sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Take me to the river

"Take me to the river", de Matt Sobbel. Escrito e dirigido por Matt Sobel, "Take me to the river" foi exibido em Sundance 2015. O filme narra a história de Ryder, um adolescente californiano que viaja com seus pais até Nebraska, para o encontro anual de sua família, na casa de sua avó. Ryder quer revelar para toda a família que ele se assumiu gay, mas a mãe o impede, acreditando que a família é conservadora e não entenderá essa escolha. Durante o almoço, Ryder sai para passear com a sua prima Molly, uma menina de 9 anos. Minutos depois, ela volta ensanguentada na saia, e o pai dela acusa Ryder de abuso sexual. A partir daí, o filme vai se aprofundando em mistérios sobre o passado da família, envolta em segredos que revelam a perversão sexual de alguns dos integrantes. Produção independente, o filme vai se aprofundando no drama e o que parecia apenas um filme sobre a descoberta da sexualidade, acaba se transformando em um filme sobre perversões sexuais em vários níveis. A direção de Matt Sobbel é boa, valorizando o trabalho dos atores. Algumas escolhas no entanto, de interpretação, ficaram estranhas para mim. A mãe de Ryder, a ótima Robin Weigert, passa o filme todo com cara de choro. Josh Hamilton, que interpreta o tio, pai de Molly, faz umas caras meio estranhas, como se estivesse dopado. O personagem de Ryder, interpretado por Logan Miller, parece ingênuo demais para não conseguir enxergar nada do que passa em sua volta. Enfim, é um filme interessante, muitos poderão achar monótono, mas que discute os podres que existem na aparente tranquilidade de uma família tradicional. A cena final, tocando "Under pressure", parece óbvia demais para fechar o filme.

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