sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Curumin

"Curumin", de Marcos Prado. Em 18 de janeiro de 2015, o brasileiro Marco Acher foi fuzilado por um pelotão na Indonésia, após cumprir 11 anos de prisão e ser condenado 1a morte por tráfico de drogas. Em 2012, Acher convidou o cineasta Marcos Prado para realizar um documentário sobre a sua vida, pois ele não queria ser lembrado como sendo o primeiro brasileiro à ser condenado à pena de morte na Indonésia. Assim, o filme faz um registro emocionante e cru sobre quem era Acher: playboy, filho de pais separados, criado pelas empregadas, traficante de drogas que atuou em vários países, bom vivant, nunca estudou e nunca trabalhou. Após um acidente com asa delta em Bali, ele contraiu uma dívida e 350 mil dolares, e para pagar, teve que contrabandear cocaína do Peru para a Indonésia. Ao ser flagrado portando a droga no aeroporto de Jacarta, ele fugiu e durante os dias como fugitivo,a imprensa sentenciou que, assim que for preso, ele será condenado à morte. O filme, acertadamente, evita o tom sentimental e vê os dois lados d amoeda. Marcos Prado não quer tornar Acher um mártir nem herói, mesmo porquê o próprio Acher quer que os jovens vejam o seu exemplo e não entrem para o mundo do tráfico. A grande discussão do filme é a legalidade da pena de morte em alguns países, e se o fato da pessoa permanecer tanto tempo presa já nao vale como a pena a ser paga. Ver o documentário e testemunhar a decadência física e moral de Acher é bem doloroso. Um filme comovente e forte, com excelente material de arquivo. .

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