sábado, 7 de maio de 2016

Midnight special

"Midnight special", de Jeff Nichols (2016) Terceiro longa do Cineasta americano Jeff Nichols, que conseguiu o grande feito de chamar a atenção da crítica e de Festivais do mundo inteiro com os seus filmes. O seu primeiro, "O abrigo", foi um grande sucesso de crítica. Depois veio "Amor bandido", que concorreu em Cannes, esse "Midnight special" que concorreu em Berlin 2016 e o próximo, "Loving", que concorre em Cannes 2016. O que une todos esses filmes, é a escalação do seu ator fetiche Michael Shannon, e o tema presente da paranóia e do home que precisa lutar pelos seus ideais. "Midnight special" é uma espécie de homenagem que Jeff Nichols faz aos filmes de ficção científica dos anos 80, inclusive os efeitos especais remetem a essa época. "Et", 'Starman", "Contatos imediatos"e até mesmo "Ai", filme mais recente, estão sendo usados como referência. Alvin é um menino que tem um dom de emitir luz de seus olhos. O pastor ( Sam Sheppard) de uma seita sabe da importância do menino e pede para sequestrá-lo. Seu pai, Roy, (Michael Shannon) e um amigo dele ( Joe Edgerton) sequestram o menino e fogem com ele. Procuram a ex- mulher de Roy, Sarah (Kirsten Dunst) e juntos tentam decifrar o mistério que gira em torno do menino. O FBi acaba indo atrás deles também e descobrem um terrível segredo. Fiquei pensando na coincidência que seria juntar 3 filmes "Melancolia", de Lars Von Triers com Kirsten Dunst, "O abrigo", do próprio Nichols com Michael Shannon e esse "Midnight special". Os 3 filmes falam do mesmo tema, o fim do mundo, e os personagens são bastante parecidos. Jeff Nichols faz uma elaborada direção, com ótima atmosfera e muita segurança. Os atores estão ótimos, a trilha sonora é incrível, com timbres bem dos anos 80 e a fotografia é um luxo à parte. Apesar de aparentar ser um filme de ação, Nichols investe mais no drama dos personagens. É como se fizesse uma ficção científica cerebral. O ritmo é lento, arrastado. Algumas cenas, mesmo tendo ação, previlegia o drama dos personagens. A cena final, apoteótica, é uma homenagem incríivel a todos os clássicos do Gênero citados acima.

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