quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A casa das janelas sorridesntes

"La casa dalle finestre che ridono", de Pupi Avati (1976) Divertido Giallio italiano, que eu simplesmente nunca tinha ouvido falar e que me foi apresentado por uma amiga cinéfila com gostos tão bizarros quanto o meu. Em um vilarejo do interior da Itália, nos anos 50, um restaurador de arte, Stefano, é chamado para salvar uma pintura da parede de uma igreja. Ao chegar no local, ele se depara com uma pintura de Sao Sebastião que, diferente das outras, possui facadas em seu corpo ao invés de flechadas. Enquanto vai restaurando a obra, Stefano vai descobrindo o terrível segredo sobre o pintor Legnani, também chamado de "O pintor das agonias". Ele gostava de pintar os modelos no momento de sua morte, e pedia para as suas irmãs sequestrarem pessoas e os brutalizava enquanto os pintava. O paradeiro do pintor e das irmãs permanece desconhecido. Mortes começam a acontecer e Stefano precisa descobrir o que está acontecendo, antes que ele também se torne uma vítima. Com uma excelente fotografia, toda rebuscada e cheia de filtros amarelados, o filme ainda conta com uma música-tema romântica que contrasta com o clima de suspense, o que provoca uma sensação bastante estranha. A trama vai se tornando cada vez mais estranha, até chegar em um final totalmente bizarro e corajoso. OS 2 protagonistas, Lino Capolicchio ( Stefano) e Francesca Marciano ( Francesca) seguram bem os seus papéis, além de serem bastante fotogênicos. A violência, diferente de outros filmes giallio da época, é bem comedida, mesma coisa para as cenas de sexo, pudicas, outra tradição dos giallio ( muito sexo e nudez). Tivesse 20 minutos a menos, esse filme teria sido um verdadeiro clássico. lá pelo meio ele dá uma engastalhada e ralenta em sub-tramas desnecessárias. Mas é um filme curioso e obscuro que fãs de suspense vintage precisam assistir.

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