domingo, 4 de dezembro de 2016

A economia do amor

"L'économie du couple", de Joaquim Lafosse (2016) Com um excelente texto que pode render uma ótima peça de teatro ( alô atores!), "A economia do amor" é um drama tragicômico sobre o fim de um relacionamento amoroso e o início de um tormento conjugal. Marie ( Berenice Bejo) e Boris ( Cédric Kahn) foram casados por 10 anos e pais de duas gêmeas. Hoje em dia, Marie não suporta mais olhar para a cara de Boris, muito menos estar de frente para ele. Boris é arquiteto desempregado, e não tem onde morar. A casa é de Marie, doada pelos seus pais. Boris acaba tendo que continuar morando na casa, por questões financeiras. Mas essa convivência trará consequências para as suas filhas. Com um extraordinário trabalho de direção de atores, o que inclui as duas crianças, o filme tem uma ótima direção de Joaquim Lafosse, considerando que mais de 80% do filme se passa na casa. O filme não tem cara de peça teatral, muito pelo contrário, é bem dinâmico e com bela marcação de cena. Com um bom número de planos-sequências, que favorecem o trabalho dos atores, o filme tem pelo menos uma cena antológica: a dança da família em casa. Há quem diga que o personagem de Berenice Bejo exagera no mau humor, mas dentro da situação ao qual chegou o casal, é bem real. Imperdível. O filme foi exibido no Festival de Cannes 2016, na Mostra Quinzena dos realizadores.

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