segunda-feira, 9 de maio de 2016

Martyrs

"Martyrs", de Kevin e Michael Goetz (2015) Refilmagem de um filme de terror cult francês de 2008, que provocou verdadeiro escândalo na França, sendo proibido em várias salas de cinema e exibido estritamente para maiores de 18 anos, "Martyrs", o original, é um dos filmes mais violentos e repulsivos já vistos no cinema. Cenas explícitas de tortura, que culmina com um personagem sendo escalpelado vivo. É o tipo de filme que a gente assiste de olhos fechados. Porém, o roteiro é tão interessante, e a realização tão criativa, que a crítica mundial o alçou à condição de clássico e renovador do gênero ( No imdb ele está com a nota 7,1, considerada alta). Agora em 2015, os americanos lançaram uma refilmagem, escrito pelo próprio cineasta do original, Pascal Laugier, e pelo americano Mark L. Smith, que recentemente escreveu o roteiro de "O regresso", de Inarritu. O que diferencia essa refilmagem do original? Basicamente o desfecho, totalmente diferente. Não contarei para não expôr spoilers, mas aqui a violência é menos expositiva. Não que o filme não seja violento, ele é, e bastante. Mas para quem não assistiu ao original, e já se apavorou com esse, melhor se abster de ver o francês. É realmente assustador. O filme começa com uma menina, Lucie, fugindo de um galpão, onde ela se encontrava presa e acorrentada. Ela acaba em um orfanato, e lá, ela conhece Anna. Lucie tem visões de um monstro, e Anna está sempre ali para reconfortá-la. 10 anos se passam, e Lucie se vinga de uma família, matando pais e filhos. Anna se assusta, e Lucie tenta provar que aquela família estava envolvida nos crimes do passado. A curiosidade do original era que o filho assassinado era interpretado pelo Astro Xavier Dolan, o cineasta canadense mais famoso da última década. O filme continua bastante tenso, e a trilha sonora intensifica esse clima de terror. As atrizes são ok ( apenas a vilã está mais caricata). é curioso o desfecho ser diferente, pois até lá, tudo estava igual. Esse é o tipo de filme que com certeza provoca a fúria das feministas: apenas mulheres são vitimas dos algozes, e elas sofrem torturas apavorantes. A critica mundial destruiu o filme, mas nem acho ele ruim como dizem por aí. Ele tem bom acabamento e segura a onda. Não recomendo o filme para pessoas sensíveis.

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