quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Minha mãe é uma peça 2

"Minha mãe é uma peça 2", de Cesar Rodrigues (2016) Com uma produção caprichadíssima, de alto nível técnico ( fotografia, edição, direção de arte, trilha sonora, maquiagem e figurino) , Dona Hermínia (Paulo Gustavo) retorna, dessa vez já totalmente em cima da carne seca: rica, bem-sucedida e com um programa de entrevistas bombando na tv. Porém, ela precisa lidar com com o desapego: a Tia Zélia ( Suely Franco) está com Alzheimer, Marcelina (Mariana Xavier) passou em um teste de elenco e vai se mudar com sua cia teatral para São Paulo e Juliano (Rodrigo Pandolfo) também está de mudanças para lá, numa tentativa de dar uma guinada na vida. O roteiro, escrito com maestria por Fil Braz e o próprio Paulo Gustavo, diverte com situações que fizeram sucesso no primeiro filme: as relações de amor e ódio com os filhos, com a irmã Iesa (Alexandra Richter), com o marido Carlos Alberto ( Herson Capri) e agora, com a chegada da outra irmã, Lucia Helena ( Patrycia Travassos, impagável). As piadas são ótimas, o ritmo do filme é super dinâmico, sem tempo para dar chance a barrigas, e quando a gente menos percebe, o filme já acabou. A direção de Cesar Rodrigues confere sofisticação ao filme, com belas imagens aéreas e um ótimo trabalho de direção de elenco. As pessoas no cinema riam de rachar durante o filme todo. Paulo Gustavo prova de novo que é um dos maiores talentos no Brasil, um verdadeiro ás do timing e do improviso. Uma ótima pedida para desopilar pensamentos tristes.

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