quarta-feira, 1 de junho de 2016

Uma loucura de mulher

"Uma loucura de mulher", de Marcus Ligocki Júnior (2016) Produtor do excelente drama "O último cine drive in", vencedor de vários prêmios nos Festivais do Rio e de Gramado, Marcus Ligocki Júnior estréia na comédia em "Uma loucura de mulher". Ambientado em Brasília, o filme faz uma crítica à política e os meandros da corrupção. Aproveita também para cutucar a cultura machista e fazer o espectador sonhar que na vida, é possível termos uma segunda chance, basta acreditarmos nos nossos ideais. Assim, dá-se início à trajetória de Lucia ( Mariana Ximenes), esposa do deputado federal Gero ( Bruno Garcia). ele está como candidato à campanha de Governador da capital federal. Durante uma Festa em sua casa, em homenagem ao Senador do seu partido ( vivido por Miele) , Lucia é assediada sexualmente por ele. Ao comunicar a Gero o ocorrido, ele coloca panos quentes, pois teme sua candidatura e pede para Lucia pedir desculpas. revoltada, ela nega. Gero, aceitando sugestão de seus assessores, resolve interná-la em uma clínica psiquiátrica. Ela foge para o Rio de Janeiro, com a ajuda de sua amiga Dulce ( Miá Mello). Chegando na cidade carioca, ela vai morar no apartamento de seu falecido pai, colocado à venda. Sua vizinha maluca, Rita ( Guida Vianna), vive bisbilhotando sua vida. Lucia visita Raposo ( Sergio Guizé), seu ex-namorado de infância), agora um famoso cirurgião plástico, noivo de uma periguete. Lucia sonha também em voltar a dançar como bailarina. enquanto isso, Gero tenta descobrir o seu paradeiro. Tecnicamente bem acabado ( ótima fotografia, direção de arte, som), "Uma loucura de mulher" aposta as fichas no romance que a história proporciona. O grande elemento de comédia do filme se concentra na figura alucinada e maluca de Rita, brilhantemente interpretada por Guida. Mariana está bem à vontade como a heroína romântica desse conto de fadas urbano, e está linda em cena. O Elenco de apoio dá um toque extra ao filme: Zéu Britto, Erom Cordeiro, Augusto Madeira e Claudio Gabriel trazem dignidade aos papéis. Um passatempo descompromissado e a última participação de Miele nos cinemas.

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