturado a uma rede social, onde elas postam fotos e fazem comentários. Aos poucos, o convívio entre as meninas vai se tornando mais cruel, até que um serial killer surge e vai matando uma a uma. "#Horror" é um filme dúbio. Como roteiro, é ruim. Porém, como estética, é interessante, pois tem um olhar artístico e cult da diretora Tara Subkoff e da fotógrafa Learan Kahanov. Os planos são bonitos, a luz, interessantíssima. O elenco também é bastante satisfatório. As meninas são boas, mesmo que suas personagens sejam antipáticas ao extremo. Chloe Sevigny parece brincar no papel da mãe "Bitchie" e Timothy Hutton exagera no tom do pai de uma das meninas, o cirurgião Plástico Dr White. Ele passa o filme todo quase que gritando. O filme é longo, e se tivesse 20 minutos a menos, seria bem mais interessante. O ritmo é bastante lento para os fãs habituais de terror. A direção de arte é muito boa e Tara Subkoff convidou vários de seus amigos artistas plásticos para cederem suas obras para o filme. É uma forma interessante de se fazer um filme com baixo orçamento. No final, é uma crítica até de certa forma ingênua sobre pais e filhos que perderam a comunicação por conta de redes sociais. A morte se transforma em uma metáfora desse relacionamento.

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