domingo, 16 de outubro de 2016

O intermedário

"Fixeur", de Adrian Sitaru (2016) Ótimo drama romeno, que discute o limite da ética profissional. Um aspirante a jornalista romeno segue com 2 jornalistas franceses até uma cidade no interior da Romênia para entrevistar uma menina de 14 anos, repatriada por estar fazendo prostituição em Paris. Ao chegarem no local, a equipe é confrontada por representantes da Igreja, da polícia e familiares que não querem que a verdade venha à tona. O Diretor Adrian Sitaru filmou o longa usando a linguagem da Tevê, abusando de zoom e outros recursos, além de fazer um registro documental da equipe de reportagem que perambula pela cidade entrevistando pessoas. Chega uma hora que o Diretor quer propôr ao espectador a seguinte questão: qual a diferença entre o assédio de um agente sexual que alicia menores pro sexo, e uma equipe de jornalistas que assediam a mesma menina como lobos querendo furos de reportagem e fazendo de tudo para cobrir a matéria? O elenco romeno é ótimo, incluindo um menino que faz o enteado do protagonista. Os atores romenos interpretam sempre de forma espontânea, realista, sem atuação. Belo filme para se assistir e após a sessão, discutir os temas propostos pelo roteirista e diretor. A cena dos personagens cantando "Je ne regret rien"em um bar é antológica.

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