sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Passageiros

"Passengers", de Morten Tyldum (2016) Diretor norueguês, famoso por ter dirigido "O jogo da imitação" e "Headhunters", Morten Tyldum entra em Hollywood através desse emocionante romance de ficção científica e ação. Antes de assistir ao filme, eu havia lido um artigo escrito por uma mulher que simplesmente destruiu o filme, acusando-o de divulgar a cultura do estupro. Fiquei com a matéria na cabeça e enquanto assistia ao filme, esse dado toda hora vinha e voltava na minha mente. Entendo o ponto de vista da articulista, mas o roteirista, espertamente, cria uma reviravolta na história, o que justifica qualquer ato executado pelo protagonista. No futuro, uma nave espacial, Avalon, segue da Terra rumo ao planeta Homestead. A viagem dura 120 anos, e por conta disso, toda a tripulação e 5000 passageiros hibernam, para acordar apenas quando faltar 4 meses para chegar ao destino. Uma chuva de meteoros não esperada atinge a sala de controle e a cápsula onde está o passageiro Jim ( Chris Pratt) entra em pane, acordando-o. Qual a sua surpresa ao descobrir que ele acordou 90 anos antes do destino, sem poder hibernar de novo. Aprendendo a lidar com a solidão, Jim permanece isolado por 1 ano, até que descobre que outra cápsula deu pane e abre, surgindo a escritora Aurora ( Jennifer Lawrence). Repleto de reviravoltas em suas trajetória, esse romance com a ótima química de Chris Pratt/Jennifer Lawrence e Michael Sheen ( que interpreta o robô Arthur) tem momentos de drama, ação, suspense e adrenalina. Os diálogos são saborosos e ver na tela dois deuses da fotogenia seduz o espectador que vai ao cinema para assistir a um pipocão. No fundo, o espectador vai descobrir que ele acabou de assistir a um pipocão filosófico e existencialista. Algumas referências se outros filmes, como o óbvio "Náufrago", "2001", "Gravidade" e "O iluminado" pululam na tela grande. Não dêem ouvidos às críticas americanas que falaram mal do filme. É digno e bom passatempo.

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