segunda-feira, 7 de novembro de 2016

A luz entre oceanos

"The light between the oceans", de Derek Cianfrance (2016) Dirigido e escrito pelo cineasta Derek Cianfrance ( do excelente "Namorados para sempre"), em cima do best seller de M.L. Stedman, "A luz entre oceanos" é um filme que fala sobre religiosidade, perdão, culpa e mentiras. esteticamente, me lembrou um pouco o visual de Terrence Malick, com seus planos grandiloquentes e ao mesmo tempo, super closes nos rostos de seus protagonistas. É um filme sensorial, com bela trilha sonora ( do craque Alexandre Desplat) e fotografia estonteante ( de Adam Arkapaw, de "Reino animal" e "Macbeth") . Michael Fassbender e Alicia Vikander, que começaram a namorar durante as filmagens, interpretam Tom e Isabel. Ambientado em 1918, pós 1a guerra mundial, Tom é um ex-combatente que viu a morte de perto. Ele aceita trabalhar como faroleiro e permanecer sozinho na ilha justamente para não ter que enfrentar as maldades do mundo. Porém, ele conhece Isabel, filha de moradores ilustres da cidade, que se interessa por ele e se propõe a casar com Tom. Grávida, ela acaba perdendo seu filho, Na segunda tentativa de gravidez, Isabel se desespera e entra em depressão. Um dia, inesperadamente, um barco trazendo um alemão morto e um bebê para na Ilha. Isabel propõe a Tom ficarem com o bebê, contra a vontade dele. Essa decisão tomará rumo inesperado na vida de ambos. Fanssbender e Vikander oferecem lindas performances, alternando momentos de alegria e de depressão. Rachel weiz vem com um registro mais de tristeza, por conta de seu sofrido personagem. Com uma direção sensível, Derek Cianfrance prova ser um esteta na linguagem visual ( ele também dirigiu o velo "O lugar onde tudo termina"). Derek não acredita em happy end em nenhum de seus filmes, e a sua visão de mundo é sempre trágica e desencantada. O filme é longo, 133 minutos, e tem toda a estrutura de um novelão. Mas dos bons. O filme competiu em Veneza 2016.

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